Apelidado de “Uhu†ou Coruja, o He 219 foi concebido como um avião versátil, a exemplo do Junkers Ju 88, mas no final de seu desenvolvimento acabou por suprir a demanda da Força de Caças Noturna, sendo futuramente criticado por seu uso extremamente restrito.

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A Ernst Heinkel AG era uma das maiores e melhores fábricas aeronáuticas da Alemanha Nazista e essa fama expandia-se ao ramo dos aviões militares. Na metade de 1940, o Escritório de Engenharia de Rostock-Marienehe estava criando novos projetos a todo o vapor, inclusive um em particular, o Projekt 1064 (P.1064).
Os desenhos dessa criação diziam a respeito de um Kampfzerstörer (destróier de guerra), ou seja, um avião capaz de desempenhar diversos papéis, podendo servir como caça pesado, caça noturno, bombardeiro horizon-tal, bombardeiro de picada e avião de reconhecimento.

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O futuro avião trazia uma série de grandes inovações, como o cockpit pressurizado, a fuselagem aerodinâmica, a cauda com leme duplo e inclinada verticalmente, gigantesca envergadura, dois motores potentes, trem de pouso na forma de tripé, sendo dois conjuntos de rodas saindo das naceles e um do nariz achatado, sem contar armas defensivas controladas eletricamente.
O Heinkel He 219V-1 fez seu vôo inaugural em 15 de novembro de 1942 e demonstrou grande manobrabilidade e performance para o piloto de testes e os observadores em solo. O teste revelou apenas um único problema: a estabilidade horizontal (“yaw/roll stabilityâ€), o que levou os projetistas a aumentar a largura das asas e estender um pouco a fuselagem. Em seguida foram feitos 29 outros testes com novas opções de armamento, mas foram interrompidos quando a fábrica da Heinkel em Rostock foi bombardeada. Desta forma, a produção foi transferida para Viena (Áustria) e Mielec (Polônia).

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As primeiras unidades de pré-série do He 219A-0 começaram a serem entregues em maio de 1943, apresentando-se em duas versões: a He 219A-OR-1 e a He 219A-0R-2. A primeira era equipada com canhões MK 108 de 30mm de fogo lento, enquanto a variante R-2 apresentava armas MK 103 também de 30mm, mas de fogo rápido e maior peso. Ambas tinham canhões de 20mm nas asas (geralmente MG 151). O piloto operava esse arsenal frontal a partir de um manche com duplo controle, tendo à sua disposição vários botões que controlavam o armamento independentemente, possibilitando diversas combinações. Um He 219 da pré-série foi especialmente equipado com assentos ejetáveis para ambos os ocupantes, como forma de teste.
Os aviões da pré-série foram destinados ao I/NJG 1 de Werner Streib, baseado em Venlo na Dinamarca. A primeira missão de combate ocorreu na noite de 11/12 de junho de 1943. Nela, o próprio Streib e seu Bord funker Fischer decolaram com o seu He 219A-0 “G9+FB†e abateram nada menos que cinco bombardeiros britânicos. O He 219 mostrou-se bem sucedido no papel de Caça Noturno.
Em apenas seis missões de combate, a nova arma abateu 20 bombardeiros da RAF, incluindo seis Mosquitos, avião que nunca havia sido abatido durante a noite. O estrondoso sucesso do Heinkel He 219 levou aos pilotos a pediram mais aeronaves. A Heinkel atendeu ao chamado e colocou as unidades de produção de Marienehe e Oranienburg a disposição do He 219. Os engenheiros previram uma produção de 100 aviões por mês, mas, diante dos bombardeios aliados, nunca se ultrapassou a margem de 12 aparelhos mensais. Nos meses seguintes várias versões do He 219 foram construídas, mas poucas delas foram fabricadas em quantidades consideráveis. Numa linha geral, elas tinham as mesmas características, como a instalação do poderoso radar FuG 220SN-2 frontal, a remoção do armamento traseiro (salvo o A-5/R-4), radares traseiros, antenas de rádio sofisticadas, assentos ejetáveis e, obviamente, o terrível Schräge Musik.

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O Heinkel He 219 jamais ganhou a prioridade que os pilotos de combate demandavam. Aliás, o aeroplano jamais chegou a equipar um Gruppe completo, apresentando alguns exemplares espalhados pelo I/NJG 1, NJGr 10 e Erg./JG 2. Por volta de junho de 1944, o I/NJG 1 tinha 20 Uhus das versões A-2 e A-5, usados em incursões noturnas sobre a Inglaterra, a maioria perdida em combates contra Mosquitos. Os últimos aparelhos foram usados até o final da guerra como interceptadores noturnos.
Fonte: http://www.luftwaffe39-45.historia.nom. ... /he219.htm
O kit
Desde que comecei com o plastimodelismo, o He-219 foi um avião que me chamou a atenção. Apesar de não ser tão famoso quanto o Stuka, o BF109, o He-111, entre outros, quando eu era criança (há um bom tempo atrás



O kit já teve um review bem completo aqui neste forum, mas ainda assim coloquei algumas fotos:
A caixa

Manual de instruções

Decais e esquema de pintura.

As árvores. A base do cockpit é de metal e serve como peso para o nariz.


Espero conseguir montar um kit à altura da eficência e beleza dessa máquina,

