Bf-109G-14 - Academy - 1/48
Enviado: 26 Mar 2016, 22:59
Bf-109G-14 - Academy - 1/48
Montarei este kit:
Reparem que é o famoso BF 109 G6 da "sombrinha", com várias modificações para o G14, principalmente a cauda e o canopy.
Mas representando este avião:
Bf 109G-14, W.Nr. 781308, Lt. Hans-Helmut Linck, 10./JG 4, Alteno airfield, Germany, September 11, 1944
Os decais são de um Eduard Royal Class:
De autoria do amigo Vrykolakas (http://www.coladoresdeplastico.com.br/f ... f=48&t=555),temos a história do piloto e da unidade. Essa excelente montagem do Vrykolakas servirá como guia para meu BF 109G14!
A Batalha sobre as Montanhas de Minério (The Battle Over the Ore Mountains)
No dia 11 de Setembro de 1944 teve inicio a Missão USAAF Nº 623. O objetivo da Missão era atingir toda a industria germânica e rede de transportes. Nesta missão estava envolvida toda a 8th USAAF além de reforços da RAF. As três ondas atravessaram a fronteira da Bélgica por volta das 10 hs da manhã e entraram profundamente na Europa Continental. A força de ataque era composta por cerca de 1100 bombardeiros quadrimotores e 400 caças de escoltas.
Para se opor a esta formidável força de ataque a Alemanha dispunha de apenas 350 caças, a maioria pilotada por pilotos novatos ou com pouca experiência...
O combate teve início entre 11:30 e 12:00 horas. A 1ª Divisão foi atacada já sobre seus alvos, na região de Merseburg e Halle. Os Liberatos da 2ª Divisão enfrentaram o inferno ao Norte de Frankfurt e a 3ª Divisão, composta por bombardeiros B-17 na área sobre as Ore Mountains, na fronteira entre a Alemanha e hoje República Tcheca.
Os Alvos mais distantes da Missão 623 estavam a cargo da 3ª Divisão, constando das refinarias de gasolina em Brabag e Sudetenland e de Fabricas em Schwarzheide (próximas a Dresden). A 3ª Divisão era composta por 4 boxes de ataque, compostos pelos grupos 486th, 100th, 93th e 390th Bomb Groups e escoltados pelos Mustangs dos 55th, 38th e 388th Fighters Group. Para enfrentar esta ameaça, a Luftwaffe tinha os Bf-109 e os FW-190 do Jagdgeschwader 4, com suas forças estacionadas nos campos de pouso de lteno e de Welzow, composto por 60 aeronaves, Focke-Wulf Fw 190A e Messerschmitt Bf 109G-14.
O primeiro confronto foi devastador para as forças aliadas, pegando os B-17 da 100th The Bloody Hundredth ainda em alta altitude e sem escoltas, abatendo 14 Fortalezas Voadoras. Logo após este ataque, a força de bombardeiros se encontraram com suas escoltas, de P-51 que haviam localizado do campo de pouso de Horham. Teve então início um furioso Dogfight, enquanto os bombardeiros puderam dar prosseguimento na missão, despejando suas bombas em Schwarzheide.
Os Mustangs tiveram 5 perdas para os caças nazista, mas ao final da batalha, o JG-4 havia perdido mais da metade de sua força, com 32 caças abatidos e 29 pilotos mortos.
O Jagdgeschwader 4
O JG-4 era composto por 4 Grupos:
I. Gruppe
II. Gruppe
III. Gruppe
IV. Gruppe
O JG-4 Geschwader teve como principais atribuições a defesa do Reich, operando caças Bf-109 e FW-190, operando em mais de 30 diferentes Campos de Pouso, entre eles, Mizil, Ferrara, Dortmund, Bad Lippspringe, Welzow, Frankfurt/Rhein-Main, Neuhausen, Alteno, Ansbach, Salzwedel, Leck, Jüterbog-Damm, Finsterwalde e Neukirchen.
Sua primeira missão foi a defesa das plataformas de petróleo na Romenia, próximas a Ploesti, tendo como ameaça os Bombardeiros do 15th localizados no Norte da África. Ao final de 1943 foram reposicionados para defender Roma e o Norte da Italia. No verão de 1944, após pesadas perdas, o JG-4 foi reorganizado. Na Batalha Sobre as Montanhas de Minério. a maior parte dos pilotos enfrentou o combate pela primeira vez. A partir de Novembro de 1944 o Geschwade passou a operar de Frankfurt e sofreu pesadas perdas na ofensiva das Ardennas e na Operação Bodenplatte. Em Janeiro de 1945 o JG-4 era composto quase que exclusivamente de pilotos jovens e inexperientes, operando de Guben-Jüterbog até o final da guerra.
