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[Concluído] Mirage III E - Heller - 1/72
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Mirage III E - Heller - 1/72
Dassault Mirage III
O Dassault Mirage III é um dos mais bem sucedidos caças supersônicos já construídos. Desenvolvido pela Dassault Aviation da França na década de 1950, foi o primeiro avião de combate europeu capaz de voar a uma velocidade de Mach 2. O Mirage III foi produzido em diversas versões e adquirido pelas forças aéreas de vinte países num total de 1.422 unidades construídas.
Devido a possuir como característica ser um caça simples e confiável e por possuir um bom desempenho, o Mirage foi por muito tempo o principal avião de defesa da Força Aérea Francesa. Também obteve grande sucesso durante a Guerra dos Seis Dias quando a Força Aérea Israelense o utilizaram amplamente com sucesso em combate contra as Forças Aéreas do Egito, Síria e Jordânia.
Também foi empregado na guerra do Paquistão em Dezembro de 1971 onde obteve 8 vitórias sobre a Força Aérea Indiana. Em 1982 foram utilizados pela Força Aérea da Argentina nas Guerra das Malvinas contra a Inglaterra.
Em 1953, a Armée de l'Air encomendou um estudo de um interceptador leve, "all-weather" (capacidade de operação todo-tempo) capaz de subir a 18.000 metros em 6 minutos e de alcançar Mach 1.3 em voo horizontal. A Dassault Aviation apresentou o projeto MD.550 Mystère-Delta, um pequeno e ágil caça, impulsionado por dois turboreatores Armstrong Siddeley MD30R Viper, com pós-combustores, cada uma com um empuxo de 9.61 kN (2,160 lbf) e um motor-foguete de combustível líquido SEPR provinha empuxo adicional de 14.7 kN. (3.300 lbf). A aeronave possuía configuração de suas asas em delta de 60º de enflechamento, sem estabilizador horizontal.
Esta configuração em forma de delta apresentava uma série de limitações. A falta de um estabilizador horizontal implicava na ausência de flapes e exigindo pistas longas para decolagem e aterrizagem em alta velocidade. Também limitava a manobrabilidade e dificultava o voo em baixas altitudes devido a grande área de suas asas com uma baixa carga. Por outro lado, o desenho em delta apresentava uma construção simples, fácil e robusto, capaz de alcançar altas velocidades em linha reta e um grande espaço de carregamento de combustível, devido a grande área das asas.[1]
O primeiro protótipo do Mystère-Delta, o MD.550-01, sem capacidade de pós-combustores em seus turbojatos Armstrong Siddeley Viper e com um nada usual estabilizador vertical de grandes proporções, voou no dia de 25 de Junho de 1955 e fez um voo 20 minutos com o teto de 3000 pés. Durante os primeiros voos o protótipo não possuía pós-combustão e nem foguetes, atingindo assim a uma velocidade de Mach 0.95 durante os testes. Após um período de 6 meses, o protótipo sofreu algumas modificações no projeto, como a diminuição do estabilizador vertical, a instalação de turbojatos com pós-combustores e o motor-foguete. Com as melhoras, o protótipo atingiu a velocidade de Mach 1.3 sme o uso do motor-fogeute e Mach 1.6 com o uso dos mesmos. Este protótipo foi renomeado Mirage I.
O pequeno tamanho do Mirage I acabava restringindo seu armamento a misseis ar-ar e nos testes de voo, se provou que a aeronave simplesmente era demasiado pequena para carregar armamento. Após seus testes, o protótipo foi desmantelado. A Dassault considerou um protótipo maior, chamado Mirage II, equipado com um par de turbojatos Turbomeca Gabizo, porém, estes prótótipo jamais foi construído.
