Ignorando mais uma vez a quantidade de kits abandonados na Garagem do Esquecimento, vou começar mais um projeto:
A bola da vez é a Ferrari F1-89, também conhecida pelo código de seu projeto, 640. Ela não foi uma máquina vencedora, bem o contrário disso, mas é lembrada por ter sido o primeiro carro do grid com a hoje ubíqua transmissão semi-automática com mecanismo de troca atrás do volante. O diretor técnico John Barnard chegou no final de 1986 vindo da McLaren, onde tinha sido responsável por outra inovação, o chassi de fibra de carbono, mas pegou o onde andando, pois o carro de 1987 já estava sendo desenvolvido. Assim, a nova transmissão ficou adiada para 1988, mas complicações adiaram mais uma vez a estreia para o ano seguinte, e mesmo assim a Ferrari teve vários problemas com ela na primeira metade do campeonato. Por fim o problema foi identificado como baixo fornecimento de energia pela bateria, e a Magnetti Marelli o resolveu, mas o carro ainda manteve a baixa confiabilidade por outros motivos e, de 32 largadas nas 16 corridas da temporada, a F1-89 terminou apenas 9 vezes, com o alívio de ter conseguido um lugar no pódio em todas, e vitórias em um terço delas: Mansell faturou na abertura no Brasil e também na Hungria, enquanto Berger venceu em Portugal.
Em termos de design, o carro tinha um nariz esbelto por conta da nova transmissão, pois o sistema permitiu remover a alavanca de câmbio e seu mecanismo da cabine, possibilitando um desenho externo mais aerodinâmico. A aerodinâmica foi, na verdade, o motivo principal para a adoção do câmbio semi-automático.
O motor da fera, primeiro da nova era de motores aspirados seguindo a abolição dos turbos pela FISA, era um V12 de três litros e meio e cinco válvulas por cilindro, taxa de compressão de 11,5:1 e capaz de gerar cerca de 600 cavalos de potência. E, já que estamos falando dele...
[youtube]https://youtu.be/VUxzCbelcVI[/youtube]
Bem, por ora é só. Em breve volto com fotos da montagem.
Abraços!
Gabriel
E como é difícil encontrar referências dessa parte mecânica! Como as laterais impedem a visualização da parte de baixo do interior da carenagem, não dá para ter muita referência do motor em si. Vou ter que seguir imagens de outros motores Ferrari da época, pois encontrei só uma referência do bloco, e não é grande coisa. Mas isso fica para a próxima.
), mas vou envernizar, sim. E vai ficar semi-brilhante, e é o que tem para hoje! Eu sou um modelista fuleiro, dane-se 