A National Aeronautics and Space Administration (NASA) ou Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço é uma agência do Governo Federal dos Estados Unidos responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial. Sua missão oficial é "fomentar o futuro na pesquisa, descoberta e exploração espacial". A NASA foi criada em 29 de julho de 1958 por Eisenhower, substituindo seu antecessor, o NACA - National Advisory Committee for Aeronautics (Comitê Consultivo Nacional para a Aeronáutica).
Quando iniciou suas operações em 1 de outubro de 1958, a NASA absorveu integralmente o antigo NACA, com todos os seus 8.000 funcionários, um orçamento anual de 100 milhões de dólares, três laboratórios de pesquisa principais (Langley Aeronautical Laboratory, Ames Aeronautical Laboratory e Lewis Flight Propulsion Laboratory) e duas instalações pequenas de teste. Elementos da Army Ballistic Missile Agency, da qual fazia parte a equipe de Von Braun, e o Naval Research Laboratory, foram incorporados à NASA. Uma contribuição significativa para a entrada da NASA na corrida espacial com a União Soviética foi a tecnologia do programa alemão de foguetes V-2 (liderado por Von Braun), que por sua vez incorporou tecnologia de Robert Goddard. Programas de investigação da Força Aérea e muitos dos primeiros programas espaciais da ARPA também foram transferidos para a NASA. Em dezembro de 1958 a NASA obteve o controle do Jet Propulsion Laboratory, uma instalação operada pelo California Institute of Technology.
Para os primeiros lançamentos da NASA, os complexos 34 e 37 da base aérea de Cabo Canaveral, onde existe até hoje o centro de desenvolvimento e testes de foguetes da Força Aérea Americana eram utilizados. Os problemas de convívio desta parceria entre a NASA e a Força Aérea começaram em 1960. O programa espacial solicitava 100 lançamentos anuais de foguetes tipo Saturn e o complexo 34 tinha capacidade de apenas 4 por ano e o 37 de 8 ao ano. O departamento de defesa se pronunciou em abril de 1960 dizendo que as instalações já estavam saturadas, o que impossibilitava mais lançamentos do que o projetado pela agência.
Enquanto o programa espacial era desenvolvido de um lado, as instalações de lançamento eram um problema. Para otimizar o tempo e os custos operacionais, foi decidido que o centro de lançamento (o complexo) deveria ter além de múltiplas plataformas de lançamento, um edifício de construção do foguete, um caminho (inicialmente seria uma ferrovia, mas os custos inviabilizaram o projeto) entre esse prédio e as plataformas, centro de lançamento, administração, desenvolvimento. Nascia ali o projeto do complexo 39!
Muitas indefinições ainda existiam no começo do ano de 1961. Não havia ainda definição se esse complexo seria construído no Cabo Canaveral, se a Força Aérea iria ceder uma área ao norte da base para a NASA (que era tratada como inquilina) ou se teriam que abdicar da mais favorável área de lançamentos de foguetes dos EUA e partir para outros estados. Até mesmo o Havaí foi cogitado. Não estava definido também o tipo de foguete que levaria o homem à lua pois o Saturn I não teria essa capacidade. Desta forma o projeto das instalações não poderia ser definido, nem mesmo a forma de transporte até a plataforma.
Mas com o anúncio do presidente John F. Kennedy no dia 29 de maio de 1961 tudo mudou. A NASA precisava de uma maneira definida de levar o homem à lua e de uma base. No dia 19 de junho de 1961 o comitê criado na NASA para cumprir a declaração do presidente elegeu como prioridade nacional a construção da base. Para essa função o Diretório de Operações de Lançamento da NASA e Centro de Testes de Mísseis da Força Aérea tiveram que entrar em um acordo. No dia primeiro de Setembro a NASA tomou posse da primeira parte do terreno, porém houve necessidade de comprar mais terras e os vizinhos proprietários foram convidados a vender suas propriedades em colaboração ao programa espacial.
Em janeiro de 1962 o Saturn V foi considerado o melhor projeto de foguete. Com essa definição, todos os demais projetos puderam ser executados. O meio de transporte foi escolhido: iriam se basear em um tipo de escavadeira, a Bucyrus-Erie 2700, para construir o veículo de transporte e assim construíram o Crawler, que transportava sobre ele a plataforma de lançamento.
Projeto
Para ter uma idéia do tamanho das esteiras. São 4 pares ao todo.
Crowler embaixo do Saturn V e plataforma de lançamento
Aqui o Discovery em posição e a parte rotacional da torre fechando o compartimento de carga. O Crowler está no canto superior esquerdo retornando para sua base.
Foram construídos os complexos de lançamento 39A ao sul e a 39B ano norte. Desta maneira enquanto um foguete estava em posição de lançamento, o outro estava se preparando para ser lançado, com caminho livre. Esse revezamento fez com que a missão Apollo 11 fosse lançada da plataforma 39A.
