O Aurora (russo: ÐвроÌра) é um cruzador-protegido russo construído no início dos anos 1900 e atualmente preservado como um navio museu em São Petersburgo.
O Aurora era um dos três cruzadores da classe Pallada, construída em São Petersburgo para servir na Frota do Pacífico. Todos os três navios desta classe (além do Aurora, tinham o Diana e o Pallada que deu nome à classe) serviram durante a Guerra Russo-Japonesa de 1904-1905. O Aurora sobreviveu à Batalha de Tsushima e foi internado nas Filipinas, ficando sob responsabilidade dos EUA, eventualmente retornando à Frota do Báltico ao final do conflito.
Um dos fatos marcantes da Revolução de Outubro na Rússia ocorreu no cruzador Aurora, que supostamente disparou o primeiro tiro, sinalizando o início do ataque ao Palácio de Inverno do Czar.
A Guerra Russo-Japonesa
Logo após a conclusão, em novembro de 1903, o Aurora recebeu ordens para navegar com um grupo de reforços para a frota russa do Pacífico. No entanto, o navio sofreu repetidas falhas mecânicas e teve que ir sendo reparado em vários portos ao longo do caminho.
Quando se recebeu a notícia do início da Guerra Russo-Japonesa enquanto estava no Djibuti, o navio foi separado da frota de reforço e enviado de volta ao Báltico. Após breves reparos, o Aurora foi mandado de volta à Ásia como parte do 2º Esquadrão Russo do Pacífico, uma flotilha de reforços formada por alguns navios da Frota do Báltico, sob o comando do Vice-Almirante Zinovy Rozhestvensky. No caminho para o Extremo Oriente, o Aurora sofreu danos leves de fogo amigo, que matou o capelão do navio e um marinheiro, num confuso incidente ocorrido em Dogger Bank.
Em 27 e 28 de maio de 1905, o Aurora participou da Batalha de Tsushima, juntamente com o restante do esquadrão russo. Durante a batalha seu comandante, o capitão 1º grau Eugene R. Yegoryev e 14 tripulantes foram mortos. O oficial executivo, capitão Arkadiy Konstantinovich Nebolsine, tomou o comando embora ferido. Depois disso, o Aurora, que cobria outros navios russos muito mais lentos, tornou-se a nau capitânia do contra-almirante Oskar Enkvist e com outros dois cruzadores russos se refugiou em Manila, Filipinas, onde foi internado pelas autoridades dos Estados Unidos de 6 de junho de 1905 até o final do guerra.
Em 1906, o Aurora retornou ao Báltico e tornou-se um navio de treinamento de cadetes. De 1906 a 1912, o cruzador visitou vários outros países; em novembro de 1911 esteve em Bangkok como parte das celebrações em homenagem à coroação do novo rei do Sião.
Primeira Guerra Mundial e a participação na Revolução de Outubro
Durante a Primeira Guerra Mundial, o Aurora operou no Mar Báltico realizando patrulhas e missões de bombardeio à costa. Em 1915, seu armamento foi mudado para catorze canhões de 152 mm (6 pol). No final de 1916, ele foi transferido para Petrogrado (então renomeada São Petersburgo) para uma grande reforma. A cidade estava cheia pelo sentimento revolucionário e parte de sua tripulação se juntou à Revolução de Fevereiro de 1917.
O comandante do navio, o capitão Mikhail Nikolsky, foi morto quando tentou reprimir a revolta. Um comitê revolucionário foi criado no navio, com Aleksandr Belyshev eleito como capitão. A maioria da tripulação se juntou aos bolcheviques, que estavam se preparando para uma revolução comunista. Às 21h40 do dia 25 de outubro de 1917, um tiro de festim de sua arma de proa indicou o início do ataque ao Palácio de Inverno, marcando o que seria o início da Revolução de Outubro. No verão de 1918, o navio foi transferido para Kronstadt e colocado na reserva.
Segunda Guerra Mundial
Em 1922, o Aurora retornou ao serviço como navio de treinamento. Designado à Frota do Báltico, de 1923, o navio visitou repetidamente os países do Mar Báltico, incluindo a Noruega em 1924, 1925, 1928 e 1930, Alemanha em 1929 e Suécia em 1925 e 1928. Em 2 de novembro de 1927, o Aurora recebeu a Ordem do Pavilhão Vermelho por seus méritos revolucionários.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os armamentos principais foram retirados do navio e usados na defesa terrestre de Leningrado. O próprio navio foi ancorado no porto de Oranienbaum, sendo repetidamente bombardeado por forças inimigas navais e aéreas. Em 30 de setembro de 1941 o navio foi danificado no casco e afunda em águas rasas no porto.
