Examinando a caixa, podemos observar uma ilustração do modelo na versão de arrancada. Nas laterais, o padrão Revell “tijolinhoâ€: do lado maior, a descrição breve do modelo e cores e na outra temos as imagens do modelo e suas opções e detalhes. Nas laterais menores, repete-se a ilustração da tampa.
Consultando o site “Scalemates†verificamos que esta edição é de 2017, mas é uma re-embalagem do kit lançado em 1990, com troca de decais. A origem do modelo é confirmada quando olhamos a “banheira†onde consta o © da Revell Inc. e o ano de 1990.
Eis a caixa:
Vamos ao kit: são 129 peças, moldadas em plástico branco, transparente, metalizadas, vermelho transparente e oito pneus em vinil. Aparenta nesse primeiro contato, a inexistência de rebarbas e pouquíssimas marcas de injeção, as quais, num primeiro momento ficarão em lugares não visíveis depois da montagem concluída. Detalhe negativo é a existência, na parte externa do chassis, inscrições do fabricante em relevo. Há também por dentro e na “banheiraâ€, mas nesses dois casos, ficarão invisíveis.
Os decais são para duas versões: a de arrancada, sem indicação de quem teria sido o piloto, o que nos leva à crer que o kit reproduz um dos primeiros Thunderbolts construídos, sem indicar um em especial. Há também decais para um versão de rua com alguma customização.
Um aspecto interessante é que por ser possível montar uma de duas versões, algumas peças certamente irão sobrar e enriquecerão a caixa de “sobras†do modelista: são dois jogos de pneus, três tipos de rodas e dois de capô, sem falar na opção de alavanca de câmbio manual no assoalho ou automática na coluna de direção.
O manual é em inglês, francês e espanhol e segue o padrão Revell: um livreto com 16 páginas e 24 fases de montagem. As instruções são simples, mas visualmente claras e de fácil entendimento.
Uma coisa interessante no manual é que o mesmo indica as cores a serem utilizadas, mas não faz referência à nenhum fabricante, sendo que em outros kit´s da Revell, havia a indicação e códigos de suas próprias tintas. Inclusive, a cor da carroceria (Burgundy Red Metallic) não está disponível em nenhum dos fabricantes tradicionais de tintas para plastimodelismo (a Model Master possuía a cor “burgundy metallic†na série de tintas para carros e caminhões, mas não encontrei em nenhuma das lojas em que olhei).
Em resumo este kit da Revell aparenta uma boa qualidade de injeção, considerando ser um modelo com pouco mais de 30 (trinta) anos. Não fizemos nenhum teste de encaixes, mas a Revell, se não é a melhor marca nesse quesito, também não pode ser considerada ruim. Fico na dúvida se este modelo pode ser recomendado para modelistas com pouca experiência, pois na caixa consta nível 5, mas não vislumbramos dificuldades que saltem aos olhos.
É um kit de uma temática pouco conhecida (corridas de arrancada), mas que certamente irá enriquecer qualquer coleção por ser difícil de se ver um deles montado.
Um abraço !
