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[Concluído] Brewster Buffalo F-2a - Airfix 1/72
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Brewster Buffalo F-2a - Airfix 1/72
Pessoal,
Como sempre faço, vou entrando aos poucos no GT. Assim, abro o tópico e durante a semana vou incluindo o conteúdo. Esse kit fará uma boa companhia a outro que estou restaurando no GT-XX, o Nakajima Ki-43 Haybusa. Dois inimigos que se enfrentaram sobre os céus do Extremo Oriente.
Boa montagem para nós e boas vindas aos que se juntarem para acompanhar.
Como sempre faço, vou entrando aos poucos no GT. Assim, abro o tópico e durante a semana vou incluindo o conteúdo. Esse kit fará uma boa companhia a outro que estou restaurando no GT-XX, o Nakajima Ki-43 Haybusa. Dois inimigos que se enfrentaram sobre os céus do Extremo Oriente.
Boa montagem para nós e boas vindas aos que se juntarem para acompanhar.
Concluído fora de GT: Fokker D VII . Revell 1/72 | A caminho do Cairo | U-Bolt DKM Type IXC | Douglas TBD-1 Devastator
Review: Douglas TBD-1 Devastator Airfix 1:72 | Boeing 737-200 Revel 1:200 | Focke Wulf Fw 56 Stösser - Heller/kiko 1:72
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Re: Brewster Buffalo F-2a - Airfix 1/72
Chegando também, puxando a cadeira e com aquela "preguiça" do lado...
"Uma nova jornada! Oss!"
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Re: Brewster Buffalo F-2a - Airfix 1/72
Me espera aí!! Cheguei!
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Amazing Grace, how sweet the sound ... that saved a wretch like me! I once was lost, but now I'm found. Was blind, but now I see...
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Re: Brewster Buffalo F-2a - Airfix 1/72
Pessoal,
Sejam todos bem vindos. Um pouco de história, enquanto o kit está de banho.
O BREWSTER F2A
“O erro imperdoável cometido pelos americanos e britânicos, está perfeitamente claro na confiança depositada no antiquado caça Brewster F2A Buffalo, que os peritos americanos em aviação se vangloriavam de ser 'o mais poderoso caça do oriente', e 'um caça superior a qualquer coisa existente na força aérea japonesa'. Contra os caças Zero, sair num Buffalo era, sem exagero, cumprir missão suicida.â€
(Masatake Okmiya, oficial da 11ª Flotilha Aérea Combinada, in CAIDIN, Martin. Zero, o lobo dos ares. Rio de Janeiro: Renes, 1977, p.81)
Brewster F2A-3 em vôo de treinamento sobre a Naval Air Station Miami, Florida (USA), em 2 de agosto de 1942.
Em 1935, a Marinha dos Estados Unidos emitiu especificações para um novo caça embarcado para substituir o biplano Gruman F3F. Em 1938, o modelo XF2A-1, da Brewster Aeronautical Corporation, projetado pelo engenheiro chefe Dayton T. Brown e sua equipe, foi o vencedor. Derrotada, a Grumann retornou com o projeto do XF4F-1 para a prancheta e o redesenhou como monoplano, dando origem ao F4F-2 Wildcat.
Muito avançado para sua época, o Brewster F2A possuía estrutura e revestimento todo metálico, asa media, duas metralhadoras de 12,7 mm no nariz e trem de pouso recolhido hidraulicamente, assim como a roda da bequilha. Na época, a maioria dos caças ainda possuía trem de pouso fixo ou retrátil por ação muscular do piloto. O recolhimento hidráulico do trem de pouso do F2a foi realmente uma inovação importante para a aviação. O motor era o Wrigth Cyclone R1820-22, radial de 950 hp. No entanto, não possuia tanques autovedantes e blindagem para o piloto.
A Brewster recebeu um contrato para 54 aparelhos e os testes com o modelo de produção começaram em 1938, sendo algumas alterações solicitadas. O motor foi alterado para o Wrigth Cyclone R1820-34 de 940 hp. Duas metralhadoras .50 foram adicionadas nas asas
O modelo entrou em operação em 8 de dezembro de 1939 como F2A-1 e equipou a VF-3 do porta-aviões USS Saratoga. Alterações subsequentes resultaram no F2A-2. As duas versões eram muito apreciadas pelos pilotos da marinha, que o apelidaram de “Amendoim Especialâ€.
Alterações, incluindo o aumento da fuselagem, resultaram na última versão, o F2A-3.
Infelizmente, o maior problema do Buffalo era a Brewster, uma pequena empresa sem capacidade para a gestão de um contrato vultuoso com a Marinha e sem capacidade para implementar alterações no projeto, originando uma versão nova e não uma adaptação do modelo original.
Um dos problemas oriundos das alterações foi o aumento de peso que levou a uma sensível perda de desempenho em voo. Outro inconveniente era o colapso do trem de pouso na aterrizagem, que não suportava carga adicional.
O motor disponível para o F2A era o Wright R-1820 Cyclone, o mesmo que equipava os modelos B-17, P-36,DC-2 e DC-3, só para citar os mais famosos. Desta forma, a Brewster encontrava dificuldades no fornecimento de motores para sua linha de montagem. Para cumprir os contratados, a Brewster teve que recover a compra de motores usados e enviados para serem remanufaturação na fábrica da Wrigth.
O R-1820 também tinha propensão a superaquecer, problema esse agravado no teatro do Pacífico e Ásia e resolvido pelos finlandeses, que operavam a versão B239 e fizeram alterações simples no motor original.
Problemas administrativos levaram o Governo Federal a determinar a intervenção na Brewster e a substituir os F2a pelo novo F4F Wildcat monoplano.
