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Azevedo
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Mensagem por Azevedo »

O piloto dos Fuzileiros Navais pilotavam os inferiores caças Grumman F4F contra os bem mais manobráveis e mais ágeis Zeros japoneses naqueles desesperançosos dias durante a campanha de Guadalcanal em 1942. Apesar de suas desvantagens, os pilotos dos Fuzileiros Navais conseguiram lutar e conter os japoneses. O piloto de caça Doc Everton voou com o Esquadrão 212 dos Fuzileiros Navais em Guadalcanal. Um dia ele abateu um Zero japonês: “Eles estavam por todo o céu. Um deles virou à minha frente no alto e me parecia que eu podia sentir as balas de todas as minhas seis metralhadoras o golpeando. Ele explodiu; eu atravessei pela fumaça, chamas e pedaços do avião destruído. O piloto japonês caiu, morto, é claro. Eu o vi espatifar na água.” Jack Conger conseguiu várias vitórias durante a campanha. Em um ocasião ele se engalfinhou com um Zero japonês em um prolongado “dogfight” de um-contra-um. Depois de girar, virar e manobrar por todo o céu, ele finalmente conseguiu se aproximar suficientemente para atirar: “Finalmente eu consegui me aproximar a 20, 30 jardas (18 a 27 metros) – era como abrir a porta e entrar pela sala de tão perto. Então eu disparei a rajada mais curta até então, nada mais do que 20 a 30 projéteis, mas eles estavam acertando bem no meio dele e ele explodiu. Eu fui içado do meu assento pela força da explosão. Eu vi o piloto ser jogado a uns 30 pés (9 metros) para cima. O pára-quedas dele não abriu e então ele caiu. Eu me aproximei e o vi cair na água. Pedaços do pára-quedas o cobriam e ele parecia estar deitado como se estivesse dormindo.”

As conseqüências de perder um combate aéreo durante a Segunda Guerra Mundial eram graves com certeza. Red Jackson do 332º Grupo de Caças obteve uma vitória durante uma tarde perto dos Alpes e também teve a oportunidade de observar o seu oponente. O piloto inimigo o atacou primeiro mas errou na sua passagem. Isso deu a Jackson a oportunidade de contra atacar: “Eu me coloquei atrás dele. Percebendo que eu estava na sua cauda, ele começou a virar de um lado para o outro. Toda vez que ele virava, eu atirava uma pequena rajada. Na quarta rajada, o seu avião começou a soltar fumaça. Eu vi o canopy do Me-109 ser ejetado em duas partes. Logo depois, eu vi o piloto pular e o seu pára-quedas abrir. Eu circulei aquele piloto indefeso por alguns momentos.”

Outro piloto do 332º, Bobby Williams, abateu dois aviões em um mesmo dia: “Eu mergulhei no meio de um grupo de aviões inimigos. Assim que fiquei na cauda de um deles, eu disparei pequenas rajadas. As minhas balas encontraram o alvo e o avião inimigo caiu e se espatifou no solo. Ao deixar esta vítima, eu vi que havia outro avião inimigo na minha cauda. Para escapar das suas metralhadoras eu fiz uma curva bem fechada. Assim que comecei a fazer a curva, outro avião inimigo apareceu bem na frete do nariz do meu avião. Imediatamente eu comecei a atirar nele. O avião entrou em um mergulho muito inclinado e acabou atingindo o solo.” Outro membro do bem sucedido 332º, Johnny Briggs, obteve uma das várias vitórias do grupo. Durante uma missão na Alemanha ao final do verão de 1944, um avião inimigo atacou a sua formação: “Ele nivelou e fez uma ligeira inclinação para ver se alguém estava atrás dele – uma curva suave para a esquerda. Eu disse: ‘Ah não, não vai não...’ e atirei – RA-TA-TA-TA. Ele começou uma ligeira curva para a direita. Eu atirei de novo – RA-TA-TA-TA. As balas o atingiram. Eu me coloquei ao lado e mais acima dele e ele entrou em uma espiral, caindo, e eu vi o seu pára-quedas abrir. Ele provavelmente deveria estar dizendo ‘Bem, você me pegou hoje, mas eu volto amanhã’.”
A maioria dos pilotos de caças americanos tinha uma grande estima pelas tropas no front. Os pilotos tinham um gosto especial em surpreender caças inimigos quando estes estavam realizando ataques ao solo contra tropas americanas. Charles Mott do 33º Grupo de Caças se lembra de voar em patrulhas de combate aéreo sobre Salerno, na Itália, para proteger as tropas americanas que desesperadamente se seguravam por um fio nas suas precárias cabeças de praia. Mott e o seu líder de esquadrão avistaram aviões alemães metralhando tropas americanas. Eles rapidamente deram força total nos motores antes que os alemães fizessem muitos estragos: “A gente estava chegando perto das 400 milhas por hora (643 km/h). Bishop e eu nos colocamos atrás de um e começamos a atirar. Nós vimos fumaça saindo do avião alemão e ambos o atingimos com boas rajadas. O alemão virou para a direita foi direto para o solo. Bishop e eu subimos rapidamente sob intensas forças G.”