A última missão do JG-4 ocorreu "Ã s portas de Berlim", contra forças Russas.
As principais características de marcação do JG-4 era as listras brancas com uma lista preta na cauda dos Fw-190, as espirais preto e branco no cubo da hélices e o brasão composto por um escudo azul com um elmo prateado com uma pluma vermelha no nariz, acima do radiador.
Ao final da guerra, houve perda da padronização, com muitos caças tendo as cruzes e suásticas não aplicadas, assim como a ausência do brasão, indicando problemas importantes de manutenção. Alguns autores citam que a razão da ausência das marcações era para dificultar a identificação da nacionalidade dos caças quando em combate, principalmente quando vistos por cima, mas isto é contestado por outros autores.
Hans-Helmut Linck e o 4 Preto
Vou montar a aeronave do ilustre desconhecido Helmut Linck. Na Battle Over The Ore Mountains a missão III. Gruppe era dar cobertura aos FW-190 e enquanto Linck enfrentava dois Mustangs de igual para igual em um furioso dogfight (Linck havia sido instrutor do FFSA/B10) seu ala, o inexperiente Wilhelm Jütz ficou pelo caminho e as duas aeronaves acabaram se chocando a 9.700 metros de altitude sobre os céus dos arredores da cidade Tcheca de Cheb.
Na queda, Linck foi tomado pelo desespero, quando após tentar controlar em vão a harpia que caia em um parafuso desgovernado, decidiu pular e então, ao puxar a alavanca de ejeção do canopy... esta saiu em sua mão!!! Usando toda a sua força ele tentou, e conseguiu quebrar o canopy, mas a força centrífuga era intensa e ele se via achatado contra o assento. Uma rápida olhada nos instrumentos enlouquecidos mostravam que ele se aproximava rapidamente do solo... e então, em uma explosão de adrenalina e desespero ele conseguiu deixar o cockpit há 4.000 metros do solo. Porém, para seu desespero, assim que o paraquedas se abriu ele viu que vinha em sua direção um dos P-51 que estava perseguindo e se preparou para ser metralhado, mas ao ver que o paraquedas abrira, o piloto americano fez uma mensura com a asa e foi embora, mostrando que embora diante de todo o horror de uma das mais desumanas guerras da história, ainda havia espaço para cavalheirismo.
Mas os "apertos" de Linck ainda não haviam terminado. Com a adrenalina diminuindo ele percebeu que havia quebrado o braço esquerdo seriamente. Então, vieram tiros do solo e antes que fosse atingido, veio então a cair sobre a copa das árvores da floresta logo abaixo, para então ser resgatado... pelas pessoas que estavam atirando contra ele, fazendeiros, que o haviam confundido com um piloto americano diante da reação do Mustang. Ou seja, a galanteria do P-51 quase lhe custara a vida.
Mas os sustos não haviam acabado. Quando ele foi levado a soldados alemães em um acampamento próximo. Mas para sua surpresa eram todos asiáticos vestidos de soldados Alemães, que não sabiam falar Alemão, a não ser repetir em sotaque carregado "Seus papéis! Seus papéis!". Ele foi então feito prisioneiro até chegarem os instrutores do campo, que informaram que tratava-se de um campo onde Asiáticos estavam sendo treinados para ajudar a defender o Reich (alguém sabia disto? Nunca ouvi esta história!!!!).
Devido aos graves ferimentos no braço, Linck nunca mais pode voar. Desta forma, sem saber, Jütz salvou a vida de seu ala, pois a unidade acabou sendo toda dizimada o que levou à restruturação de 1945. Mas Jütz nunca soube disto, pois morreu no dia seguinte ao acidente. Já Linck veio a morrer somente em 1995, de câncer.
Um dos problemas das marcações do III/JG-4 é que não existem boas fotos e mesmo estas são muito poucas e não sobrou ninguém vivo para detalhar as marcações.
No esquema de pintura temos as insígnias nacionais da Alemanha escondidas grosseiramente com tinta cinza. Creio que isso está incorreto. Pelo que conheço da História alemã, jamais um esquadrão iria esconder as marcações nacionais, inclusive isso seria crime e as SS adorariam fuzilar o incauto que escondesse sua amada suástica!