Acabou se projetando um protótipo 30% mais pesado que o Mirage I original e equipado com um turbojato SNECMA Atar, equipado com pós-combustores e fornecendo um empuxo de 43,2 kN (9,700 lbf). Este protótipo, nomeado de Mirage III, incorporou desenhos de regra de área, com melhoras na seção central da aeronave, incorporou também difusores de choque cônicos nas entradas de ar da turbina, acionados manualmente, se moviam para a frente, reduzindo a turbulência da entrada de ar, estes difusores ficaram conhecidos como souris (camundongos). Como o Mirage I, o Mirage III tinha provisão para os motores-foguete de combustível líquido SEPR. Este protótipo teve seu primeiro voo em 17 de Novembro de 1956. Em 19 de setembro de 1957 o protótipo atingiu a velocidade de Mach 1.8
O Mirage IIIA, conservado no Museu de Le Bourget
Com o êxito do protótipo, a Dassault recebeu a encomenda de produzir 10 Mirage IIIA. Este era 2 metros maior que o protótipo Mirage III, tinha a área da asa 1,73% maior e um turbojato SNECMA Atar 09B, com empuxo de 58,9 kN (13,230 lbf). Os motores-foguetes SEPR foram retirados, foi equipado com um radar de interceptação aérea Thomson-CSF Cyrano Ibis, aviônica de combate e um paraquedas de frenagem, para diminuir a distância necessária para o pouso. Esta pré-série teve o primeiro voo de suas aeronaves no dia 12 de Maio de 1958 conseguindo alcançar a velocidade de Mach 2.2, se tornando o primeiro caça europeu a ultrapassar a Marca de Mach 2.
O decimo Mirage IIIA saiu das linhas de produção em dezembro de 1959, equipado com um turbojato Rolls-Royce Avon 67, com 71,1 kN (16.000 lbf) de empuxo. Se tratava de um modelo de avaliação para a Royal Australian Air Force, que chegou a adotar o Mirage III, porém sem essa configuração.
Mirage IIIC e Mirage IIIB
A primeira variante de produção em série do Mirage III foi a variante de caça/interceptação Mirage IIIC, que teve seu primeiro voo em outubro de 1960. O Mirage IIIC é visualmente similiar ao Mirage IIIA, porém, é 30 cm maior. Ele é equipado com a mesma motorização do Mirage IIIA, um turbojato SNECMA Atar 09B porém, é disntingüivel pelo exaustor mais longo, se comparado com os outros modelos da linha.
Um Mirage IIIC da Armée de l'Air.
O Mirage IIIC era armado com um par de canhões-revolver DEFA 552 de 30x113mm, posicionados na ventral da aeronave, no meio das entradas de ar. Os primeiros lotes do Mirage IIIC contavam com somente três pilones (um no centerline e dois nas asas), porém nos outros lotes foi adicionado dois pilones a mais, posicionados nas asas, totalizando cinco pilones. Havia a possibilidade de carregar bombas (algo inédito em aeronaves supersônicas), com o uso de um tanque supersônico de 500l que contava com quatro cabides de bombas, podendo carregar oito bombas e 1000l de combustível em dois tanques presos nos pilones internos das asas. Os pilones externos das asas forma projetados para carregar misseis ar-ar AIM-9B Sidewinder (depois, substituídos pelos Matra R.550 Magic I de fabricação francesa), podendo também, ser equipado com um míssil Matra R.530, guiado por radar, posicionado no centerline.
Não havia provisão para o motor-foguete, pois na época, seu uso era obsoleto na aeronave e necessitava a retirada do canhão da aeronave. Outro motivo para não ser usado o motor-foguete era a fama de incendiar a aeronave em seu uso. O espaço utilizado pelo motor-foguete foi ocupado por combustível adicional e o espaço do bocal dos motores-foguete foi substituído por uma barbatana (depois, por um gancho de parada).
Mirage IIIBZ da Força Aérea Sul-Africana.
A Adl'A (Armée de l'Air) recebeu 95 aeronaves desse modelo, tendo começado a ser recebido em 1961. Estas aeronaves foram operadas pela Adl'A até 1988.
