[Concluído] Obuseiros de 105mm - AFV - 1/35

[magnetorj]

Mais uma adiantada... Tudo tão minúsculo e TUDO com partes móveis onde não pode cair cola, vamos devagar...

ta usando aquela sua lupinha pra montar esse ai né mestre

[Tchibum]

ta usando aquela sua lupinha pra montar esse ai né mestre

Só assim mesmo...

[kogyro]

Tchibum tira uma dúvida.



A carga é acoplada na capsula na hora do tiro?

Como é feito esse processo?
Sempre pensei que o que a carga e a capsula era fabricado junto.

[magnetorj]

Tchibum tira uma dúvida.



A carga é acoplada na capsula na hora do tiro?

Como é feito esse processo?
Sempre pensei que o que a carga e a capsula era fabricado junto.

opa acabou de ganhar uma aula gratis pois o mestre mergulhão entende do assunto

[Tchibum]

Tchibum tira uma dúvida.



A carga é acoplada na capsula na hora do tiro?

Como é feito esse processo?
Sempre pensei que o que a carga e a capsula era fabricado junto.

Kogiro

Neste tradicional Obus (ou Obuseiros), cujo alcance máximo é 12 km, a tabela de tiro é baseada em saquitéis.

São 11 (onze) de tamanhos variados.

De acordo com o alcance desejado (e flecha que é o raio maior da trajetória) você consulta (o pessoal da Central de Tiro) uma tabela e vê a carga indicada.

Nos exercícios nos campos de tiro brasileiros (que são pequenos, fora Formosa de Goiás) usamos muito a carga 4 (quatro).



Quando o Comando de Tiro vem e define a carga quatro, os municiadores atrás de cada peça, pegam o estojo e retiram os saquitéis marcados de 5 em diante.

Nesse momento, tiram a granada do cunhete, colocam o detonador (cilindro de fulminato por debaixo da espoleta), atarracham na ponta a espoleta e deixam prontas para emprego numa lona a retaguarda da conteira (as pernas abertas da peça).

No final do exercício, sobra uma pilha grande de saquitéis... Fazemos um buraco grande no chão e as incineramos por segurança... Dá uma bela fogueira...

É claro que se, duranto o tiro, mudar o comando e o alcance, tira-se a granada e completa-se a carga, se necessário, sem maiores problemas.



Outros materiais como o Obus 155, nem tem estojo.



Usam um saco com a pólvora e a granada pura que é 'engrazada' no tubo com ajuda de um soquete. Na culatra é colocado uma munição de festim de fuzil que fará a ignição e pronto.



Deu para entender?

Essas granadas, tanto de 105 mm (foto) com as de 155 mm, são fabricadas em Juiz de Fora, na IMBEL. Se quiser ver o processo de fabricação, tenho um filmete antigo aqui, veja:

http://www.4shared.com/file/112735008/f ... anada.html

Aqui um Cascavel, equipamento da Cavalaria. em exercício no campo da Marambaia...

[magnetorj]

não falei que o homem entende do riscado excelente aula mestre

[Tchibum]

não falei que o homem entende do riscado excelente aula mestre

Estamos juntos!

[kogyro]

Valeu pela aula Tchibum.

Como é o aparelho que acopla a carga no estojo?

[Tchibum]

Valeu pela aula Tchibum.

Como é o aparelho que acopla a carga no estojo?

Não entendi a pergunta!

Estojo é o que chamam de cartucho. A carga (pólvora), no 105 vem em saquitéis. Em canhões maiores são sacos com a pólvora em varetas, parecendo macarrão...

Não se acopla carga...

Se acopla a granada (a bala do canhão) mas isso varia de material para material.

No 105mm, no 75mm, é só encaixar. Nos canhões de blindados, ela já vem pronta, encaixada, e embalada em cones de papelão dentro de cunhetes de madeira...

No caso do 155mm, do antigo canhão Vickers Armstrong de 6" (152.4mm), engraza-se (espeta-se) a granada empurrando com um soquete de madeira e depois, coloca atrás o saco de pólvora (normalmente em varetas tipo macarrão) e fecha-se a culatra...



No antigo e fabuloso canhão 305 mm (o maior da América do Sul) do Forte de Copacabana (hoje Museu, pode ser visitado) - olha eu de novo, ainda Aspirante a Oficial...







Que foi uma obra fabulosa realizada em 1914 pelos alemães (Krupp), a granada (que pesa 500 kg) subia do paiol (que ficava em baixo do canhão, num subterrêneo - ver foto) em elevador até a culatra aberta. Um soquete hidráulico emburrava ela pelo tubo até engrazar. Depois, os artilheiros colocavam um saco chamado carga intermediária e finalmente, do mesmo elevador, o soquete empurrava um estojo quase do meu tamanho.

Fechada a culatra (cujo bloco pesava mais do que um fusca), vinha o fabuloso disparo... O canhão atirou até o ano de 1971 quando foi desativado.

Quem não conhece, deve o visitar... A cúpula, como chamamos onde ficam os dois canhões, na verdade é uma estrutura com 3 andares.

Embaixo, dois paióis, um de cada lado. No meio o andar intermediário onde ficavam os soldados que operavam os dois elevadores de carregamento. e no terceiro andar, a cúpula com a guarnição do canhão e o Oficial de Tiro que apertava o botão de disparo.

Em caso de emergência, tudo poderia ser operado manualmente, mas existia na Fortificação uma Usina de Força com um enorme gerador Daimler Benz e tudo o mais para suprir as duas Baterias de canhões, esta de 305mm e a segunda Bia de 190mm...



Servi lá como Aspirante em 1965...



Embaixo eu na boca de fogo do 190mm



Embaixo, o 305mm







O magrinho de óculos escuros, no meio, sou eu, de novo

[Tchibum]

Estou desde ontem à noite com telefone mudo e sem Internet... É a bosta da Oi, antiga Telemerda...