Os pilotos de caças japoneses geralmente poderiam ser tão perigosos quanto os seus aliados alemães. Os mesmos princípios que faziam sucesso na Europa também funcionavam no Pacífico. Os pilotos de caças americanos esticavam os seus pescoços na procura pelos caças japoneses e constantemente procuravam por qualquer vantagem em termos de altitude e velocidade. Charles Bond, que voou com o Grupo de Voluntários Americanos (American Volunteer Group) também conhecido como ‘Tigres Voadores’ (Flying Tigers), abateu uma avião japonês durante um ataque à sua base aérea em Janeiro de 1942. No meio do turbilhão de aviões americanos e japoneses, ele fez vários ataques, mas sem sucesso. Finalmente ele conseguiu cercar um avião: “Eu mirei e atirei. Ele começou a descer em direção a uma nuvem. Eu fiquei por cima esperando que ele saísse da nuvem. Ele saiu, ganhou altitude e nivelou bem na minha frente. Ele devia estar a umas 200 a 300 jardas (182 a 284 metros) quando eu me aproximei e abri fogo com as minhas seis metralhadoras. As minhas traçadoras rasgaram o seu cockpit e o motor. Eu tive que levantar a minha asa esquerda para poder passar por cima e ultrapassá-lo. O seu cockpit estava e chamas. Eu berrei de prazer, rindo alto.”

Wayne Rothgeb, um piloto de caça do 35º Grupo de Caças, não se tornou um ás mas abateu um caça da marinha japonesa sobre a Nova Guiné: “Eu olhei para cima e não podia acreditar no que estava vendo! Bem na minha frente, um Zero – asas abertas como uma águia. Ele tinha cruzado o meu caminho. Alguém estava na sua cauda. Suas ações evasivas e manobras de subida o colocaram à frente das minhas metralhadoras. Para mim, um alvo fácil. Foi automático. Minhas metralhadoras rugiram, cuspindo chumbo e traçadoras vermelhas-alaranjadas rodopiantes, e não aquelas rajadas curtas prescritas. Eu estava determinado. Eu apertei firme o botão e deixei as metralhadoras funcionarem. Meus projéteis o rasgavam enquanto ele chegava no topo da sua subida, deu uma pausa, tremeu então rodopiou. Uma grande fumaça negra se formava enquanto que ele virou e passou direto abaixo de mim.”
A Marinha também prestou contas na sua participação com relação aos aviões japoneses abatidos. O piloto de caça Charles Moutenot voou as suas missões a partir do (porta-aviões) USS Essex. Um dia, ele e seus parceiros sobrevoaram Truk, uma grande base japonesa. Antes que eles pudessem reagir, foram atacados por caças japoneses. A formação americana se espalhou. Dois aviões inimigos atacaram Moutenot e ele se escondeu em uma nuvem. Quando emergiu da nuvem, ele viu um avião japonês sozinho, provavelmente um retardatário: “Ele deu a volta e me atacou. Eu pisei no pedal do leme e coloquei o avião em uma derrapagem e isso fez com que perdesse a velocidade rapidamente. Ele passou por mim e eu me coloquei na sua cauda. Eu dei uma boa rajada e ocorreu uma explosão. Eu passei por fumaça e destroços.” Moutenot não viu nenhum sinal de que o piloto tinha escapado desse avião. O piloto de caça Roland Baker voou suas missões a partir do (porta-aviões) USS Hancock. Um dia, ele e outros pilotos estavam dando voltas em torno de um piloto americano que tinha sido abatido e que estava boiando no mar. Quando os aviões de resgate tentaram resgatar o piloto, oito caças da Marinha Japonesa atacaram a esquadrilha de Baker: “Um dos japoneses se separou da sua formação e começou a atacar o bote salva-vidas mas ele não conseguiu se recuperar do mergulho já que Davis se colocou na sua cauda e o abateu com uma rajada certeira. Um Zeke (caça japonês) apareceu de repente na minha frente, em um tiro perfeito de deflexão. Eu então olhei por sobre o ombro e vi um Zeke mergulhando na minha direção. Aproveitando a minha curva, eu subi e o enfrentei de frente, ambos atirando. Assim que o japonês passou por mim, eu virei abruptamente de modo a observá-lo caindo em linha reta. Então eu vi que tinha um japonês atrás de mim, levei alguns tiros, mas de repente ele sumiu. Killinger conseguiu tirá-lo da minha cauda e o abateu, bem na hora. Sete japoneses foram derrubados antes que tudo terminasse.”