Em 1959, a Adl'A ordenou a construção de versões bi-place (dois lugares), para conversão operacional, do Mirage IIIA, estas aeronaves foram denominadas Mirage IIIB. A fuselagem foi aumentada em um metro e o canhão foi retirado, para o alocamento do segundo cockpit. Esta versão não conta com radar e nem com provisão para motor-foguete, porém, pode carregar armamento como bombas e mísseis ar-ar por infravermelho (como o AIM-9B SIdewinder ou o R.550 Magic I). A Adl'A operou 63 aeronaves deste modelo, incluindo o protótipo, as cinco aeronaves de teste (Mirage IIIB-1), 10 aeronaves Mirage IIIB-2(RV), usadas para treinamento de pilotos de Mirage IV e 20 Mirage IIIBE, que foram equipadas com a turbina e eletrônica do Mirage IIIE. Uma aeronave deste modelo foi modificada nos anos 70 para servir de protótipo para sistemas de fly-by-wire, esta aeronave foi designada Mirage IIIB-SV (Stabilité Variable, Estabilidade Variável). Esta aeronave serviu de base de testes para sistemas depois utilizado no Mirage 2000.
Mirage IIIE e Mirage IIID
Mirage IIIEE da Força Aérea Espanhola.
Quando o Mirage IIIC foi posto em produção, a Dassault já pensava em construir uma versão multimissão do Mirage III, que acabou por se tornar o Mirage IIIE, que teve seu primeiro voo em outubro de 1961.
O Mirage IIIE difere da variante C pela extensão de sua fuselagem em 30 cm, atrás do cockpit, para estender a baia de aviônicos e a capacidade combustível, resolvendo o problema de alcance que assolava o Mirage IIIC e propiciando capacidade multimissão ao Mirage IIIE. Esta diferença entre as aeronaves é difícil de ser vista normalmente.
O Mirage IIIE foi equipado com uma suite eletrônica bem mais moderna que a utilizada no Mirage IIIC. Isso incluía uma radar de navegação doppler Marconi, posicionado na ventral, abaixo do cockpit (este não equipado em todos os Mirages III, sendo um equipamento opcional nas aeronaves de exportação, da mesma forma que a antena HF posicionada na extensão do bordo de ataque do estabilizador vertical, que foi padrão no Mirage IIIA e Mirage IIIC, porém foi relegado a um equipamento opcional para as aeronaves de exportação no Mirage IIIE), o radar dual-mode (ar/terra) Thomson-CSF Cyrano II e sistemas de RWR (com as antenas montadas no estabilizador vertical). A aeronave contava com uma turbina SNECMA Atar 09C e um exaustor variável de pétalas, mais aberto.
Mirage IIIDBR, da Força Aérea Brasileira.
O Mirage IIIE tinha as mesmas capacidades básicas de carregamento de carga do que o Mirage IIIC, porém, incorporava novos armamentos e sistemas (que incluíram pods de guerra eletrônica de fabricação francesa e lançadores de chaff/flare). Um destes armamentos é o curioso tanque de combustível/lançador de foguetes Matra JL-100, que fundia o tanque de combustível (com 250l de capacidade) com um lançador de foguetes SNEB, de 68mm, com capacidade para 18 foguetes.
O primeiro Mirage IIIE de produção foi recebido em janeiro de 1964 pela Adl'A, tendo essa, operado 183 dessas aeronaves. A produção total dessa aeronave superou muito acima o Mirage IIIC, tendo 523 aeronaves produzidas para diversos países. Nos anos 60, um Mirage IIIE foi utilizado como base de testes para a turbina SNECMA Atar 09K-6, tendo sido designado como Mirage IIIC-2.
O Mirage IIID é uma versão bi-place para conversão operacional e treinamento (com uma capacidade de combate limitada, similar a do Mirage IIIB). Esta aeronave não contava com radar e eletrônica, além de ter a capacidade de combustível menor. Ele é facilmente reconhecida pelo bico, muito mais fino que de sua versão monoplace.
Mirage IIIR
Mirage IIIRS, da Força Aérea Suíça.
Um determinado número de variantes de reconhecimento foi construída pela designação geral de Mirage IIIR. Esta variante usa a fuselagem do Mirage IIIE, a aviônica do Mirage IIIC e cinco câmeras OMERA posicionadas no bico da aeronave. Devido a falta de espaço, logicamente, se retirou o radar e o canhão DEFA 552 da aeronave, para propiciar espaço para as câmeras necessárias para as operações de reconhecimento. Foi retirada também, a capacidade de carregamento de armas. Esta aeronave é facilmente reconhecível, por seu bico mais fino, devido à retirada do radar e o posicionamento das câmeras.
