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[Na Caixa]  Mitsubishi F-2A - Hasegawa 1/48

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Gregovit
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Mitsubishi F-2A - Hasegawa 1/48

Mensagem por Gregovit »

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O Mitsubishi F-2 é uma aeronave multifuncional de 4º geração desenvolvida para substituir os Mitsubishi F-1 e para servir de veiculo de desenvolvimento para a indústria aeronáutica local, com a produção sendo realizada na proporção de 60% pelos Japoneses e 40% pelos americanos.
O Mitsubishi F-2 é uma aeronave de combate desenvolvida e fabricada pela MHI (Mitsubishi Heavy Industries) e a Lockheed Martin para a força aérea Japonesa. O F-2 foi desenvolvido a parir do Lockheed Martin F-16 C/D block 40, porem o F-2 possui uma asa com uma área 25% maior e com um novo design, o que permitiu a substituição de 2 pontos fixos exclusivos para o transporte de mísseis ar-ar por uma nova estação capaz de transportar armamentos pesados, o estabilizador vertical também é maior, os tailerons são maiores e possuem um desenho diferente, o nariz é mais longo e mais largo, a entrada de ar do motor é maior, o canopy é composto por três partes em vez de duas no F-16, o F-2 é 49 centímetros mais comprido, o que possibilitou a incorporação de tanques de combustível adicionais, também houve uma grande utilização de materiais compostos que auxiliaram na redução do peso e da assinatura de radar da aeronave, outra medida para a redução do RCS da aeronave é larga utilização de materiais RAM absorventes, que foram aplicados no radome, asas e arestas de admissão do motor, outra modificação foi a incorporação de um para quedas de frenagem e um canopy com dupla cobertura para resistir a impactos de aves grandes. O custo básico aproximado do Mitsubishi F-2 é de 110 milhões de dólares.

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O FS-X (Fighter Support Experimental) foi iniciado em 1980 com estudos secretos sendo realizados pela TRDI (Technical Research and Development Institute) para a seleção das opções para um desenvolvimento local de um novo vetor para a força aérea japonesa, onde os pré-requisitos eram para um caça bombardeiro avançado com alta capacidade de manobra e com longo alcance, para atender as exigências da JASDF (Japan Air Self-Defense Force).
Em outubro de 1985 o ministério da defesa japonês começou a considerar três opções de desenvolvimento para o FS-X, o desenvolvimento interno de um novo vetor, a adoção de um modelo existente em uma versão nacionalizada, ou a adoção de um modelo estrangeiro.
No mesmo ano a TRDI declarou que com a exceção do motor, a indústria aeronáutica japonesa possuía capacidade para desenvolver um caça avançado em solo nacional por cerca de 1 bilhão de dólares.
Mas, ao final de 1986, após consulta do governo japonês e muita pressão dos Estados Unidos, decidiu se considerar um acordo de co-produção com os Estados Unidos.
Em 1987 o governo japonês e a JASDF (Japan Air Self-Defense Force) anunciaram que iriam desenvolver em conjunto com os EUA uma versão derivada do F-16C/D denominada FS-X.
Em 1988 a MHI (Mitsubishi Heavy Industries) foi selecionada como contratante principal para o desenvolvimento e construção da aeronave. O programa foi lançado em 1988 com a assinatura de um memorando de entendimento entre os governos do Japão e dos EUA, marcando o primeiro programa de desenvolvimento bélico conjunto entre o Japão e os Estados Unidos. Neste ano a aeronave foi denominada F-2.