Montagem iniciada
Peças lavadas:
Peças secando:
Logo tem mais
Montarei este kit:
Reparem que é o famoso BF 109 G6 da "sombrinha", com várias modificações para o G14, principalmente a cauda e o canopy.
Mas representando este avião:
Bf 109G-14, W.Nr. 781308, Lt. Hans-Helmut Linck, 10./JG 4, Alteno airfield, Germany, September 11, 1944
Os decais são de um Eduard Royal Class:
De autoria do amigo Vrykolakas (http://www.coladoresdeplastico.com.br/f ... f=48&t=555),temos a história do piloto e da unidade. Essa excelente montagem do Vrykolakas servirá como guia para meu BF 109G14!
A Batalha sobre as Montanhas de Minério (The Battle Over the Ore Mountains)
No dia 11 de Setembro de 1944 teve inicio a Missão USAAF Nº 623. O objetivo da Missão era atingir toda a industria germânica e rede de transportes. Nesta missão estava envolvida toda a 8th USAAF além de reforços da RAF. As três ondas atravessaram a fronteira da Bélgica por volta das 10 hs da manhã e entraram profundamente na Europa Continental. A força de ataque era composta por cerca de 1100 bombardeiros quadrimotores e 400 caças de escoltas.
Para se opor a esta formidável força de ataque a Alemanha dispunha de apenas 350 caças, a maioria pilotada por pilotos novatos ou com pouca experiência...
O combate teve início entre 11:30 e 12:00 horas. A 1ª Divisão foi atacada já sobre seus alvos, na região de Merseburg e Halle. Os Liberatos da 2ª Divisão enfrentaram o inferno ao Norte de Frankfurt e a 3ª Divisão, composta por bombardeiros B-17 na área sobre as Ore Mountains, na fronteira entre a Alemanha e hoje República Tcheca.
Os Alvos mais distantes da Missão 623 estavam a cargo da 3ª Divisão, constando das refinarias de gasolina em Brabag e Sudetenland e de Fabricas em Schwarzheide (próximas a Dresden). A 3ª Divisão era composta por 4 boxes de ataque, compostos pelos grupos 486th, 100th, 93th e 390th Bomb Groups e escoltados pelos Mustangs dos 55th, 38th e 388th Fighters Group. Para enfrentar esta ameaça, a Luftwaffe tinha os Bf-109 e os FW-190 do Jagdgeschwader 4, com suas forças estacionadas nos campos de pouso de lteno e de Welzow, composto por 60 aeronaves, Focke-Wulf Fw 190A e Messerschmitt Bf 109G-14.
O primeiro confronto foi devastador para as forças aliadas, pegando os B-17 da 100th The Bloody Hundredth ainda em alta altitude e sem escoltas, abatendo 14 Fortalezas Voadoras. Logo após este ataque, a força de bombardeiros se encontraram com suas escoltas, de P-51 que haviam localizado do campo de pouso de Horham. Teve então início um furioso Dogfight, enquanto os bombardeiros puderam dar prosseguimento na missão, despejando suas bombas em Schwarzheide.
Os Mustangs tiveram 5 perdas para os caças nazista, mas ao final da batalha, o JG-4 havia perdido mais da metade de sua força, com 32 caças abatidos e 29 pilotos mortos.
O Jagdgeschwader 4
O JG-4 era composto por 4 Grupos:
I. Gruppe
II. Gruppe
III. Gruppe
IV. Gruppe
O JG-4 Geschwader teve como principais atribuições a defesa do Reich, operando caças Bf-109 e FW-190, operando em mais de 30 diferentes Campos de Pouso, entre eles, Mizil, Ferrara, Dortmund, Bad Lippspringe, Welzow, Frankfurt/Rhein-Main, Neuhausen, Alteno, Ansbach, Salzwedel, Leck, Jüterbog-Damm, Finsterwalde e Neukirchen.
Sua primeira missão foi a defesa das plataformas de petróleo na Romenia, próximas a Ploesti, tendo como ameaça os Bombardeiros do 15th localizados no Norte da África. Ao final de 1943 foram reposicionados para defender Roma e o Norte da Italia. No verão de 1944, após pesadas perdas, o JG-4 foi reorganizado. Na Batalha Sobre as Montanhas de Minério. a maior parte dos pilotos enfrentou o combate pela primeira vez. A partir de Novembro de 1944 o Geschwade passou a operar de Frankfurt e sofreu pesadas perdas na ofensiva das Ardennas e na Operação Bodenplatte. Em Janeiro de 1945 o JG-4 era composto quase que exclusivamente de pilotos jovens e inexperientes, operando de Guben-Jüterbog até o final da guerra.