A Adl'A obteve 50 aeronaves de produção, sem incluir os dois protótipos. De modo muito interessante, o Mirage IIIR precedeu o Mirage IIIE na introdução operacional. A Adl'A também obteve 20 aeronaves Mirage IIIRD, melhoradas. Essencialmente, o Mirage IIIRD é o Mirage IIIR original, com uma câmera panorâmica, numa posição mais frontal no bico da aeronave, o radar de navegação doppler Marconi e a eletrônica do Mirage IIIE.
Utilização em combate
Caça Mirage IIIC retirado de serviço no museu da aeronáutica em Israel. Na fuselagem do avião - as marcas de 13 caças inimigos derrubados em batalha.
Guerra dos Seis Dias: O Mirage III foi utilizado em combate pela primeira vez pela Força Aérea Israelense durante a Guerra dos Seis Dias, em Junho de 1967. Os Mirages israelenses obtiveram mais de doze alvos em um dia. Devido a superioridade dos caças Mirages em relação aos outros caças, os exércitos da Jordânia, Egito e da Síria acreditavam que estes aviões foram secretamente desenvolvidos e produzidos pelos Estados Unidos e Reino Unido.
Guerra Indo-Paquistanesa: O Paquistão utilizou seus Mirage III na terceira Guerra Indo-Paquistão, em 1971, obtendo, pelo menos, 3 vitórias ar.
Guerra do Yom Kipur: Durante a guerra de Yom Kipur (1973) verificou-se uma batalha de Mirages entre israelitas e árabes, o que levou os israelitas a pintar rapidamente de laranja os triângulos sobre as asas de seus aviões para permitir uma imediata identificação e evitar confusões trágicas durante as batalhas aéreas.
Guerra das Fronteiras: Entre o período de 1978 a 1982, a África do Sul utilizou seus Mirage III durante a Guerra das Fronteiras com a Angola. Os Mirages efetuaram missões de ataque, com superioridade aérea e de reconhecimento.[4]
Guerra das Malvinas: A Argentina utilizou seus Mirage III EA & Dagger's durante a Guerra das Malvinas (1982), para missões de ataque antinavio e combate aéreo.
Especificações (Mirage IIIE)
Mirage III-5 Risszeichnung.png
Caracteristicas Gerais
Tripulação: Um tripulante
Comprimento: 15,03 m
Envergadura: 8,22 m
Altura: 4,50m
Area da asa: 34,85m²
Peso vazio: 7,500 kg
Peso maxmo de decolagem: 13,700 kg
Motores: 1x Turbojato SNECMA Atar 09C, com 9,346 lb/f de empuxo seco (13,668 lb/f de empuxo com pós-combustor).
Performance
Velocidade maxima: 2.350 km/h (Mach 2) a 12.000m.
Alcance de combate: 1.200 km
Alcance de traslado: 3.335 km
Teto de serviço: 17,000 m
Taxa de subida: 46,600 ft/s
Armamento
2x canhões DEFA 552 de 30x113mm DEFA, com 125 disparos cada.
Foguetes: 2x tanques de combustível/lançador de foguetes Matra JL-100, com 18 foguetes SNEB de 68mm e 250 l de combustível
Misseis: 2x AIM-9B Sidewinder ou Matra R.550 Magic I (nos pilones externos das asas) e 1x Matra R.530 (no centerline).
Bombas: 4.000 kg de bombas variadas, tanques de napalm ou uma bomba nuclear AN-52.
Eletrônica e Equipamento Óptico
Radar dual-mode Thomson-CSF Cyrano II
O Kit:
Manual:
Decal e transparências:
Decal que vou utilizar:
Abraço
O Dassault Mirage III é um dos mais bem sucedidos caças supersônicos já construídos. Desenvolvido pela Dassault Aviation da França na década de 1950, foi o primeiro avião de combate europeu capaz de voar a uma velocidade de Mach 2. O Mirage III foi produzido em diversas versões e adquirido pelas forças aéreas de vinte países num total de 1.422 unidades construídas.
