Seu projetista foi Mario Gandini, então um jovem e inexperiente design que acabou por criar um carro icônico, apesar de sua péssima visão traseira (que podia ser piorada se o feliz comprador optasse por uma nada discreta asa traseira) e a necessidade de se abrir a porta, sentar no peitoril da porta e só assim conseguir manobrar o carro.
Este modelo foi idealizado para suceder a Lamborghini Miura e quebrou a tradição de usar nomes relacionados à touros: countach é uma expressão de espanto em dialeto piemontês, que pode ser traduzido com um pouco de boa vontade como sendo “maravilhosoâ€. Dizem que é utilizado por um homem para consigo mesmo ao ver uma mulher muito bonita e desejável (falar para ela seria algo não recomendável).
Este modelo teve uma vida excepcionalmente longa: entre o protótipo exibido em 1971 e o último modelo fabricado em 1990, foram 19 anos, com algumas modificações, mas sempre fiel ao estilo criado por Gandini.
Para o aniversário de 25 anos da Lamborghini a empresa pensou em um carro totalmente novo, mas o protótipo em desenvolvimento ainda estava no seu estágio inicial (posteriormente viria a ser a Diablo, que substituiu exatamente a Countach). Optou-se então, por se criar uma versão comemorativa, derivada mecanicamente da 5000QV (quattrovalvole), mas com um grande trabalho de reestilização, que foi entregue à Horácio Pagani (que anos depois teria sua própria empresa de super esportivos, criando o Zonda e o Huayra). O resultado podemos ver abaixo:
Muitos dizem que esta foi a Countach definitiva, com mais de 500 modificações, como spoiler e para-choques dianteiros redesenhados, para-choque traseiro que se projetava além do corpo do carro, aletas redesenhadas para ajudar na refrigeração do motor, um V12 de 5 litros, a suspensão modificada para receber novos pneus e entradas laterais de ar, logo após as portas, totalmente diferentes.
O chassis foi desenvolvido com a ajuda de Sandro Munari, tri-campeão mundial de rali. Isso tudo, somado a mudanças na cabine (que, no entanto, não eliminaram a sensação claustrofóbica da mesma), tornaram esta versão a de melhor aceleração: fazia de 0 Ã 100 Km em 4,9 segundos, mas não a mais veloz: chegava a 295 Km/h por causa de seu peso maior que suas antecessoras.
Ninguém sabe exatamente quantos modelos deste foram fabricados. Originalmente falou-se em fabricar 400, mas estima-se algo em torno de 650, sabe-se apenas que a última tem o nº 12.085, foi pintada de prata metálico, tem o interior cinza claro e está no museu da fábrica, em Sant`Agata Bologhese, na Itália, sendo dela as fotos acima.
As principais características mecânicas são estas:
Tipo: Coupê esportivo, duas portas, dois lugares
Comprimento: 4,14 metros
Largura: 2,00 metros
Altura: 1,07 metros
Peso: 1.490 Kg
Chassis: tubular em aço e fibra de vidro
Carroceria: alumínio, fibra de vidro e kevlar
Freios: Ã disco ventilados
Suspensão: braços independentes
Motor: V12 em liga leve, 4 válvulas por cilindro, 5.167 cc, 455 HP, gasolina
Sistema de injeção de combustível: seis carburadores Weber
Tanque de combustível: 120 litros
Consumo médio: 4 Km/litro
Câmbio: manual, cinco velocidades + ré, ZF
Velocidade máxima: 295 KM/h
Preço de venda no lançamento (1974): US$ 145.000
Este kit, da Fujimi, é muito semelhante ao que o Thunderbolt está montando neste mesmo GT, inclusive a falha que me parece imperdoável de se fazer a tampa do motor funcional e não ter motor e o mesmo em relação ao capô dianteiro, também funcional, mas sem estepe. Em termos de mecânica, este kit pode ser considerado um "snap" pois a mecânica se resume a simples detalhes do motor e transmissão injetados juntamente com o chassis e parte das suspensões dianteira e traseira. De qualquer forma, acho que vai dar para se divertir.
Ainda não decidi qual vai ser a cor do modelo, mas penso em ficar com uma das cores em que originalmente foi fabricada: preto, branco e vermelho. Acho que uma cor escura deve ficar mais interessante, como na foto abaixo:
Em breve começo a mexer nela.
Um abraço !
