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[Expositor] "Reparieren den Italiener" (Reparando o Italiano)
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"Reparieren den Italiener" (Reparando o Italiano)
Saudações camaradas.
Inicialmente havia criado coragem para inscrever o Autoblinda AB 41 (Italeri 1/35 e figuras ICM) no GT 72 (blindados militares sobre rodas) mas, como o trabalho já estava concluído, não pude fazê-lo. Graças, porém, aos incentivos dos camaradas LRFOGA, Profalexandre e Denis Bonetti, resolvi então apresentar esse despretensioso trabalho neste Fórum.
O veículo em questão, fabricado pela Fiat no período 41/44, foi um dos poucos armamentos italianos a obter um relativo sucesso operacional (permitam aqui um aparte, ao contrário do que se costuma afirmar, os italianos não eram maus soldados, tendo sido essa ideia propalada por ingleses mal intencionados; o problema com a Itália foi a horrível corrupção que grassava no regime fascista - cujos efeitos são bem conhecidos entre nós - e a péssima liderança militar, uma vez que os mais fascistas, e não os mais capazes, eram selecionados para postos de comando) tanto que, após a capitulação italiana em 43, continuou sendo produzido no norte daquele país, que estava sob ocupação alemã, para uso das Wehrmacht e das forças da República Socialista Italiana.
Blindado leve sobre rodas e vocacionado primordialmente para ações de reconhecimento, era geralmente armado com um Canhão Breda de 20mm e duas metralhadoras 8.0mm.
Aquilo que considero mais interessante nesse veículo são as rodas instaladas no meio da carroceria. Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, não são rodas sobressalentes, mas sim fixas, e possibilitavam a transposição de terrenos acidentados com maior facilidade.
Aí vão as imagens.
desde já agradeço quaisquer comentários.
Inicialmente havia criado coragem para inscrever o Autoblinda AB 41 (Italeri 1/35 e figuras ICM) no GT 72 (blindados militares sobre rodas) mas, como o trabalho já estava concluído, não pude fazê-lo. Graças, porém, aos incentivos dos camaradas LRFOGA, Profalexandre e Denis Bonetti, resolvi então apresentar esse despretensioso trabalho neste Fórum.
O veículo em questão, fabricado pela Fiat no período 41/44, foi um dos poucos armamentos italianos a obter um relativo sucesso operacional (permitam aqui um aparte, ao contrário do que se costuma afirmar, os italianos não eram maus soldados, tendo sido essa ideia propalada por ingleses mal intencionados; o problema com a Itália foi a horrível corrupção que grassava no regime fascista - cujos efeitos são bem conhecidos entre nós - e a péssima liderança militar, uma vez que os mais fascistas, e não os mais capazes, eram selecionados para postos de comando) tanto que, após a capitulação italiana em 43, continuou sendo produzido no norte daquele país, que estava sob ocupação alemã, para uso das Wehrmacht e das forças da República Socialista Italiana.
Blindado leve sobre rodas e vocacionado primordialmente para ações de reconhecimento, era geralmente armado com um Canhão Breda de 20mm e duas metralhadoras 8.0mm.
Aquilo que considero mais interessante nesse veículo são as rodas instaladas no meio da carroceria. Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, não são rodas sobressalentes, mas sim fixas, e possibilitavam a transposição de terrenos acidentados com maior facilidade.
Aí vão as imagens.
desde já agradeço quaisquer comentários.
- profalexandre
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Re: "Reparieren den Italiener" (Reparando o Italiano)
Cara, excelente apresentação. E adorei saber que essas rodas do meio eram fixas! Sempre pensei que fossem os estepes do veículo... (sabe de nada, inocente...)
Resultado muito bom. Excelente.
Parabéns!
Resultado muito bom. Excelente.
Parabéns!
- profalexandre
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Re: "Reparieren den Italiener" (Reparando o Italiano)
Ficou muito bom Eduardo.
O cenário valorizou ainda mais o blindado que por sí só já está muito bonito.
O detalhe da roda central foi uma surpresa para mim.
Jurava que era estepe.
Parabéns pelo trabalho.
O cenário valorizou ainda mais o blindado que por sí só já está muito bonito.
O detalhe da roda central foi uma surpresa para mim.
Jurava que era estepe.
Parabéns pelo trabalho.
- profalexandre
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Re: "Reparieren den Italiener" (Reparando o Italiano)
Li aqui: https://en.wikipedia.org/wiki/Autoblinda_Fiat-Ansaldo que o estepe era livre, ou seja, girava, e era desta forma que ajudava o veículo a transpor terreno difícil (imagino que isso signifique passar por topos de morros ou algo semelhante). Assim, pelo que entendi (me corrijam se eu estiver errado), era um estepe mesmo, só que giratório, e não um terceiro eixo ativo.
- Eduardo José
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Re: "Reparieren den Italiener" (Reparando o Italiano)
Agradeço a todos pelos benevolentes comentários.
O kit é da Italeri na escala 1/35, e as figuras são ICM (mesma escala).
O comentário do Profalexandre procede (não fui capaz de explicar corretamente o assunto) pois as rodas centrais realmente não eram fixadas a eixos. Porém, embora pudessem ser utilizadas como estepe, tinham a função precípua de aumentar a mobilidade, haja vista que giravam abaixo do chassi (ao passo que o estepe costuma ficar instalado em local protegido, muitas vezes na horizontal, e afastado do solo). Seja como for, o que chama a atenção é que (que eu saiba) não há nenhum outro veículo contemporâneo a ele com essa configuração.
Até a próxima!
O kit é da Italeri na escala 1/35, e as figuras são ICM (mesma escala).