Com o acordo firmado o mesmo foi duramente criticado por membros do congresso americano, preocupados com a perda de tecnologias chaves para um possível concorrente, que poderia ameaçar sua supremacia tecnológica, alem dos riscos de comercialização das tecnologias repassadas sem a autorização dos EUA. Como resultado da controvérsia em 1989 os EUA exigiram e obtiveram uma revisão do acordo limitando a transferência tecnológica e especificando que as empresas americanas envolvidas seriam responsáveis por 40% da produção ao do vetor. Ficou decidido que o FS-X iria incorporar 5 tecnologias desenvolvidas pelo Japão como radar AESA, sistema de guerra eletrônica integrada, sistema de navegação inercial,hardware de missão e materiais RAM absorventes. Outro desenvolvimento seria de uma asa construída em materiais compostos.
Em agosto de 1989 o programa FS-X sofreu um impasse durante as negociações de transferência tecnológica, utilização da tecnologia e pagamento pela tecnologia japonesa, durante este período o governo americano suspendeu a transferência tecnológica para o Japão, porem estas complicações “administrativas” foram resolvidas em fevereiro de 1990 quando os dois governos assinaram um acordo detalhando as questões sobre a transferência tecnológica Japonesa para os EUA.

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A produção dos protótipos do FS-X se iniciou em abril de 1993, o primeiro dos quatro protótipos de ensaio de vôo (63-0001 JASDF) saiu da "Mitsubishi Heavy Industries South Komaki Plant" no Japão em 12 de janeiro de 1995, sendo entregue a JASDF em Março de 1995, e efetuando o seu primeiro vôo em 7 de outubro de 1995, nas instalações da Mitsubishi teste Nagoya, concluindo com sucesso seu primeiro vôo que teve uma duração de 38 minutos. O programa de desenvolvimento do FS-X envolveu 4 protótipos (2 XF-2A mono posto e 2 XF-2B bi posto) para os ensaios de vôo e mais dois protótipos para os ensaios estáticos e de fadiga em solo. Os ensaios de vôo dos protótipos foram concluídos com sucesso em 1997, iniciando a produção do vetor em 1998.

Foi acordado que o FS-X iria incorporar 5 tecnologias desenvolvidas pelo Japão como radar AESA, sistema de guerra eletrônica integrada, sistema de navegação inercial,hardware de missão e materiais RAM absorventes, pois os EUA não iriam repassar tais tecnologias para o Japão pelos riscos de concorrência comercial e da possibilidade destas tecnologias serem repassadas a terceiros sem a autorização americana.

O custo do desenvolvimento do F-2 se mostrou perturbador chegando a 5 bilhões de dólares, extremamente elevado considerando se que o F-2 é uma aeronave derivada de uma já existente, o que era para reduzir significadamente os custos de desenvolvimento. O preço unitário do F-2 é mais de três vezes maior do que um F-16C Block 50, graças aos atrasos no desenvolvimento e as elevadas taxas cobradas pelas tecnologias repassadas pelos americanos o custo unitário do F-2 saltou dos projetados 8 bilhões de ienes (72,4 milhões dólares) para 12 bilhões de ienes(108,6 milhões de dólares), o mesmo valor pago por aeronaves de alto desempenho como F-15 E.
Em agosto de 2004, foi comunicado que o Japão pretendia interromper a aquisição dos caças F-2, após uma revisão do programa realizado pelo ministério da defesa japonês, que concluiu que o F-2 foi o menor custo benefício de todas as opções disponíveis, antes estudadas. Nessa altura, apenas 76 das aeronaves estavam em operação ou em construção. A avaliação concluiu também que, enquanto o F-15 poderia ser facilmente atualizado pelo grande espaço interno, no F-2 há pouco espaço para futuras modernizações do vetor, o que também prejudicou o vetor na avaliação.
Em 1995 o governo japonês e Americano acreditavam que o Japão iria produzir 141 aeronaves, que logo foi reduzida para 130 no mesmo ano, em 2004 foram reduzidas para 98 e em 2008 para 94 vetores.

