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Photoetched (Fotogravados)
Moderador: Moderadores Tecnicas
- Julio Beghetto
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Re: Photoetched (Fotogravados)
Com esse lance de PE eu posso ajudar!
A gente usava essa técnica pra fazer chassi de autorama vazados. E depois, no curso de eletrônica no CEFET cheguei a aprimorar a técnica até obter resultados profissionais. O lance é esquecer o percloreto de ferro. Ele é muito lento, e com o tempo que a peça fica submersa, a água da solução amolece a pintura e ocorrem falhas. Outro detalhe é que a reação é exotérmica e carregar no percloreto pra acelerar a corrosão faz com que o metal aqueça muito provocando uma expansão que rompe a tenacidade da tinta (gera micro craquelados que a solução invade por capilaridade).
Se quiser levar isso a sério e fazer PEs idênticos aos da Eduard, por exemplo, basta mandar fazer um aquário de vidro em que considerando as dimensões Altura x Largura x Profundidade, a profundidade seja de no máximo 1/6 da altura. No final você terá um tanquinho com forma semelhante ao daquele antigo brinquedo aquaplay da Estrela. Depois você usa uma bomba de oxigenação de aquários para manter o liquido circulando (esse é o segredo, o movimento). Um termômetro de aquário também é importante porque em química você precisa controlar 03 fatores chave para conseguir reproduzir um resultado perfeito numa ocasião futura: tempo, temperatura e proporção dos elementos. Outro detalhe é livrar-se da impressão eletrônica. Uma vez que tenha encontrado um desenho que vá utilizar muitas vezes, mande gravar uma tela numa casa de serigrafia (uma tela tamanho A-4 com fios finos pra reproduzir detalhes de 1mm vão te cobrar uns $50,00). A troca de percloreto por uma solução de ácido clorídrico e peróxido de hidrogênico (água oxigenada "pura") além de fazer uma solução transparente que vai permitir você acompanhar em pormenores a corrosão, vai permitir que você também faça PEs em chapas de alumínio de refrigerante. Esse último é só mergulhar e puxar de tão rápido. O segredo é o tempo. Com esse sistema você corroí uma folha de latão do tamanho A-4 em 90 segundos apenas assistindo a bomba de ar agitar a solução e vendo as bolhas saindo da chapa enquanto as cavidades vão sendo escupidas! Mandar fazer um aquário vai te custar uns $120,00 com a bomba e o termômetro. Os agentes químicos aqui em Curitiba, por exemplo, a gente compra na Bond Carneiro. Embora não passem de ácido pra limpar lajota e água oxigenada, são controlados, exigindo maioridade e retensão de cópia de RG, pois mentes ociosas a serviço do capeta conseguem facilmente derrubar um prédio usando poucos litros desse tipo de "material de cozinha".
Detalhe: será importante avisar o aquarista que você irá usar material corrosivo no tanque pra ele saber escolher o material da vedação, afinal ninguém quer uma enxurrada de líquido corrosivo no chão de casa
A gente usava essa técnica pra fazer chassi de autorama vazados. E depois, no curso de eletrônica no CEFET cheguei a aprimorar a técnica até obter resultados profissionais. O lance é esquecer o percloreto de ferro. Ele é muito lento, e com o tempo que a peça fica submersa, a água da solução amolece a pintura e ocorrem falhas. Outro detalhe é que a reação é exotérmica e carregar no percloreto pra acelerar a corrosão faz com que o metal aqueça muito provocando uma expansão que rompe a tenacidade da tinta (gera micro craquelados que a solução invade por capilaridade).
