Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/IAI_Kfir
O IAI Kfir (leãozinho em hebraico) é um caça israelense de ataque ao solo, usado pela Força Aérea Israelense nas décadas de 70 e 80. Na década de 1980 o Kfir foi utilizado pela Marinha Noerte-Americana para ser usado como força oponente em treinamento de combate aéreo (Top Gun).
Histórico
Em 1967, logo após a guerra dos seis dias, Israel enfrentou um embargo de vendas de armas imposto pela França, sua tradicional fornecedora. Essa foi a origem de um programa para copiar e melhorar o Mirage.
Nunca se conseguiu descobrir a maneira exata como foi implantada a produção do Mirage em Israel. Naturalmente não surgiu, da noite para o dia, um grande parque industrial capaz de fabricar todos os itens necessários, desde os aviônicos até os sistemas hidráulicos, passando pelos componentes elétricos, instrumentos, rodas, pneus, freios etc. Ou o equipamento original francês chegou por intermédio de terceiros (até mesmo direto da França, como peças de reposição para aviões que não existiam) ou material procedente de diversos países, provavelmente dos Estados Unidos, o substituiu.
O Mirage fabricado pela IAI recebeu o nome de Nesher, presumivelmente com modificações para adequar-se à s necessidades locais e aos equipamentos já disponíveis em Israel.
Do ponto de vista israelense, pela boa manobrabilidade e confortável cockpit, o Mirage representava uma base sólida para desenvolvimento, embora precisasse de mais empuxo e maior capacidade de carga. Além disso, poderia prescindir do radar Cyrano, considerado muito sofisticado para as condições de operação no Oriente Médio, onde a visibilidade é quase sempre ótima e os caças podem ser dirigidos pelos radares de terra até o contato visual com o alvo.
O primeiro problema foi resolvido com o fornecimento do turbojato General Electric J79, o mesmo que equipava os McDonnell Douglas Phantom F-4E.
A nova aeronave recebeu o nome de Kfir (leãozinho, em hebraico).
O Kfir resultou da adaptação do motor J79 na célula do Mirage 5. Apesar de mais potente, a adaptação de uma turbina de peso e dimensões diferentes causaram a alteração do centro de gravidade da aeronave e das características de voo.
Fonte: http://asasdeferro.blogspot.com/2016/01/iai-kfir.html
Muitas outras alterações foram processadas: cockpit totalmente novo; mudanças na parte eletrônica, incluindo algum equipamento de fabricação israelense; trem de pouso mais resistente, o que possibilitou a elevação do peso na decolagem; e previsão de maior carga bélica, incremento presente num novo suporte subalar interno, próximo à raiz da asa.
O voo inaugural ocorreu no dia 19 de outubro de 1970 e, pouco depois, foi produzido o Kfir C1, dotado de pequenas aletas dianteiras. O C2 que se seguiu tinha canards maiores e asas com dentes no bordo de ataque, para melhorar sua manobrabilidade. Versões de dois lugares foram produzidas com o nariz rebaixado, para melhorar a visibilidade. Os primeiros Kfir entraram em ação na guerra do Yom Kippur. A maioria dos C2 e TC2 israelenses foi adaptada para o padrão C7/TC7, com maior número de encaixes para armas e aviônicos mais modernos. Esses lutaram em 1982, sobre o vale de Bekaa.
Desde que pilotado por homens do mesmo nível técnico, o Kfir-C2 era visto como um adversário à altura do MiG-23, de geometria variável, em especial quando se leva em consideração que este último não podia alterar o enflechamento de suas asas em plena manobra. Devido à qualidade de seus pilotos, previa-se na época um desempenho útil do Kfir por muitos anos ainda.