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O custo do desenvolvimento do F-2 se mostrou perturbador chegando a 5 bilhões de dólares, extremamente elevado considerando se que o F-2 é uma aeronave derivada de uma já existente, o que era para reduzir significadamente os custos de desenvolvimento. O preço unitário do F-2 é mais de três vezes maior do que um F-16C Block 50, graças aos atrasos no desenvolvimento e as elevadas taxas cobradas pelas tecnologias repassadas pelos americanos

Grande parte da avionica do F-2 é de origem japonesa, visando à redução da dependência direta dos americanos e para o desenvolvimento da indústria local, porem um desenvolvimento em particular não foi opcional, os EUA se recusaram a liberar os códigos fonte do sistema fly by wire do F-16, obrigando aos japoneses a desenvolverem seu próprio sistema fly by wire, que foi baseado no sistema de controle testado no treinador Mitsubishi T-2 na década de 80.

O F-2 é equipado com o radar J/APG-1 da Mitsubishi Electric Corporation (Melco), que possui 800 módulos transceptores de 3W cada, o que confere um alcance de cerca de 100km.

A motorização escolhida para o F-2 é uma das utilizadas pelo F-16 C/D, o General Electric F110-GE-129 com 76 kN de potencia a seco e 131 kN com pós-combustão, o que lhe confere uma relação peso potencia de 0.89.

A motorização utilizada no F-2 é uma das utilizadas pelo F-16 C/D, o General Electric F110-GE-129 com 76 kN de potencia a seco e 131 kN com pós-combustão, o que lhe confere uma relação peso potencia de 0.89.

O armamento ar-ar do F-2 é composto no cenário BVR pelo míssil AAM-4 (Type 99), que é baseado no míssil norte americano AIM-120 AMRAAM e que possui um alcance máximo de 100 km, no cenário WVR o F-2 pode ser equipado com os mísseis de fabricação local AAM-3 (Type 90) com um alcance máximo de 13 km, ou o míssil AAM-5 (Type 04) com um alcance máximo de 35 km. O armamento ar-superfície do F-2 é composto pelo míssil antinavio ASM-1 (Type 80) com um alcance máximo de 50 km, ASM-2 (Type 93) com um alcance máximo de 100 km/180 km dependendo da ogiva utilizada, e o mais novo e letal membro da família o ASM-3, um novíssimo míssil movido por um sistema de propulsão ramjet, que lhe confere um alcance máximo de 200km, este míssil conta com um sistema de guiagem dupla por infravermelho e radar, o que lhe confere uma alta resistência a contramedidas eletrônicas e descartáveis (Chaff e Flare). Este míssil é uma arma extremamente letal pela sua velocidade supersônica, seu longo alcance e furtividade, conseguida com a larga utilização de materiais compostos e RAM absorventes. O armamento ar-terra é composto pelo míssil AGM-65 B Maverik com 27 km de alcance, lançadores de foguetes, bombas de queda livre MK-82/83/84, bombas de fragmentação GBU-87 e bombas guiadas por GPS JADAM. O canhão utilizado por este vetor é o M61A1 Vulcan de 20 milímetros, este canhão possui uma cadencia de tiro de 6000 tiros por minuto e uma capacidade para 511 munições.

O F-2 foi desenvolvido a parir do Lockheed Martin F-16 C/D block 40, porem o F-2 possui uma asa com uma área 25% maior e com um novo design, o que permitiu a substituição de 2 pontos fixos exclusivos para o transporte de mísseis ar-ar por uma nova estação capaz de transportar armamentos pesados, o estabilizador vertical também é maior, os tailerons são maiores e possuem um desenho diferente, o nariz é mais longo e mais largo, a entrada de ar do motor é maior, o canopy é composto por três partes em vez de duas no F-16, o F-2 é 49 centímetros mais comprido, o que possibilitou a incorporação de tanques de combustível adicionais, também houve uma grande utilização de materiais compostos que auxiliaram na redução do peso e da assinatura de radar da aeronave.

FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: Mach 2.0
Razão de subida: 15.240m/min
Potencia: 0.89
Fator de carga: 9Gs
Taxa de giro:24º/s
Raio de ação/ alcance:834 km/ 1668 km
Alcance do Radar: 100 km
Empuxo: 1 X General Electric F110-GE-129 com 76 kN de potencia a seco e 131 kN com pós-combustão

DIMENSÕES
Comprimento:15,52 m
Envergadura:11,13 m
Altura:4,96m
Peso vazio: 9.525 kg (F-2A) e 9.635 kg (F-2B)
Peso máximo de decolagem: 22.100Kg

ARMAMENTO
Mísseis ar-ar: WVR AAM-3 (Type 90), AAM -5 (Type 04), AIM-9L Sidewinder, BVR AAM-4 (Type 99), AIM-7 F/M Sparrow
Ar-Superfície: Míssil antinavio ASM-1 (Type 80), ASM-2 (Type 93), ASM-3, míssil ar-terra AGM-65 B Maverik, lançadores de foguetes.
Bombas: MK-82/83/84, GBU-87, JDAM
Interno: Um canhão M61A1 Vulcan de 20 milímetros

Capacidade de carga/armamento: 9.000 kg de carga distribuídas em 11 pontos duros (2 nas pontas das assas para mísseis ar-ar, 6 sob as asas e 3 sob a fuselagem, sendo que as duas estações frontais são exclusivas para o transporte de PODs). O F-2 pode ser equipado com 3 tanques externos (2 com capacidade para 2.270 litros sob as asas e 1 com capacidade para 1.135 litros sob a sessão ventral).

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Estas são as principais diferenças do F-2A para o F-16:

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Le Diable Marche Avec Nous
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Andre L B Ferro
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Re: Mitsubishi F-2A - Hasegawa 1/48

Mensagem por Andre L B Ferro »

Primeira fila ! :thumbup:
Abçs
André

NA BANCADA

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Thunderbolt
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Re: Mitsubishi F-2A - Hasegawa 1/48

Mensagem por Thunderbolt »

Bela apresentação.
Chegando para acompanhar.

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Adriano JFMG
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Re: Mitsubishi F-2A - Hasegawa 1/48

Mensagem por Adriano JFMG »

Legal, confesso que não conhecia essa aeronave ou achava que se tratava de um F-16 mesmo... engraçado que visualmente são bem parecidos só se percebe que é maior comparando as dimensões com o F-16C.
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angelo_rs
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Re: Mitsubishi F-2A - Hasegawa 1/48

Mensagem por angelo_rs »

que coloração linda ela tem. vai fica muito massa!
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Diego Natanael
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Re: Mitsubishi F-2A - Hasegawa 1/48

Mensagem por Diego Natanael »

Estou acompanhando por aqui!
Bons trabalhos !
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Re: Mitsubishi F-2A - Hasegawa 1/48

Mensagem por Tiago Guilger »

Chegando pra acompanhar esse F-16 bombado hehehe
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Marcos Kamiya
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Re: Mitsubishi F-2A - Hasegawa 1/48

Mensagem por Marcos Kamiya »

Também acho este modelo muito bonito, só uma dúvida
o modelo é maior comparado com os outros ou a Hasegawa só colocou os decals diferentes mesmo?
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Gregovit
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Re: Mitsubishi F-2A - Hasegawa 1/48

Mensagem por Gregovit »

Marcos Kamiya escreveu:Também acho este modelo muito bonito, só uma dúvida
o modelo é maior comparado com os outros ou a Hasegawa só colocou os decals diferentes mesmo?
Lado a lado com o f-16 ele é maior mesmo, igual a aeronave real. Cerca de 25% maior que o f-16, e com cerca de 49cm mais comprido. Interessante ressaltar que o radar da aeronave foi o primeiro radar AESA a ser usado numa aeronave operacional. E o custo de manufatura dela é mais alto do que o do F-16.
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Re: Mitsubishi F-2A - Hasegawa 1/48

Mensagem por Corbini »

Chegando aqui para acompanhar Flavio!

Boa montagem! Esse avião com essa pintura Japonesa é show! :thumbup:

Abraço!
Lucas S. Corbini
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