Devido a possuir como característica ser um caça simples e confiável e por possuir um bom desempenho, o Mirage foi por muito tempo o principal avião de defesa da Força Aérea Francesa. Também obteve grande sucesso durante a Guerra dos Seis Dias quando a Força Aérea Israelense o utilizaram amplamente com sucesso em combate contra as Forças Aéreas do Egito, Síria e Jordânia.
Também foi empregado na guerra do Paquistão em Dezembro de 1971 onde obteve 8 vitórias sobre a Força Aérea Indiana. Em 1982 foram utilizados pela Força Aérea da Argentina nas Guerra das Malvinas contra a Inglaterra.
Em 1953, a Armée de l'Air encomendou um estudo de um interceptador leve, "all-weather" (capacidade de operação todo-tempo) capaz de subir a 18.000 metros em 6 minutos e de alcançar Mach 1.3 em voo horizontal. A Dassault Aviation apresentou o projeto MD.550 Mystère-Delta, um pequeno e ágil caça, impulsionado por dois turboreatores Armstrong Siddeley MD30R Viper, com pós-combustores, cada uma com um empuxo de 9.61 kN (2,160 lbf) e um motor-foguete de combustível líquido SEPR provinha empuxo adicional de 14.7 kN. (3.300 lbf). A aeronave possuía configuração de suas asas em delta de 60º de enflechamento, sem estabilizador horizontal.
Esta configuração em forma de delta apresentava uma série de limitações. A falta de um estabilizador horizontal implicava na ausência de flapes e exigindo pistas longas para decolagem e aterrizagem em alta velocidade. Também limitava a manobrabilidade e dificultava o voo em baixas altitudes devido a grande área de suas asas com uma baixa carga. Por outro lado, o desenho em delta apresentava uma construção simples, fácil e robusto, capaz de alcançar altas velocidades em linha reta e um grande espaço de carregamento de combustível, devido a grande área das asas.[1]
O primeiro protótipo do Mystère-Delta, o MD.550-01, sem capacidade de pós-combustores em seus turbojatos Armstrong Siddeley Viper e com um nada usual estabilizador vertical de grandes proporções, voou no dia de 25 de Junho de 1955 e fez um voo 20 minutos com o teto de 3000 pés. Durante os primeiros voos o protótipo não possuía pós-combustão e nem foguetes, atingindo assim a uma velocidade de Mach 0.95 durante os testes. Após um período de 6 meses, o protótipo sofreu algumas modificações no projeto, como a diminuição do estabilizador vertical, a instalação de turbojatos com pós-combustores e o motor-foguete. Com as melhoras, o protótipo atingiu a velocidade de Mach 1.3 sme o uso do motor-fogeute e Mach 1.6 com o uso dos mesmos. Este protótipo foi renomeado Mirage I.
O pequeno tamanho do Mirage I acabava restringindo seu armamento a misseis ar-ar e nos testes de voo, se provou que a aeronave simplesmente era demasiado pequena para carregar armamento. Após seus testes, o protótipo foi desmantelado. A Dassault considerou um protótipo maior, chamado Mirage II, equipado com um par de turbojatos Turbomeca Gabizo, porém, estes prótótipo jamais foi construído.
Acabou se projetando um protótipo 30% mais pesado que o Mirage I original e equipado com um turbojato SNECMA Atar, equipado com pós-combustores e fornecendo um empuxo de 43,2 kN (9,700 lbf). Este protótipo, nomeado de Mirage III, incorporou desenhos de regra de área, com melhoras na seção central da aeronave, incorporou também difusores de choque cônicos nas entradas de ar da turbina, acionados manualmente, se moviam para a frente, reduzindo a turbulência da entrada de ar, estes difusores ficaram conhecidos como souris (camundongos). Como o Mirage I, o Mirage III tinha provisão para os motores-foguete de combustível líquido SEPR. Este protótipo teve seu primeiro voo em 17 de Novembro de 1956. Em 19 de setembro de 1957 o protótipo atingiu a velocidade de Mach 1.8
O Mirage IIIA, conservado no Museu de Le Bourget
Com o êxito do protótipo, a Dassault recebeu a encomenda de produzir 10 Mirage IIIA. Este era 2 metros maior que o protótipo Mirage III, tinha a área da asa 1,73% maior e um turbojato SNECMA Atar 09B, com empuxo de 58,9 kN (13,230 lbf). Os motores-foguetes SEPR foram retirados, foi equipado com um radar de interceptação aérea Thomson-CSF Cyrano Ibis, aviônica de combate e um paraquedas de frenagem, para diminuir a distância necessária para o pouso. Esta pré-série teve o primeiro voo de suas aeronaves no dia 12 de Maio de 1958 conseguindo alcançar a velocidade de Mach 2.2, se tornando o primeiro caça europeu a ultrapassar a Marca de Mach 2.