Se quiser levar isso a sério e fazer PEs idênticos aos da Eduard, por exemplo, basta mandar fazer um aquário de vidro em que considerando as dimensões Altura x Largura x Profundidade, a profundidade seja de no máximo 1/6 da altura. No final você terá um tanquinho com forma semelhante ao daquele antigo brinquedo aquaplay da Estrela. Depois você usa uma bomba de oxigenação de aquários para manter o liquido circulando (esse é o segredo, o movimento). Um termômetro de aquário também é importante porque em química você precisa controlar 03 fatores chave para conseguir reproduzir um resultado perfeito numa ocasião futura: tempo, temperatura e proporção dos elementos. Outro detalhe é livrar-se da impressão eletrônica. Uma vez que tenha encontrado um desenho que vá utilizar muitas vezes, mande gravar uma tela numa casa de serigrafia (uma tela tamanho A-4 com fios finos pra reproduzir detalhes de 1mm vão te cobrar uns $50,00). A troca de percloreto por uma solução de ácido clorídrico e peróxido de hidrogênico (água oxigenada "pura") além de fazer uma solução transparente que vai permitir você acompanhar em pormenores a corrosão, vai permitir que você também faça PEs em chapas de alumínio de refrigerante. Esse último é só mergulhar e puxar de tão rápido. O segredo é o tempo. Com esse sistema você corroí uma folha de latão do tamanho A-4 em 90 segundos apenas assistindo a bomba de ar agitar a solução e vendo as bolhas saindo da chapa enquanto as cavidades vão sendo escupidas! Mandar fazer um aquário vai te custar uns $120,00 com a bomba e o termômetro. Os agentes químicos aqui em Curitiba, por exemplo, a gente compra na Bond Carneiro. Embora não passem de ácido pra limpar lajota e água oxigenada, são controlados, exigindo maioridade e retensão de cópia de RG, pois mentes ociosas a serviço do capeta conseguem facilmente derrubar um prédio usando poucos litros desse tipo de "material de cozinha".
Detalhe: será importante avisar o aquarista que você irá usar material corrosivo no tanque pra ele saber escolher o material da vedação, afinal ninguém quer uma enxurrada de líquido corrosivo no chão de casa
- NightRider
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Re: Photoetched (Fotogravados)
Bela dica, Julio ! tem um pessoal fazendo uns testes com PE que vão adorar esse seu post. Um abraço !
- Dolence
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Re: Photoetched (Fotogravados)
Julio, sensacional a sua dica. Eu e o Thiago andamos nos aventurando neste território já há alguns meses. Atualmente conseguimos resultados bastante satisfatório usando o persulfato de amônio, que é um cristal não tóxico, de alto poder corrosivo, que pode ser reutilizado mas que possui o ponto negativo o fato de se tornar azulado com o uso. O ácido clorídrico apesar de ser transparente é extremamente perigoso e para quem não sabe é o ácido que algumas pessoas odiosas usam para jogar no rosto das outras, deixando queimaduras e desfigurando completamente. Se ingerido pode até matar. Fica o alerta sobre a periculosidade da substância para quem se interessar.
Aqui uma foto dos últimos PEs que confecionei, mais fotos aqui no tópico da montagem.
Quem quiser acompanhar nossas descobertas desde o príncipio, este é o tópico
Aqui uma foto dos últimos PEs que confecionei, mais fotos aqui no tópico da montagem.
Quem quiser acompanhar nossas descobertas desde o príncipio, este é o tópico
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- João Pedro
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- Registrado em: 30 Ago 2012, 21:03
- Nome: Joao Pedro Lamoza Neto
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Re: Photoetched (Fotogravados)
Muito interessante a técnica com o ácido clorídrico. Eu havia tentado fazer PEs de cintos para carros com a tal "cocaetch", mas usei uma mistura de ácido muriático + água oxigenada. Ácido muriático (ácido clorídrico comercial, baixa concentração) é encontrado em casas de materiais de construção, é usado para limpar excesso de cimento em assentamentos de pisos e revestimentos cerâmicos. Água oxigenada tem em qualquer farmácia.Julio Beghetto escreveu:Com esse lance de PE eu posso ajudar!
A gente usava essa técnica pra fazer chassi de autorama vazados. E depois, no curso de eletrônica no CEFET cheguei a aprimorar a técnica até obter resultados profissionais. O lance é esquecer o percloreto de ferro. Ele é muito lento, e com o tempo que a peça fica submersa, a água da solução amolece a pintura e ocorrem falhas. Outro detalhe é que a reação é exotérmica e carregar no percloreto pra acelerar a corrosão faz com que o metal aqueça muito provocando uma expansão que rompe a tenacidade da tinta (gera micro craquelados que a solução invade por capilaridade).
