A esmagadora superioridade numérica da União Soviética em praticamente tudo relacionado a forças convencionais, levou os EUA e seus aliados a tentativas de desenvolvimento de MBT’s que integrassem de forma harmoniosa as três áreas básicas do desenvolvimento de um MBT (proteção, mobilidade e poder de fogo) conseguindo assim superioridade tática, algo que nenhum país da OTAN havia conseguido anteriormente. Exemplos disso foram o AMX-32 francês e o Chieftain Britânico, o primeiro possuía excelente mobilidade e poder de fogo, mas uma proteção insuficiente e o segundo excelente poder de fogo e proteção, mas era pobre em mobilidade. A substituição do M60 “Patton†pelo novo MBT foi concorrida entre Chrysler Corporation (XM1) e a Divisão Allison da General Motors (MBT-70/XM803).
Após o fracasso no desenvolvimento do MBT-70 pela empresa Allison Corporation, foi posto em produção limitada no ano de 1979 pela empresa Chrysler Corporation (hoje General Dynamics), com os primeiro M1 Abrams concluídos em 1980. Atualmente, é o MBT do US Army, USMC, Egito, Kuwait, Arábia Saudita, Austrália e Iraque, com cerca de mais de 9.000 unidades produzidas, com cerca de 8.580 milhões de dólares a unidade (dados de 2012).
ARMAMENTO PRINCIPAL
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O armamento principal do M1A2 Abrams é o Rheinmetall M256 L55 de calibre 120mm na versão americana, este que substituiu o M68A1 de calibre 105mm das versões iniciais de produção. Disparando uma enorme gama de munições padrões da OTAN, destacam-se as munições cinéticas modelo M829 APFSDS-T, as quais utilizam um penetrador de urânio empobrecido extremamente denso e com alta capacidade de penetração (duas vezes e meia mais que o aço).
Foram desenvolvidas a partir do começo da década de 90 para se contrapor as blindagens explosivas reativas (ERA) de fabricação soviética Kontakt-1 desenvolvidas no período. A versão mais atual e ainda em desenvolvimento é a M829A4, é voltada para fazer frente a ERA de fabricação russa denominada Kaktus e Relikit, que equipa atualmente o MBT russo T-90 Tagil.
Peso (somente o tubo): 1.190 kg
Peso (completo): 3.317 kg
Comprimento (L44): 5.28 metros
Comprimento (L55): 6.6 metros
Calibre: 120mm
Velocidade inicial: 1.750 m/s
Alcance de utilização: 4.400 metros
MUNIÇÕES UTILIZADAS PELO M256 L55 120 mm
As munições de alto explosivo anti-tanque (HEAT), por outro lado, levam uma ogiva de carga ôca com um penetrador de cobre, utilizando-se do efeito de monroe. Esta ogiva, com sua capacidade de explosão e fragmentação inerente, também fornece a capacidade antimaterial e antipessoal.
As munições Canister, são utilizadas contra pessoal em áreas abertas, as munições de alto explosivo (HE) são utilizadas contra estruturas as de treinamento são utilizadas em estandes de tiro, comumente dotadas de limitadores de desempenho (cones de estabilização) por questões de segurança.
Armamento secundário
Existem três metralhadoras utilizadas como armamento secundário no M1 Abrams. Uma Browning 12.7 mm na cúpula do comandante, uma M240 7,62 mm na cúpula do municiador e outra M240 coaxial ao armamento principal. O total de munição embarcada é de 11.400 tiros de 7,62 mm e 1.000 tiros de 12.7 mm.
Além das metralhadoras, existem dois lançadores de granadas de fumaça com seis (M250) ou oito (M257) lançadores cada de calibre 66 mm, as quais geram uma fumaça que bloqueia a visão térmica dos designadores inimigos.
SISTEMAS
A versão mais atualizada em serviço é o M1A2 SEP V2, a qual recebeu várias modernizações. As atualizações incluem monitores coloridos para o motorista, comandante, e o artilheiro, em comparação com displays monocromáticos do M1A1, bem como visores térmicos para cada posição, dando ao comandante consciência situacional e ao artilheiro melhor visão situacional.
O M1A2 SEP V2 é baseado na plataforma M1A2, digitalizado com um melhor pacote de blindagem de terceira geração, com uma nova placa de urânio empobrecido revestido de aço na torre, um novo sistema de comando e controle, FLIR de terceira geração que inclui visualização térmica independente para o comandante (que lhe dá 360 graus de consciência situacional, podendo assim o comandante procurar por um alvo, enquanto o artilheiro está visando um alvo diferente), a ser utilizada em operações †caçador/matador “, nova Unidade de Potência Auxiliar (APU), a qual permitirá o funcionamento dos sistemas eletrônicos mesmo com o motor desligado, e um novo sistema de ar condicionado para tripulação e os eletrônicos. O M1A2 SEP também possui sistema eletrônico avançado, como mapas e displays coloridos, melhoria das comunicações em rede, alta capacidade de memória computacional e maior velocidade de microprocessamento, além de uma mais amigável interface entre homem/máquina, tudo isto em um sistema operacional de computação aberto, que fará com que as futuras atualizações sejam mais facilmente implementadas.
Outra melhoria implementada é o CROWS II, que permite que o comandante para disparar a metralhadora .50 remotamente, sem abrir escotilha.
O M1 Abrams desde o começo foi privilegiado pro incorporar o conceito de blindagem “Chobhamâ€, desenvolvido na Inglaterra, o qual constitui em camadas de compostos cerâmicos, metálicos e não-metálicos aplicados diretamente na blindagem convencional de aço do veículo, que fornecem excepcional resistência, embora aumentem em muito o peso do veículo.
O urânio empobrecido é usado também para reforçar a blindagem dos M1 Abrams. O Exército dos EUA revelou publicamente o uso de armadura DU (Depleted Uranium – urânio empobrecido) em março 1987. A partir de 1993, o Exército dos EUA adquiriu cerca de 1.500 MBT’s Abrams M1A1 equipados com armadura DU, com planos para mais de 3.000. Quando aplicado no Abrams, DU é inserido na placa frontal da torre, e em seguida coberto com placas de aço. As torres dos Abrams que possuem DU são classificadas como HA (Heavy Armor) e são marcadas por um “U†(de urânio), perto do armamento principal do lado direito, como parte do número de série do mesmo.
PROPULSÃO
A propulsão dos vários modelos do M1 Abram é feita pela turbina a gás Honeywell AGT1500, com potência máxima de 1500 hp, podendo utilizar vários tipos de combustível disponíveis (diesel, gasolina, combustível de aviação), dando-lhe uma velocidade máxima controlada de 45 mph (72 km / h) em estradas pavimentadas e 30 mph (48 km / h) em terreno acidentado.
O AGT1500 é muito confiável em operação, no entanto, seu consumo de combustível é alto (somente para dar a partida no mesmo, consome-se 38 litros). O motor queima mais 6,3 litros por milha (230 litros por hora) quando viajam em terreno acidentado e 38 litros por hora quando ocioso. Problemas quanto á emissão de radiação infravermelha também é uma característica deste motor, o qual faz o Abrams ser suscetível a ser detectado no campo de batalha.
M1A1 "Operação IRAQ FREEDOM"
Foi o principal carro de combate blindado utilizado pelas forças da coalizão contra a guarda revolucionária de Sadam, os M1A1 entraram em combate principalmente nos grandes centros urbanos, quando tiveram grande resistência de guerrilhas e grupos de insurgentes, o temido combate, tanque a tanque não foi tão evidenciado, uma vez que a força aérea da coalizão se encarregou de destruir 90% dos blindados iraquianos.
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