UM BREVE HISTÓRICO

Fonte: http://sistemasdearmas.com.br/amx/amx05guiadas.html
Em meados da década de 1970, a Embraer já havia conquistado reconhecimento mundial e começava a cogitar a possibilidade de fazer parcerias com empresas estrangeiras a fim de projetar aeronaves mais sofisticadas. Os primeiros estudos para a fabricação de um avião subsônico começaram ainda em 1976, em parceria com a empresa italiana Macchi que, na época, já tinha um projeto avançado de jato. Já no ano seguinte foi lançado o projeto designado MB 340.
Em 1977, a Força Aérea Italiana efetuou um requerimento para um caça-bombardeiro para substituir seus Aeritalia G.91 e alguns de seus F-104 Starfighter. Em vez de competir entre si pelo contrato, a Aeritalia (agora Alenia Aeronautica) e a Aermacchi concordaram em fazer uma proposta conjunta, já que ambas as companhias estavam considerando o desenvolvimento de uma classe similar de aviões por alguns anos. Posteriormente, com o objetivo de atender à s necessidades da Força Aérea Italiana, foi feita uma associação entre as empresas Aeritália (hoje Alenia) e Macchi (hoje Aermacchi) e criado em 1978 o programa do caça subsônico AMX (A de Aeritália, M de Macchi e X de experimental). A empresa brasileira responderia por 1/3 do programa e dos custos, sendo responsável pelas seções das asas, empenagem e testes de fadiga da estrutura. A Aermacchi responderia pelos outros 2/3 e produziria a fuselagem, os sistemas de bordo, e faria os testes estáticos e com armamentos.
Após um período de suspensão dos trabalhos, em 1980, autoridades aeronáuticas brasileiras anunciaram na feira de Farnborough daquele ano a sua decisão de participar do programa italiano. Tal decisão foi oficializada quase um ano depois, e em 27 de março de 1981, foi assinado um acordo entre os dois países.

Após algumas mudanças contratuais, as companhias italianas ficaram responsáveis por cerca de 70% do programa e a Embraer pelos 30% restantes. Coube à Embraer o desenvolvimento e a fabricação das asas, tomadas de ar do motor, estabilizadores horizontais, pilones subalares ("cabides de armas") e tanques de combustível . Além disso, a Embraer participou ativamente de todo o projeto dos sistemas de trem de pouso, navegação e ataque, comandos de voo e controle de armamentos. Dois protótipos de ensaio em voo e um de testes de fadiga foram construídos e testados no Brasil.
O AMX foi concebido como avião monomotor, monoposto, especializado para missões de ataque, privilegiando robustez e confiabilidade para missões de alta exposição, com longo alcance (compatível com as dimensões continentais de nosso país, incluindo capacidade de reabastecimento em voo) e a incorporação de tecnologias avançadas de sistemas de computação, navegação e ataque e contramedidas eletrônicas. Contou, entre outras inovações da época, com um sistema de comandos de voo com augmentation system e operação HOTAS (Hands On Throttle And Stick) para navegação e ataque. Uma variante biposto foi desenvolvida em seguida visando tarefas de conversão operacional de pilotos para este tipo de aeronave (OCU).
O primeiro protótipo voou em 15 de maio de 1984. Embora esse exemplar tenha sido perdido durante o seu quinto voo (matando seu piloto), o programa de testes foi considerado tranquilo. O primeiro protótipo do AMX construído no Brasil – o quarto do programa –, fez seu rollout e primeiro voo oficial em outubro daquele ano. A produção em série foi iniciada na metade de 1986 e em 1988 o primeiro AMX de fabricação seriada voou na Itália. A primeira entrega à FAB ocorreu em outubro de 1989, que adquiriu um total de 54 aeronaves, em três lotes de encomendas. Desde então, cerca de 200 AMXs foram construídos.

Fonte: http://sistemasdearmas.com.br/amx/amx05guiadas.html
Ação em combate
O batismo de fogo dos AMX foi através dos esquadrões italianos, que voaram 252 missões de combate sobre o Kosovo em 1999, como parte da Operação Forças Aliadas, sem nenhuma aeronave perdida.
Em 2011, três aeronaves da base italiana de Trapani, na Sicilia, totalizaram 500 horas de voo em missões na Líbia entre os meses de abril e outubro.
Os AMX italianos também tem voado missões de combate no Afeganistão fazendo parte da ISAF (International Security Assistance Force - Força de Assistência de Segurança Internacional). Todas essas operações foram à serviço da OTAN.

Fonte: http://www.aereo.jor.br/2012/10/31/mais ... eganistao/
Na FAB
A FAB recebeu seus primeiros A-1 em 1989 e estes foram alocados ao 1°/16° GAv na Base Aérea de Santa Cruz. Em seguida os 1°/10° GAv e 3°/10° GAv receberam seus A-1 na Base Aérea de Santa Maria para tarefas de ataque ao solo e reconhecimento tático. Estes aviões trouxeram novas tecnologias para a FAB e foram empregados em diversa manobras, incluindo as Operações Cruzex no Brasil, Salitre no Chile e Red Flag nos EUA.

A1 da FAB na Red Flag 98-3.
Fonte:http://sistemasdearmas.com.br/amx/amx05guiadas.html
Modernização na FAB
Responsável pela incorporação de novas tecnologias como o HUD (Head-up Display), HOTAS (Hands on Throttle and Sticks), MFD (Multi-functional Display) e o RWR (Radar Warning Receiver), a Embraer Defesa e Segurança (EDS) entregou o primeiro avião de ataque AMX modernizado, identificado como A-1M, para a Força Aérea Brasileira em 3 de setembro de 2013.
A modernização segue o mesmo padrão das modernizações de outras aeronaves também utilizadas pela FAB, o A-29 e o F-5EM (Tiger II, da Northrop), com novos sistemas de navegação, armamentos, geração de oxigênio, radar multímodo e contramedidas eletrônicas.
A Embraer Defesa e Segurança é uma unidade da Embraer, criada em 2011, que detém capacitação em gestão de integração de tecnologia e sistemas, através de parcerias com empresas de alta tecnologia, como a Elbit e a Orbisat, dentre outras. Foi criada para assumir a modernização dos vetores de combate (integração dos equipamentos e ensaios). A Elbit é a responsável pelos sistemas aviônicos e a a Orbisat, pelos radares e sensoreamento remoto.4
O programa prevê o investimento de US$ 400 milhões ao longo de 5 anos para a modernização de 43 Caças AMX A-1. O Programa também prevê :
- Substituição do atual radar pelo Radar SCP-01, fabricado pela Mectron, de São José dos Campos.
- Novo sistema de geração de oxigênio (OBOGS).
- Novos MFDs
- Iluminação compatível com o uso de óculos de visão noturna.
- Visor montado no capacete.
- Novo RWR.
- Lançadores Chaff/Flare, com lançamento automático.

Fonte: http://defense-update.com/wp-content/up ... pe_a1m.jpg
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/AMX_International_AMX
http://www.centrohistoricoembraer.com.b ... s/AMX.aspx