O comentário do Profalexandre procede (não fui capaz de explicar corretamente o assunto) pois as rodas centrais realmente não eram fixadas a eixos. Porém, embora pudessem ser utilizadas como estepe, tinham a função precípua de aumentar a mobilidade, haja vista que giravam abaixo do chassi (ao passo que o estepe costuma ficar instalado em local protegido, muitas vezes na horizontal, e afastado do solo). Seja como for, o que chama a atenção é que (que eu saiba) não há nenhum outro veículo contemporâneo a ele com essa configuração.
Até a próxima!
- denis bonetti
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Re: "Reparieren den Italiener" (Reparando o Italiano)
Olá Eduardo,
Cá estou para receber com surpresa mas bastante lisonjeado a honrosa menção ao meu nome; muito obrigado.
Antes mesmo de elogiar o teu trabalho, me forço a consignar a qualidade da tua informação histórica, própria de um interessado pesquisador. Essa qualidade é mais do que importante no nosso hobby e nesse sentido posso te dizer que meio caminho já está dado para o teu sucesso e a tua permanência no mundo das miniaturas.
Tratando do trabalho em si, deixo meus parabéns pelo modelo. Gostei muito do diorama. Começastes em alto estilo.
Estamos por aqui quase 24 horas por dia (sempre tem uma alma caridosa online) para o que der e vier, sempre aprendendo e as vezes, quem sabe, contribuindo com alguma coisa.
Abraços
Cá estou para receber com surpresa mas bastante lisonjeado a honrosa menção ao meu nome; muito obrigado.
Antes mesmo de elogiar o teu trabalho, me forço a consignar a qualidade da tua informação histórica, própria de um interessado pesquisador. Essa qualidade é mais do que importante no nosso hobby e nesse sentido posso te dizer que meio caminho já está dado para o teu sucesso e a tua permanência no mundo das miniaturas.
Tratando do trabalho em si, deixo meus parabéns pelo modelo. Gostei muito do diorama. Começastes em alto estilo.
Estamos por aqui quase 24 horas por dia (sempre tem uma alma caridosa online) para o que der e vier, sempre aprendendo e as vezes, quem sabe, contribuindo com alguma coisa.
Abraços
- Eduardo José
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Re: "Reparieren den Italiener" (Reparando o Italiano)
Agradeço suas gentis palavras Denis.
Tendo em vista seu nome de família itálico, penso que você apreciou a afirmação acerca do valor dos soldados, aviadores e marinheiros italianos. Exemplo marcante desse valor são os Bersaglieri (infantaria leve de elite). Para que se possa ter uma ideia do valor desses combatentes, em certa ocasião, o próprio (então general) Rommel afirmou o seguinte: "no norte da África o soldado alemão surpreendeu o mundo, e os Bersaglieri surpreenderam o soldado alemão!" Bonito, não?
Até mais.
Tendo em vista seu nome de família itálico, penso que você apreciou a afirmação acerca do valor dos soldados, aviadores e marinheiros italianos. Exemplo marcante desse valor são os Bersaglieri (infantaria leve de elite). Para que se possa ter uma ideia do valor desses combatentes, em certa ocasião, o próprio (então general) Rommel afirmou o seguinte: "no norte da África o soldado alemão surpreendeu o mundo, e os Bersaglieri surpreenderam o soldado alemão!" Bonito, não?
Até mais.
- denis bonetti
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Re: "Reparieren den Italiener" (Reparando o Italiano)
Bom dia Eduardo,Eduardo José escreveu:Agradeço suas gentis palavras Denis.
Tendo em vista seu nome de família itálico, penso que você apreciou a afirmação acerca do valor dos soldados, aviadores e marinheiros italianos. Exemplo marcante desse valor são os Bersaglieri (infantaria leve de elite). Para que se possa ter uma ideia do valor desses combatentes, em certa ocasião, o próprio (então general) Rommel afirmou o seguinte: "no norte da África o soldado alemão surpreendeu o mundo, e os Bersaglieri surpreenderam o soldado alemão!" Bonito, não?
Até mais.
Na verdade o nome é inglês mas os meus dois sobre-nomes são sim italianos (PACE BONETTI) Meus bisavós (todos eles, pelo que se sabe da árvore da família) vieram de regiões diferentes da Itália. Os Bonetti, salvo engano, são daquela região do Tirol e os Pace, mais do sul.
De qualquer forma gostei muito do comentário. Não por menos que Roma dominou o mundo conhecido por 1.000 anos né?
Infelizmente, ao que me pareceu, os italianos não souberam controlar internamente a sua política, o que penso, na época da guerra, acabou por poluir e refletir também no exército. Uma das partes da história que eu soube, por outro lado, é que os altos escalões do exército alemão nunca entenderam o amor de Hitler por Mussolini e seguidas vezes criticavam as manobras impostas pelo Fuher para auxiliar os italianos. Existe aquela máxima que diz que "uma escolha representa também diversas renúncias", ou seja, mandando batalhões para um lado da guerra, poder-se-ia deixar outro front enfraquecido ou mesmo desprotegido.
A própria fundação do Afrika Korps em 1941 é um exemplo disso. Mas também a vida do soldado alemão nunca foi fácil porque além de se ver obrigado a ajudar os italianos no deserto da Líbia com 40 graus à sombra, tinha também que combater os Cossacos no leste europeu no frio de mais de 30 graus negativos! Daí é dureza mesmo né?
Agora, essa frase do Rommel é, no mínimo, dignificante para o povo italiano. Nota 10 por compartilhar
Abraços
- Eduardo José
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