Cabo Canaveral: Área da Força Aérea Americana que começa ao sul no porto, onde na foto está a marca do google e vai até o limite da Nasa, ao norte
Linha vermelha: aproximadamente a fronteira entre a Nasa e a base aérea.
A Plataforma:
A plataforma de lançamento propriamente dita é a base onde o foguete está posicionado com a torre de apoio para a verificação e abastecimento final. Essa base é abastecida por milhões de metros cúbicos de água que são liberados no momento do acionamento dos motores. A força desses motores é tão grande que, se não fosse a água despejada, poderia ocorrer um terremoto no local. Portanto a água é utilizada como um amortecedor de choque da turbulência causada no lançamento.
Saturn V com a Apollo 13 e o Jolly Green Giant no primeiro plano
Em 1981 nos preparativos para o primeiro lançamento. Reparem que o tanque dos boosters era branco
Com a Discovery e o tanque já é laranja
E atualmente com a Falcon 9 da Space X
Após o encerramento do projeto Apollo tendo a 17 como a última missão realizada, embora tenham tido outras planejadas, houve uma mudança nos planos de conquista do espaço. A Lua já não chamava tanta atenção e novos desafios estavam por vir. O projeto agora se voltava para a construção de um veículo espacial que fosse lançado ao espaço e pudesse retornar pousando e depois pudesse ser lançado novamente. Tinha aí o início de uma nova era da NASA, a dos Ônibus Espaciais (Projeto STS)!
Enterprise em testes de vôo com o Boeing 747
Tem uma hisória interessante da Enterprise: Os fãs da série Star Trek fizeram uma campanha escrevendo cartas para o então presidente da época, se não me engano era o Nixon. Cabia a ele batizar o protótipo do ônibus espacial e para a surpesa de todos o nome dado foi justamente Enterprise. O curioso é que esse foi o único que não foi para o espaço! Ele não estava completo, não tinha motores e alguns sistema hidráulicos, era somente para teste de aerodinãmica de vôo e pouso. Quase foi modificado para entrar em funcionamento após a construção da Challenger mas resolveram construir a Endeavour. Quase teve sua chance novamente após o acidente da Challenger, mas novamente foi engavetado o projeto.
O complexo de lançamento 39 A e B foram ampliados e em 12 de abril de 1981 o Columbia foi o primeiro ônibus espacial a decolar para uma grande história de uma nova era espacial. O Projeto STS finalizou com o pouso da Atlantis à s 7:00h da manhã do dia 21 de julho de 2011 (horário de Brasília)
Atualmente esta plataforma é utilizada para o lançamento dos foguetes Falcon 9 e Falcon Heavy da Space X e será usada para os próximos foguetes previstos para a missão Artemis, onde retornaremos à lua em 2024
O Kit:
Caixa gigante, 75x55cm! Esse foi uma reedição lançada em 2014 em edição limitada. Foram feitas somente 600 unidades. Segundo o Scalemates o molde do ônibus espacial foi lançado em 1977 junto ao Boeing 747. Em 78 ganhou o tanque e os boosters. Em 1986 foi lançada a torre e em 1988 o crowler com a plataforma foi adicionado e juntaram no pacote o kit da nave com os boosters. Depois dessa data reeditaram em 2014 sem previsão de nova fornada.
Claro que quando fiquei sabendo, em um grupo de facebook ou Whatsapp fiquei maluco. Já era em 2017 e achei no ebay em uma loja na Alemanha e comprei!
Abrindo a caixa observamos que sobra espaço:
Teve uma resenha do Alex, um português que fez um canal de review e montagem em ingês e comentou justamente que a caixa poderia ser tranquilamente 1/3 menor. Fiz o teste e realmente poderia.
Os decais vieram completos para todas as que não explodiram. Então sem chance de montar a Columbia e a Challenger. Também não vou montar a Enterprise senão o tópico iria ser transferido para o GT de Ficção. Sobraram a Endeavour, Discovery e a Atlantis. Provavelmente farei a Discovery.
Kit em alto relevo. Não poderia ser de forma diferente pela época que foi criado. Particularmente acredito que um novo molde poderia ter sido feito pois o ônibus espacial nunca saiu do catálogo da Revell. Poderiam já ter feito um New Tool para esse kit.
Manual completo, com muitas e muitas páginas. E ao folhear o manual, veio este encarte para comprar kits de detalhamento em PE feito por uma empresa Norueguesa. Baratinho...
E é isso... Tem muita coisa pela frente e como ainda não tenho espaço para colocar depois de pronto, não será uma montagem rápida! Mas começarei pela parte da nave e foguetes. Esses eu consigo guardar em segurança!!!
...Isso vai ser divertido...