O decimo Mirage IIIA saiu das linhas de produção em dezembro de 1959, equipado com um turbojato Rolls-Royce Avon 67, com 71,1 kN (16.000 lbf) de empuxo. Se tratava de um modelo de avaliação para a Royal Australian Air Force, que chegou a adotar o Mirage III, porém sem essa configuração.
Mirage IIIC e Mirage IIIB
A primeira variante de produção em série do Mirage III foi a variante de caça/interceptação Mirage IIIC, que teve seu primeiro voo em outubro de 1960. O Mirage IIIC é visualmente similiar ao Mirage IIIA, porém, é 30 cm maior. Ele é equipado com a mesma motorização do Mirage IIIA, um turbojato SNECMA Atar 09B porém, é disntingüivel pelo exaustor mais longo, se comparado com os outros modelos da linha.
Um Mirage IIIC da Armée de l'Air.
O Mirage IIIC era armado com um par de canhões-revolver DEFA 552 de 30x113mm, posicionados na ventral da aeronave, no meio das entradas de ar. Os primeiros lotes do Mirage IIIC contavam com somente três pilones (um no centerline e dois nas asas), porém nos outros lotes foi adicionado dois pilones a mais, posicionados nas asas, totalizando cinco pilones. Havia a possibilidade de carregar bombas (algo inédito em aeronaves supersônicas), com o uso de um tanque supersônico de 500l que contava com quatro cabides de bombas, podendo carregar oito bombas e 1000l de combustível em dois tanques presos nos pilones internos das asas. Os pilones externos das asas forma projetados para carregar misseis ar-ar AIM-9B Sidewinder (depois, substituídos pelos Matra R.550 Magic I de fabricação francesa), podendo também, ser equipado com um míssil Matra R.530, guiado por radar, posicionado no centerline.
Não havia provisão para o motor-foguete, pois na época, seu uso era obsoleto na aeronave e necessitava a retirada do canhão da aeronave. Outro motivo para não ser usado o motor-foguete era a fama de incendiar a aeronave em seu uso. O espaço utilizado pelo motor-foguete foi ocupado por combustível adicional e o espaço do bocal dos motores-foguete foi substituído por uma barbatana (depois, por um gancho de parada).
Mirage IIIBZ da Força Aérea Sul-Africana.
A Adl'A (Armée de l'Air) recebeu 95 aeronaves desse modelo, tendo começado a ser recebido em 1961. Estas aeronaves foram operadas pela Adl'A até 1988.
Em 1959, a Adl'A ordenou a construção de versões bi-place (dois lugares), para conversão operacional, do Mirage IIIA, estas aeronaves foram denominadas Mirage IIIB. A fuselagem foi aumentada em um metro e o canhão foi retirado, para o alocamento do segundo cockpit. Esta versão não conta com radar e nem com provisão para motor-foguete, porém, pode carregar armamento como bombas e mísseis ar-ar por infravermelho (como o AIM-9B SIdewinder ou o R.550 Magic I). A Adl'A operou 63 aeronaves deste modelo, incluindo o protótipo, as cinco aeronaves de teste (Mirage IIIB-1), 10 aeronaves Mirage IIIB-2(RV), usadas para treinamento de pilotos de Mirage IV e 20 Mirage IIIBE, que foram equipadas com a turbina e eletrônica do Mirage IIIE. Uma aeronave deste modelo foi modificada nos anos 70 para servir de protótipo para sistemas de fly-by-wire, esta aeronave foi designada Mirage IIIB-SV (Stabilité Variable, Estabilidade Variável). Esta aeronave serviu de base de testes para sistemas depois utilizado no Mirage 2000.