Se quiser levar isso a sério e fazer PEs idênticos aos da Eduard, por exemplo, basta mandar fazer um aquário de vidro em que considerando as dimensões Altura x Largura x Profundidade, a profundidade seja de no máximo 1/6 da altura. No final você terá um tanquinho com forma semelhante ao daquele antigo brinquedo aquaplay da Estrela. Depois você usa uma bomba de oxigenação de aquários para manter o liquido circulando (esse é o segredo, o movimento). Um termômetro de aquário também é importante porque em química você precisa controlar 03 fatores chave para conseguir reproduzir um resultado perfeito numa ocasião futura: tempo, temperatura e proporção dos elementos. Outro detalhe é livrar-se da impressão eletrônica. Uma vez que tenha encontrado um desenho que vá utilizar muitas vezes, mande gravar uma tela numa casa de serigrafia (uma tela tamanho A-4 com fios finos pra reproduzir detalhes de 1mm vão te cobrar uns $50,00). A troca de percloreto por uma solução de ácido clorídrico e peróxido de hidrogênico (água oxigenada "pura") além de fazer uma solução transparente que vai permitir você acompanhar em pormenores a corrosão, vai permitir que você também faça PEs em chapas de alumínio de refrigerante. Esse último é só mergulhar e puxar de tão rápido. O segredo é o tempo. Com esse sistema você corroí uma folha de latão do tamanho A-4 em 90 segundos apenas assistindo a bomba de ar agitar a solução e vendo as bolhas saindo da chapa enquanto as cavidades vão sendo escupidas! Mandar fazer um aquário vai te custar uns $120,00 com a bomba e o termômetro. Os agentes químicos aqui em Curitiba, por exemplo, a gente compra na Bond Carneiro. Embora não passem de ácido pra limpar lajota e água oxigenada, são controlados, exigindo maioridade e retensão de cópia de RG, pois mentes ociosas a serviço do capeta conseguem facilmente derrubar um prédio usando poucos litros desse tipo de "material de cozinha".
Detalhe: será importante avisar o aquarista que você irá usar material corrosivo no tanque pra ele saber escolher o material da vedação, afinal ninguém quer uma enxurrada de líquido corrosivo no chão de casa
A princípio deu certo o processo, mas eu pequei na gravação da chapa. Tentei transferir a impressão em Xerox para a chapa de alumínio e não aderiu bem. A corrosão foi lenta, coisa de 20 minutos a 1/2 hora (se comparada à que o Julio apresentou). Como a impressão falhou, não consegui peças que prestassem, mas a corrosão com estes materiais pode ser melhor controlada se a peça a gravar exigir. Essa solução não corrói inox nem latão, só o alumínio. Tenho o percloreto aqui ainda em pó, nem cheguei a preparar a solução, nem tentei com outros metais.
Isso foi tentado a uns 3 anos atrás, desde então não tentei aprimorar a técnica. Como monto carros, a minha intenção é fazer umas artes de cintos, discos de freios, limpadores de parabrisa e mais umas coisinhas como tampas de tanques de combustível, mandar gravar uma tela de silk com estas artes com todas elas. Conforme a necessidade eu isolo uma arte da tela e imprimo as chapas.
Mas, isso ainda é projeto futuro.
Mesmo assim, gostei das informações dos amigos, espero que a minha também contribua.
Forte abraço!
- Julio Beghetto
- Novato
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- Registrado em: 24 Jan 2013, 17:39
- Nome: Julio
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Re: Photoetched (Fotogravados)
Olha, João. Hoje, mais velho e mais sábio, eu não faria de novo. Tive mais sorte do que juízo. Agora que li seu post falando do tempo de corrosão e do absurdamente rápido que eu tinha, caiu a ficha de que se a vedação do meu "aquário" tivesse falhado as consequências provavelmente teriam sido fatais. Na época me livrar do que sobrou dos agentes químicos foi um problema, e da solução eu não me orgulho. Ainda bem que não tive nenhum acidente.João Pedro escreveu:Muito interessante a técnica com o ácido clorídrico. Eu havia tentado fazer PEs de cintos para carros com a tal "cocaetch", mas usei uma mistura de ácido muriático + água oxigenada. Ácido muriático (ácido clorídrico comercial, baixa concentração) é encontrado em casas de materiais de construção, é usado para limpar excesso de cimento em assentamentos de pisos e revestimentos cerâmicos. Água oxigenada tem em qualquer farmácia.Julio Beghetto escreveu:Com esse lance de PE eu posso ajudar!