O relato de Baker mostra a importância do trabalho em equipe entre os pilotos de caça. Mesmo que eles se considerassem como indivíduos e que lutassem em um tipo de guerra no estilo um-contra-um, a suas melhores chances de sobrevivência se constituíam através do trabalho em equipe. A confiança de que a sobrevivência dependia do trabalho de equipe era algo em comum entre os pilotos de caças, as equipes dos bombardeiros e os soldados da infantaria. Os pilotos de caças americanos voavam em equipes de dois homens e constantemente se esforçavam em manter os inimigos longe da cauda do seu parceiro.

O piloto da Marinha Bill Burch voou suas missões nos Pacífico Sul no início de 1943. Durante uma patrulha perto da Nova Geórgia, ele e seu ala ficaram separados. Ao tentar achar o seu parceiro, ele avistou uma caça japonês e surpreendeu completamente o piloto inimigo: “Eu acho que ele nem deve ter me visto já que me aproximei pela traseira. Eu estava mirando um pouco à frente na minha primeira rajada, mas a segunda rajada foi direto na junção da asa com a fuselagem e a explosão ocorreu imediatamente.” O piloto de caças da Marinha, Jim Campbell, do Grupo Aéreo 5, voou muitas missões de patrulha de combate aéreo (CAP – Combat Air Patrol) bem acima do seu porta-aviões, o USS Yorktown. Nas patrulhas de combate aéreo, os pilotos de caça da Marinha voavam em uma área acima da esquadra constantemente na procura de aviões inimigos que pudessem ser uma ameaça para os navios abaixo. Na grande maioria das vezes, tais aviões não apareciam; isto queria dizer que as patrulhas de combate aéreo poderiam se tornar entediantes e, ao mesmo tempo, enervantes. Em uma ocasião, caças japoneses atacaram o grupo de Campbell enquanto eles protegiam os navios de guerra americanos. Os navios de guerra americanos haviam entrado em combate contra uma esquadra japonesa quando começou o ataque aéreo no grupo de Campbell: “Enquando estávamos assistindo essa batalha no mar, nós fomos atacados por quatro Zeros japoneses. Eu escolhi um e o coloquei na mira. Quando ele ficou ao alcance das minhas metralhadoras, eu atirei com tudo. Ele se aproximava de frente, diretamente contra mim. Finalmente eu vi as minhas traçadoras atingindo diretamente o seu motor e o cockpit e ele começou a pegar fogo. Eu acredito que ele tentou deliberadamente me atingir com o seu avião e quando ele estava praticamente em cima de mim, eu girei violentamente para a esquerda e Carmen (seu ala) virou para a direita enquanto ele passava entre nós. Eu não posso descrever o sentimento de felicidade que tive quando vi o Zero estourar em uma bola de fogo.”
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Dr Anderson Azevedo
Proctologia e cirurgia geral
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