Mirage IIIE e Mirage IIID
Mirage IIIEE da Força Aérea Espanhola.
Quando o Mirage IIIC foi posto em produção, a Dassault já pensava em construir uma versão multimissão do Mirage III, que acabou por se tornar o Mirage IIIE, que teve seu primeiro voo em outubro de 1961.
O Mirage IIIE difere da variante C pela extensão de sua fuselagem em 30 cm, atrás do cockpit, para estender a baia de aviônicos e a capacidade combustível, resolvendo o problema de alcance que assolava o Mirage IIIC e propiciando capacidade multimissão ao Mirage IIIE. Esta diferença entre as aeronaves é difícil de ser vista normalmente.
O Mirage IIIE foi equipado com uma suite eletrônica bem mais moderna que a utilizada no Mirage IIIC. Isso incluía uma radar de navegação doppler Marconi, posicionado na ventral, abaixo do cockpit (este não equipado em todos os Mirages III, sendo um equipamento opcional nas aeronaves de exportação, da mesma forma que a antena HF posicionada na extensão do bordo de ataque do estabilizador vertical, que foi padrão no Mirage IIIA e Mirage IIIC, porém foi relegado a um equipamento opcional para as aeronaves de exportação no Mirage IIIE), o radar dual-mode (ar/terra) Thomson-CSF Cyrano II e sistemas de RWR (com as antenas montadas no estabilizador vertical). A aeronave contava com uma turbina SNECMA Atar 09C e um exaustor variável de pétalas, mais aberto.
Mirage IIIDBR, da Força Aérea Brasileira.
O Mirage IIIE tinha as mesmas capacidades básicas de carregamento de carga do que o Mirage IIIC, porém, incorporava novos armamentos e sistemas (que incluíram pods de guerra eletrônica de fabricação francesa e lançadores de chaff/flare). Um destes armamentos é o curioso tanque de combustível/lançador de foguetes Matra JL-100, que fundia o tanque de combustível (com 250l de capacidade) com um lançador de foguetes SNEB, de 68mm, com capacidade para 18 foguetes.
O primeiro Mirage IIIE de produção foi recebido em janeiro de 1964 pela Adl'A, tendo essa, operado 183 dessas aeronaves. A produção total dessa aeronave superou muito acima o Mirage IIIC, tendo 523 aeronaves produzidas para diversos países. Nos anos 60, um Mirage IIIE foi utilizado como base de testes para a turbina SNECMA Atar 09K-6, tendo sido designado como Mirage IIIC-2.
O Mirage IIID é uma versão bi-place para conversão operacional e treinamento (com uma capacidade de combate limitada, similar a do Mirage IIIB). Esta aeronave não contava com radar e eletrônica, além de ter a capacidade de combustível menor. Ele é facilmente reconhecida pelo bico, muito mais fino que de sua versão monoplace.
Mirage IIIR
Mirage IIIRS, da Força Aérea Suíça.
Um determinado número de variantes de reconhecimento foi construída pela designação geral de Mirage IIIR. Esta variante usa a fuselagem do Mirage IIIE, a aviônica do Mirage IIIC e cinco câmeras OMERA posicionadas no bico da aeronave. Devido a falta de espaço, logicamente, se retirou o radar e o canhão DEFA 552 da aeronave, para propiciar espaço para as câmeras necessárias para as operações de reconhecimento. Foi retirada também, a capacidade de carregamento de armas. Esta aeronave é facilmente reconhecível, por seu bico mais fino, devido à retirada do radar e o posicionamento das câmeras.
A Adl'A obteve 50 aeronaves de produção, sem incluir os dois protótipos. De modo muito interessante, o Mirage IIIR precedeu o Mirage IIIE na introdução operacional. A Adl'A também obteve 20 aeronaves Mirage IIIRD, melhoradas. Essencialmente, o Mirage IIIRD é o Mirage IIIR original, com uma câmera panorâmica, numa posição mais frontal no bico da aeronave, o radar de navegação doppler Marconi e a eletrônica do Mirage IIIE.