A gente usava essa técnica pra fazer chassi de autorama vazados. E depois, no curso de eletrônica no CEFET cheguei a aprimorar a técnica até obter resultados profissionais. O lance é esquecer o percloreto de ferro. Ele é muito lento, e com o tempo que a peça fica submersa, a água da solução amolece a pintura e ocorrem falhas. Outro detalhe é que a reação é exotérmica e carregar no percloreto pra acelerar a corrosão faz com que o metal aqueça muito provocando uma expansão que rompe a tenacidade da tinta (gera micro craquelados que a solução invade por capilaridade).
Se quiser levar isso a sério e fazer PEs idênticos aos da Eduard, por exemplo, basta mandar fazer um aquário de vidro em que considerando as dimensões Altura x Largura x Profundidade, a profundidade seja de no máximo 1/6 da altura. No final você terá um tanquinho com forma semelhante ao daquele antigo brinquedo aquaplay da Estrela. Depois você usa uma bomba de oxigenação de aquários para manter o liquido circulando (esse é o segredo, o movimento). Um termômetro de aquário também é importante porque em química você precisa controlar 03 fatores chave para conseguir reproduzir um resultado perfeito numa ocasião futura: tempo, temperatura e proporção dos elementos. Outro detalhe é livrar-se da impressão eletrônica. Uma vez que tenha encontrado um desenho que vá utilizar muitas vezes, mande gravar uma tela numa casa de serigrafia (uma tela tamanho A-4 com fios finos pra reproduzir detalhes de 1mm vão te cobrar uns $50,00). A troca de percloreto por uma solução de ácido clorídrico e peróxido de hidrogênico (água oxigenada "pura") além de fazer uma solução transparente que vai permitir você acompanhar em pormenores a corrosão, vai permitir que você também faça PEs em chapas de alumínio de refrigerante. Esse último é só mergulhar e puxar de tão rápido. O segredo é o tempo. Com esse sistema você corroí uma folha de latão do tamanho A-4 em 90 segundos apenas assistindo a bomba de ar agitar a solução e vendo as bolhas saindo da chapa enquanto as cavidades vão sendo escupidas! Mandar fazer um aquário vai te custar uns $120,00 com a bomba e o termômetro. Os agentes químicos aqui em Curitiba, por exemplo, a gente compra na Bond Carneiro. Embora não passem de ácido pra limpar lajota e água oxigenada, são controlados, exigindo maioridade e retensão de cópia de RG, pois mentes ociosas a serviço do capeta conseguem facilmente derrubar um prédio usando poucos litros desse tipo de "material de cozinha".
Detalhe: será importante avisar o aquarista que você irá usar material corrosivo no tanque pra ele saber escolher o material da vedação, afinal ninguém quer uma enxurrada de líquido corrosivo no chão de casa
A princípio deu certo o processo, mas eu pequei na gravação da chapa. Tentei transferir a impressão em Xerox para a chapa de alumínio e não aderiu bem. A corrosão foi lenta, coisa de 20 minutos a 1/2 hora (se comparada à que o Julio apresentou). Como a impressão falhou, não consegui peças que prestassem, mas a corrosão com estes materiais pode ser melhor controlada se a peça a gravar exigir. Essa solução não corrói inox nem latão, só o alumínio. Tenho o percloreto aqui ainda em pó, nem cheguei a preparar a solução, nem tentei com outros metais.
Isso foi tentado a uns 3 anos atrás, desde então não tentei aprimorar a técnica. Como monto carros, a minha intenção é fazer umas artes de cintos, discos de freios, limpadores de parabrisa e mais umas coisinhas como tampas de tanques de combustível, mandar gravar uma tela de silk com estas artes com todas elas. Conforme a necessidade eu isolo uma arte da tela e imprimo as chapas.
Mas, isso ainda é projeto futuro.
Mesmo assim, gostei das informações dos amigos, espero que a minha também contribua.
Forte abraço!
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- Novato
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- Nome: Filipe Luiz de Souza
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Re: Photoetched (Fotogravados)
Será que alguem poderia dar uma ajuda sobre os desenhos? Em Corew ou mandar eles em .DWG? Se alguém poder me dar essa ajuda agradeço...
- Darth_Tyranus
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- Nome: André Marcuzzo
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Re: Photoetched (Fotogravados)
Já pensaram em vender esses PEs que vcs fazem?
Pausa para melhorar bancada.