A última missão do JG-4 ocorreu "Ã s portas de Berlim", contra forças Russas.
As principais características de marcação do JG-4 era as listras brancas com uma lista preta na cauda dos Fw-190, as espirais preto e branco no cubo da hélices e o brasão composto por um escudo azul com um elmo prateado com uma pluma vermelha no nariz, acima do radiador.
Ao final da guerra, houve perda da padronização, com muitos caças tendo as cruzes e suásticas não aplicadas, assim como a ausência do brasão, indicando problemas importantes de manutenção. Alguns autores citam que a razão da ausência das marcações era para dificultar a identificação da nacionalidade dos caças quando em combate, principalmente quando vistos por cima, mas isto é contestado por outros autores.
Hans-Helmut Linck e o 4 Preto
Vou montar a aeronave do ilustre desconhecido Helmut Linck. Na Battle Over The Ore Mountains a missão III. Gruppe era dar cobertura aos FW-190 e enquanto Linck enfrentava dois Mustangs de igual para igual em um furioso dogfight (Linck havia sido instrutor do FFSA/B10) seu ala, o inexperiente Wilhelm Jütz ficou pelo caminho e as duas aeronaves acabaram se chocando a 9.700 metros de altitude sobre os céus dos arredores da cidade Tcheca de Cheb.
Na queda, Linck foi tomado pelo desespero, quando após tentar controlar em vão a harpia que caia em um parafuso desgovernado, decidiu pular e então, ao puxar a alavanca de ejeção do canopy... esta saiu em sua mão!!! Usando toda a sua força ele tentou, e conseguiu quebrar o canopy, mas a força centrífuga era intensa e ele se via achatado contra o assento. Uma rápida olhada nos instrumentos enlouquecidos mostravam que ele se aproximava rapidamente do solo... e então, em uma explosão de adrenalina e desespero ele conseguiu deixar o cockpit há 4.000 metros do solo. Porém, para seu desespero, assim que o paraquedas se abriu ele viu que vinha em sua direção um dos P-51 que estava perseguindo e se preparou para ser metralhado, mas ao ver que o paraquedas abrira, o piloto americano fez uma mensura com a asa e foi embora, mostrando que embora diante de todo o horror de uma das mais desumanas guerras da história, ainda havia espaço para cavalheirismo.
Mas os "apertos" de Linck ainda não haviam terminado. Com a adrenalina diminuindo ele percebeu que havia quebrado o braço esquerdo seriamente. Então, vieram tiros do solo e antes que fosse atingido, veio então a cair sobre a copa das árvores da floresta logo abaixo, para então ser resgatado... pelas pessoas que estavam atirando contra ele, fazendeiros, que o haviam confundido com um piloto americano diante da reação do Mustang. Ou seja, a galanteria do P-51 quase lhe custara a vida.
Mas os sustos não haviam acabado. Quando ele foi levado a soldados alemães em um acampamento próximo. Mas para sua surpresa eram todos asiáticos vestidos de soldados Alemães, que não sabiam falar Alemão, a não ser repetir em sotaque carregado "Seus papéis! Seus papéis!". Ele foi então feito prisioneiro até chegarem os instrutores do campo, que informaram que tratava-se de um campo onde Asiáticos estavam sendo treinados para ajudar a defender o Reich (alguém sabia disto? Nunca ouvi esta história!!!!).
Devido aos graves ferimentos no braço, Linck nunca mais pode voar. Desta forma, sem saber, Jütz salvou a vida de seu ala, pois a unidade acabou sendo toda dizimada o que levou à restruturação de 1945. Mas Jütz nunca soube disto, pois morreu no dia seguinte ao acidente. Já Linck veio a morrer somente em 1995, de câncer.
Um dos problemas das marcações do III/JG-4 é que não existem boas fotos e mesmo estas são muito poucas e não sobrou ninguém vivo para detalhar as marcações.
No esquema de pintura temos as insígnias nacionais da Alemanha escondidas grosseiramente com tinta cinza. Creio que isso está incorreto. Pelo que conheço da História alemã, jamais um esquadrão iria esconder as marcações nacionais, inclusive isso seria crime e as SS adorariam fuzilar o incauto que escondesse sua amada suástica!
Montagem iniciada
Peças lavadas:
Peças secando:
Logo tem mais