Utilização em combate
Caça Mirage IIIC retirado de serviço no museu da aeronáutica em Israel. Na fuselagem do avião - as marcas de 13 caças inimigos derrubados em batalha.
Guerra dos Seis Dias: O Mirage III foi utilizado em combate pela primeira vez pela Força Aérea Israelense durante a Guerra dos Seis Dias, em Junho de 1967. Os Mirages israelenses obtiveram mais de doze alvos em um dia. Devido a superioridade dos caças Mirages em relação aos outros caças, os exércitos da Jordânia, Egito e da Síria acreditavam que estes aviões foram secretamente desenvolvidos e produzidos pelos Estados Unidos e Reino Unido.
Guerra Indo-Paquistanesa: O Paquistão utilizou seus Mirage III na terceira Guerra Indo-Paquistão, em 1971, obtendo, pelo menos, 3 vitórias ar.
Guerra do Yom Kipur: Durante a guerra de Yom Kipur (1973) verificou-se uma batalha de Mirages entre israelitas e árabes, o que levou os israelitas a pintar rapidamente de laranja os triângulos sobre as asas de seus aviões para permitir uma imediata identificação e evitar confusões trágicas durante as batalhas aéreas.
Guerra das Fronteiras: Entre o período de 1978 a 1982, a África do Sul utilizou seus Mirage III durante a Guerra das Fronteiras com a Angola. Os Mirages efetuaram missões de ataque, com superioridade aérea e de reconhecimento.[4]
Guerra das Malvinas: A Argentina utilizou seus Mirage III EA & Dagger's durante a Guerra das Malvinas (1982), para missões de ataque antinavio e combate aéreo.
Especificações (Mirage IIIE)
Mirage III-5 Risszeichnung.png
Caracteristicas Gerais
Tripulação: Um tripulante
Comprimento: 15,03 m
Envergadura: 8,22 m
Altura: 4,50m
Area da asa: 34,85m²
Peso vazio: 7,500 kg
Peso maxmo de decolagem: 13,700 kg
Motores: 1x Turbojato SNECMA Atar 09C, com 9,346 lb/f de empuxo seco (13,668 lb/f de empuxo com pós-combustor).
Performance
Velocidade maxima: 2.350 km/h (Mach 2) a 12.000m.
Alcance de combate: 1.200 km
Alcance de traslado: 3.335 km
Teto de serviço: 17,000 m
Taxa de subida: 46,600 ft/s
Armamento
2x canhões DEFA 552 de 30x113mm DEFA, com 125 disparos cada.
Foguetes: 2x tanques de combustível/lançador de foguetes Matra JL-100, com 18 foguetes SNEB de 68mm e 250 l de combustível
Misseis: 2x AIM-9B Sidewinder ou Matra R.550 Magic I (nos pilones externos das asas) e 1x Matra R.530 (no centerline).
Bombas: 4.000 kg de bombas variadas, tanques de napalm ou uma bomba nuclear AN-52.
Eletrônica e Equipamento Óptico
Radar dual-mode Thomson-CSF Cyrano II
O Kit:
Manual:
Decal e transparências:
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Re: Mirage III E - Heller - 1/72
Rafael Guerra escreveu:Acompanhando... com o maior interesse!
Somos 2 !
Abçs
André
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Re: Mirage III E - Heller - 1/72
Muito bom
Já montei esse kit no passado. É um kit complicado nos encaixes mas fica legal depois de pronto
Manda bala!
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Já montei esse kit no passado. É um kit complicado nos encaixes mas fica legal depois de pronto
Manda bala!
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- zelaorainmaker
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Re: Mirage III E - Heller - 1/72
Bem vindo Rafa!!!Rafael Guerra escreveu:Acompanhando... com o maior interesse!
Abraço
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Re: Mirage III E - Heller - 1/72
Bem vindo André!!!!Andre L B Ferro escreveu:Rafael Guerra escreveu:Acompanhando... com o maior interesse!
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Abraço
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Re: Mirage III E - Heller - 1/72
Bem vindo Paulo!!!PauloR.Castro escreveu:Muito bom
Já montei esse kit no passado. É um kit complicado nos encaixes mas fica legal depois de pronto
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- zelaorainmaker
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