Fonte: https://veiculosearmamentosmilitares.bl ... -kfir.html
O caça israelense manteve os dois canhões DEFA de 30 mm do Mirage, mas também pode usar o míssil ar-ar Shafrir, de curto alcance, com sensor infravermelho produzido pelo Departamento de Desenvolvimento de Armas Rafael. Na época, quando foi desenvolvido, esse engenho apresentava uma probabilidade de acerto de 60%. Logo depois ele foi capacitado para usar o míssil ar-ar Python 3, uma das poucas armas que podem ser lançadas com sucesso contra um alvo aéreo voando em qualquer posição, inclusive frontal.
Na US Navy
Um grande número permanece em serviço, embora outros tenham sido relegados à reserva. Aviões Kfir foram vendidos à Colômbia, Equador, Sri Lanka, enquanto a US Navy e os fuzileiros americanos alugaram lotes de Kfir C1 (por eles rebatizados como F-21A) para atuarem como aviões inimigos nos programas de treinamento dos seus pilotos.
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/IAI_Kfir
Entre 1985 e 1989, a Marinha dos Estados Unidos e o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos arrendaram 25 exemplos do Kfir C.1, que foi oficialmente designado como F-21A Lion e modificado para uso como adversários desarmados: simuladores de oponentes em diferentes treinamentos de combate aéreo (DACT) . Essas aeronaves tinham planos dianteiros “canard†de vão estreito e duas pequenas retas retangulares, uma de cada lado do nariz, o que melhorava consideravelmente a manobrabilidade e o manuseio da aeronave em baixas velocidades.
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As 12 aeronaves F-21 alugadas para a Marinha dos EUA, pintadas em um esquema de três tons azul-cinza-fantasma, foram operadas pelo Fighter Squadron 43 (VF-43), com sede em NAS Oceana, Virginia. Em 1988, eles foram devolvidos e substituídos pelo F-16N. As 13 aeronaves arrendadas ao Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA foram operadas pelo Esquadrão de Treinamento de Fuzileiros Navais 401 (VMFT-401), um quarto esquadrão de Reserva de Asa de Aeronaves Marítimas / Reserva de Corpo de Fuzileiros Navais na Estação Aérea de Marine Corps Yuma, Arizona. Além das aeronaves pintadas de azul e cinza, o USMC também tinha alguns F-21 pintados em cores israelenses e esquemas "flogger" do deserto (nomeados porque representavam os esquemas frequentemente usados pelo Pacto de Varsóvia MiG-23 "Floggers"). O Kfir foi utilizado porque ambos compartilhavam a característica comum de serem aeronaves muito rápidas (Mach 2+) e de aceleração rápida com capacidade de manobra relativamente baixa. O MiG-23 foi apontado como a aeronave "inimiga" porque, naquele momento ele estava sendo introduzido em números muito grandes e era uma aeronave muito capaz em comparação com os tipos soviéticos anteriores. Essas aeronaves do USMC foram substituídas por F-5E quando os F-21 foram devolvidos em 1989 (embora isso tenha deixado as unidades de treinamento sem aeronaves capazes de simular com precisão o Mach 2+ e o MiG-23 de aceleração rápida).
Seis Kfirs também são usados pela empresa americana Airborne Tactical Advantage Company (ATAC), uma empresa de defesa civil que fornece serviços táticos de aeronaves adversárias para as forças armadas dos EUA. A ATAC fornece treinamento tático aéreo, simulação de ameaças, pesquisa e desenvolvimento. A sede corporativa da ATAC e a principal localização operacional estão no Aeroporto Internacional Patrick Henry em Newport News, VA, com locais permanentes em operação nas Estações Aéreas Navais dos EUA e Estações Aéreas do Corpo de Fuzileiros Navais na Califórnia, Nevada, Havaí e Japão. A ATAC também opera o Hawker Hunter F.58s.
FICHA TÉCNICA
Tipo – Caça monoplace polivalente.
Propulsão – Um turbojato General Eletric J79-GE-17 com pós-queimador gerando 8.020 kg de empuxo estático.