Em 1944, apesar do estado da embarcação, o Aurora tornou-se o primeiro campus e também a Embarcação de Treinamento da Escola Naval Nakhimov. Após extensos reparos que foram de 1945 a 1947, o Aurora permaneceu atracado no Rio Neva em Leningrado (atual São Petersburgo novamente) como um monumento à Grande Revolução Socialista de Outubro.
Em 1957 se tornou um navio-museu. Em 22 de fevereiro de 1968, recebeu a Ordem da Revolução de Outubro, cujo distintivo retrata a própria
silhueta do Aurora.
Situação Atual
Como um navio museu, o cruzador Aurora tornou-se uma das muitas atrações turísticas de Leningrado (atual São Petersburgo), e continuou a ser um símbolo da Revolução Socialista de Outubro e um atributo proeminente da história russa. Além do espaço do museu, uma parte do navio continuou abrigando uma tripulação naval cujos deveres incluíam cuidar do navio, fornecer segurança e participar de cerimônias oficiais governamentais e militares. A tripulação é considerada em serviço ativo estando sujeitos a treinamento e leis militares.
Tendo sido durante muito tempo um navio-museu, entre 1984 e 1987, o cruzador foi novamente levado ao seu estaleiro original de construção, o estaleiro do Almirantado, para uma restauração total. Durante a revisão, devido à deterioração, o casco do navio abaixo da linha d'água foi totalmente substituído por um novo casco soldado de acordo com os desenhos originais. A seção do casco inferior foi cortada e rebocada para o Golfo da Finlândia, até a base inacabada em Ruchi, e afundada perto da costa.
A restauração revelou que algumas das partes do navio, incluindo as placas de blindagem, foram originalmente feitas na Grã-Bretanha.
O Aurora é o navio comissionado mais antigo da Marinha Russa, ainda ostentando a bandeira naval sob a qual foi comissionado, mas agora sob os cuidados do Museu Naval Central. Ele ainda é tripulado por uma tripulação de serviço ativa comandada por um capitão do 1 ° Grau.
Em janeiro de 2013, o ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoygu, anunciou planos para recomissionar o Aurora e transformá-lo na Nau Capitânea da Marinha Russa devido à sua importância histórica e cultural.
Em 21 de setembro de 2014, o navio foi rebocado para o Estaleiro do Almirantado em Kronstadt para nova revisão, retornando em 16 de julho de 2016, ao seu lugar no porto de São Petersburgo.
Características:
Classe e tipo: Cruzador protegido classe Pallada
Deslocamento: 6.731 toneladas
Comprimento: 126,8 m
Largura: 16,8 m
Calado máximo: 7,3 m
Propulsão:
1903: Eixo triplo; três motores a vapor recíprocos de expansão tripla;
24 caldeiras Belleville a carvão; potência total 11,610 hp
Velocidade: 19 nós (35 km/h)
Alcance: 7.200 km (4.500 milhas) a 10 nós (19 km/h)
Tripulantes: 590 Oficiais e Praças
Armamento:
1903:
Canhões principais: 8 × 152 mm (6 polegadas)
Canhões secundários: 24 × 75 mm + 8 × 37 mm
3 tubos de torpedo (dois submersos)
1917:
Canhões principais: 14 × 152 mm (6 polegadas)
Canhões AA : 4 × 76,2 mm
3 tubos de torpedo (dois submersos)
O KIT
Artbox:
Sprues:
Manual de Instruções surpreendentemente detalhado, mas pena que está tudo em russo/cirílico!! Tive que traduzir algumas palavras, principalmente nas cores:
Instrução de pintura :
E aqui uma folha de decais das bandeiras navais russas (Czarista, Comunista e Moderna) em várias escalas que adquiri para dar uma incrementada:
Vamos ver como me saio com um navio !!!
![GT 94 - Plasti*Brasil 10 Anos - Montagem: Pz. IV Ausf.F2 + Hornisse - Dragon - 1/144 [Mini Diorama]](./../trophies/trophy_GT94_thumb.jpg)