Este é o primeiro modelo que posto neste fórum e apesar de ser amante do plastimodelismo desde meus 10 anos quando montava os kits da revel, depois de parar por um tempo, retornei (como a maioria por aqui). Este modelo ganhei de presente e, apesar de estar no meio de uma montagem de um cadilac 58 (quando retomar eu vou postar), tive que dar preferencia a ele
![Very Happy :D](./images/smilies/icon_e_biggrin.gif)
Uma breve descrição do avião:
Apesar dos americanos tentarem empurrar goela abaixo do mundo a história fantástica dos Irmãos Wright, o 14 Bis foi o primeiro que decolou, voou e pousou. Ele foi nomeado assim porque o nosso Santos Dumont batizava todas as suas criações com números. E como ele utilizou inicialmente o dirigível 14 como ponto de partida, este foi rebatizado de 14 Bis. No início, a idéia de Santos Dumont era que o avião sozinho seria muito pesado para voar e se tivesse um balão para deixá-lo mais leve, facilitaria o trabalho do motor. Então, utilizando de materiais leves, (bambu, alumínio e seda japonesa) construiu um avião que posteriormente foi classificado como cannard e acoplou o balão do dirigível sobre ele. No dia 18 de julho de 1906 o conjunto estava pronto e foi levado para teste.
Com uma pequena busca na internet, achei a cronologia de testes e vôos do avião:
18 de julho de 1906: O aparelho concluído.
19 a 29 de julho: Testes com o avião preso ao balão 14 e pendurado num cabo inclinado.
21 de agosto: Testes no campo de pólo, já sem o balão. Na verdade, ele percebeu que o balão provocava um arrasto violento e seria impossível qualquer tentativa de vôo com ele acoplado.
22 de agosto, 4h: O 14 bis chegou a se levantar do solo. Santos Dumont percebeu que o motor de 24 CV era insuficiente.
3 de setembro: Novo motor Antoinette, agora com 50 CV foi instalado.
4 de setembro, Bagatelle, 5h: O 14 bis correu para a decolagem, mas Santos Dumont não conseguiu manter o controle.
7 de setembro, por volta das 17h: Atingiu uma altura de cerca de 2 m. Às 18h55: O 14 bis deslizou no chão. Às 19h20: Nova tentativa, sem sucesso.
8 a 12 de setembro: Alterações no projeto.
13 de setembro, 7h50: O 14 bis correu 350 m no solo, mas também não decolou.
8h40: Após alterações no aparelho, nova tentativa e percorreu cerca de 7 m no ar.
23 de outubro, 9h15: corre em Bagatelle. O 14 bis havia sido envernizado para aumentar a sustentação, e alterações foram feitas na carcaça da nacela (cesto de vime do piloto) para reduzir o peso. Às 16h45: O 14 bis decola e percorre 60 m numa altura de cerca de 3 m do solo. Santos Dumont ganha a taça Archdeacon.
12 de novembro: Santos Dumont instalou um aileron (dispositivo para controlar a inclinação lateral) octogonal. Quatro ensaios, cada um com uma série de vôos: I) 10h: Voou cerca de 40 m; II) 10h25: Dois vôos, um de 40 m e o outro de 60 m. III) 16h09: Dois vôos, um de 50 m e o outro de 82,6 metros, em 7,2 s, com velocidade média de 41,3 km/h; IV) 16h45: 220 m percorridos em 21 s, a uma velocidade de aproximadamente 37,4 km/h.
Santos Dumont fez alterações no 14 bis depois dos vôos de 12 de novembro de 1906. A mais importante foi a mudança do aileron octogonal situado no meio das células externas das asas. Ao mesmo tempo, construia um novo avião, o invento de número 15, alterando profundamente a configuração. Em 4 de abril de 1907, ocorre o último vôo do 14 bis, em Saint Cyr. Voou cerca de 50 m e caiu. Santos Dumont não tentou consertá-lo.
Ficha Técnica:
Motor: Levasseur Antoinette, de 50 hp
Velocidade: 36,84 km/h
Peso: 160 kg
Comprimento: 10 m
Altura: 4,81
Envergadura: 12 m
Materiais: seda japonesa, bambu e alumínio
Nacela: vime
Vamos ao Kit:
![Imagem](http://i1077.photobucket.com/albums/w464/Chicabum7/14bis/7a3cafb3.jpg)
![Imagem](http://i1077.photobucket.com/albums/w464/Chicabum7/14bis/948b3957.jpg)
![Imagem](http://i1077.photobucket.com/albums/w464/Chicabum7/14bis/a675360d.jpg)
![Imagem](http://i1077.photobucket.com/albums/w464/Chicabum7/14bis/1dda75df.jpg)
De uma forma geral foi um desafio grande iniciar o kit pois nunca montei nada em photo etched. Fui para o google e começei a achar referências e dicas para começar. As peças são muito pequenas e frágeis, o que deu um trabalhão para chegar até onde cheguei. De olhar elas já amassavam, mas aprendi a fazer serviço de "martelinho de ouro".
As instruções são ruins, incompletas e em vários momentos fiquei muito na dúvida se estava certo o que estava fazendo. Neste ponto faltou experiência, o que foi compensado com trabalho dobrado, ou à s vezes triplicado. A primeira providência que tomei foi comprar mais papel (na papelaria procure por papel impermeável, ou aquele papel que tem em padarias para colocar os frios).
Depois levei para o consultório para cortar as peças pois elas são minúsculas e frágeis
![Imagem](http://i1077.photobucket.com/albums/w464/Chicabum7/14bis/IMG_2117_zps377bb3b4.jpg)
![Imagem](http://i1077.photobucket.com/albums/w464/Chicabum7/14bis/IMG_2397.jpg)
Aqui aprontando para pintura:
![Imagem](http://i1077.photobucket.com/albums/w464/Chicabum7/14bis/IMG_2396.jpg)
![Imagem](http://i1077.photobucket.com/albums/w464/Chicabum7/14bis/IMG_2113_zps9df5b7f4.jpg)
Agora com o papel entelando o corpo e as asas:
![Imagem](http://i1077.photobucket.com/albums/w464/Chicabum7/14bis/9247a236.jpg)
Asas dobradas na posição final:
![Imagem](http://i1077.photobucket.com/albums/w464/Chicabum7/14bis/IMG_2111_zps4dbf02a2.jpg)