Desempenho – Velocidades: em voo nivelado a grande altitude, 2.655 km/h ou Mach 2,5; ao nível do mar, 1.390 km/h ou Mach 1,14; atinge 15.250 m de altura e Mach 2 em 4 min e 30 seg; Teto de serviço, 18.000 m; raio de ação em patrulha de combate (hi-lo-hi), 655 km com 40 min na área de luta; 680 km em missões de ataque ao solo com seis bombas de 227 kg (hi-lo-hi).
Pesos – Normal de combate (com dois AAM e 50% de combustível interno), 9.370 kg; Máximo de decolagem, 14.570 kg.
Dimensões – Envergadura, 8,22 m; Altura, 4,55 m; Área alar, 34,8 m².
Armamento – Dois canhões DEFA de 30 mm com 280 projéteis e até 4.000 kg de cargas externas em oito suportes de fixação (nove no C.7).
Fonte: https://www.cavok.com.br/blog/aeronaves ... -iai-kfir/
VARIANTES
• Kfir – Modelo inicial de série; na verdade um Mirage com motor J79, equipamento diferente e previsão para maior carga externa; perto de quarenta construídos, depois recolhidos e modificados segundo o padrão do Kfir-C2.
• Kfir C.1 – Quando os Kfirs foram modificados para usar pequenas canards destacáveis e outras pequenas melhorias, eles receberam o nome de Kfir-C.1. Apenas 27 aparelhos foram produzidos. Todos os C.1 foram eventualmente equipado com canards menores do que as do Kfir-C2.
• F-21A Kfir: 25 aeronaves Kfir C.1 atualizadas foram arrendadas à USN e USMC para um papel de agressor e foram designadas como F-21A Lion. Essas aeronaves foram modificadas e incluíram canards nas entradas de ar. Esses canards melhoraram muito a manobrabilidade da aeronave e o controle de velocidade lenta, sendo adotados em variantes posteriores.
Fonte: https://1000aircraftphotos.com/Contribu ... h/7601.htm
• Kfir C.2 – Principal versão de série, com planos canard, bordo de ataque com dentes e aletas no nariz para melhorar a manobrabilidade e desempenho na pista.
• Kfir TC.2 – Biplace de treinamento com capacidade operacional secundária; fuselagem dianteira alongada 84 cm para acomodar equipamento eletrônico reposicionado e nariz rebaixado a fim de melhorar a visibilidade à frente nos pousos.
• Kfir C.7 – Em 1983, a IAI começou a atualizar os Kfir-C.2/TC.2 para uma nova variante, o Kfir-C7/TC7, com uma versão modificada do motor J79-GE-17E. O Kfir-C7 apresentava HOTAS e uma cabine modernizada, com novos aviônicos, incluindo o radar Elta EL/M-2021B pulso-Doppler e Elta EL/L-8202, além de armas guiadas e maior capacidade de carga, com dois pontos adicionais abaixo dos dutos de admissão (totalizando nove pontos) e a uma sonda para REVO. O Kfir-C7 tinha maior autonomia e era um avião de ataque ao solo muito melhor do que o seu antecessor.
• Kfir C.10 – Desenvolvido para o mercado de exportação, o Kfir-C10, também conhecido como Kfir 2000, é a mais recente versão da família Kfir. Ele apresenta um novo cockpit (glass cockpit/HUD/HOTAS/HMD), uma sonda de reabastecimento em voo, e um nariz maior que contém um conjunto altamente otimizado de aviônicos avançados. O Radar Elta EL/M-2032 multimodo melhora o desempenho da aeronave, tanto ar-ar quanto ar-solo, e dá ao Kfir-C10 capacidade BVR com o AAM Derby. O Equador opera o C10, onde a variante é referida como Kfir CE.
Fonte: https://www.quora.com/Is-the-IAI-Kfir-o ... s-of-today
Fontes do texto:
IAI Kfir. Wikipedia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/IAI_Kfir
IAI Kfir. Wikipedia, the free encyclopedia Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/IAI_Kfir
AERONAVES FAMOSAS: IAI Kfir. CAVOK. Disponível em: https://www.cavok.com.br/blog/aeronaves ... -iai-kfir/