Em 1946, finda a guerra, seus acionistas se reuniram e decidiram dissolver a empresa.
Por ironia, o caça concebido para servir embarcado nunca entrou em combate nesta condição, mas apenas a partir de bases terrestres. Na batalha de Midway, a serviço dos Marines, enfrentou a força japonesa de ataque a partir do atol e com as seguintes vitórias:
Vitórias creditadas aos F2a na Batalha de Midway em 4 de Junho de 1942:
O então tenente John S. Thach embicou seu F2A-1 sobre o nariz no deck do USS Saratoga em março de 1940. Este problema foi mais tarde resolvido com alteração na pressão dos pneus. Na foto, o F2A apresenta a pintura no padrão "Yellow Wing".
O B-239
A Brewster produziu modelos de exportação desprovidos dos equipamentos navais: foram removidos o gancho de aterrizagem e o bote salva-vidas colocado em um compartimento cilíndrico atrás do piloto, além de outras alterações como motores aprovados para exportações e equipamentos de vôo.
O primeiro modelo a ser exportado foi o B-239 vendido a Finlândia, que recebeu 44 aparelhos utilizados com sucesso contra os Russos. O Esquadrão de Caça 24 reivindicou 477 aviões russos abatidos contra apenas 15 B-239 perdidos e o piloto Hans Wind reivindicou 39 vitórias voando o B-239. Sendo assim, o B-239 tornou-se um dos aviões mais bem sucedidos da Segunda Grande Guerra.
Na Finlândia o B-339 recebeu o apelido de “Taivaan helmi “ (Perola do Céu). Houve tanto êxito, que os finlandeses construíram uma cópia do B-239, chamado “Humuâ€. Porém, apenas um único protótipo foi finalizado. O B-239 era bem-conceituado entre os finlandeses, em parte por ser considerado fácil de voar e em parte seu pelo longo alcance. Outro fator que ajudou, é que o motor Wright tinha propensão a superaquecer e o clima frio da Finlândia colaborava com seu funcionamento, ao contrário do clima do Pacífico e Birmânia. Outro fato se deve aos mecânicos que alteraram a configuração do motor, auxiliando seu desempenho.
O B-239 continuou operacional com os finlandeses até 1948.
A empresa finlandesa Nokia doou fundos suficientes para a FAF comprar um B-239. Em troca, a palavra "NOKA" foi inscrita neste aparelho de matrícula BW-355. Operado pelo Esquadrão nº 24 e destruído em 24 de outubro de 1944. O futuro ás Paavo Mellin abateu um I-16 e compartilhou a destruição de um MiG-3 enquanto piloto desta aeronave.
A Bélgica também fez uma encomenda de 40 caças. A Brewster alterou um modelo naval e o enviou para a França para entrega à Bélgica. Porém isto se deu no momento da invasão e os alemães capturaram o modelo e o levaram para testes. Os demais foram armazenados na ilha da Martinica e posteriormente enviados para a Inglaterra.
O próximo post será sobre o modelo B-339E, objeto da presente montagem.
Sejam todos bem vindos. Um pouco de história, enquanto o kit está de banho.
O BREWSTER F2A
“O erro imperdoável cometido pelos americanos e britânicos, está perfeitamente claro na confiança depositada no antiquado caça Brewster F2A Buffalo, que os peritos americanos em aviação se vangloriavam de ser 'o mais poderoso caça do oriente', e 'um caça superior a qualquer coisa existente na força aérea japonesa'. Contra os caças Zero, sair num Buffalo era, sem exagero, cumprir missão suicida.â€
(Masatake Okmiya, oficial da 11ª Flotilha Aérea Combinada, in CAIDIN, Martin. Zero, o lobo dos ares. Rio de Janeiro: Renes, 1977, p.81)
Brewster F2A-3 em vôo de treinamento sobre a Naval Air Station Miami, Florida (USA), em 2 de agosto de 1942.
Em 1935, a Marinha dos Estados Unidos emitiu especificações para um novo caça embarcado para substituir o biplano Gruman F3F. Em 1938, o modelo XF2A-1, da Brewster Aeronautical Corporation, projetado pelo engenheiro chefe Dayton T. Brown e sua equipe, foi o vencedor. Derrotada, a Grumann retornou com o projeto do XF4F-1 para a prancheta e o redesenhou como monoplano, dando origem ao F4F-2 Wildcat.
Muito avançado para sua época, o Brewster F2A possuía estrutura e revestimento todo metálico, asa media, duas metralhadoras de 12,7 mm no nariz e trem de pouso recolhido hidraulicamente, assim como a roda da bequilha. Na época, a maioria dos caças ainda possuía trem de pouso fixo ou retrátil por ação muscular do piloto. O recolhimento hidráulico do trem de pouso do F2a foi realmente uma inovação importante para a aviação. O motor era o Wrigth Cyclone R1820-22, radial de 950 hp. No entanto, não possuia tanques autovedantes e blindagem para o piloto.
A Brewster recebeu um contrato para 54 aparelhos e os testes com o modelo de produção começaram em 1938, sendo algumas alterações solicitadas. O motor foi alterado para o Wrigth Cyclone R1820-34 de 940 hp. Duas metralhadoras .50 foram adicionadas nas asas
O modelo entrou em operação em 8 de dezembro de 1939 como F2A-1 e equipou a VF-3 do porta-aviões USS Saratoga. Alterações subsequentes resultaram no F2A-2. As duas versões eram muito apreciadas pelos pilotos da marinha, que o apelidaram de “Amendoim Especialâ€.
Alterações, incluindo o aumento da fuselagem, resultaram na última versão, o F2A-3.
Infelizmente, o maior problema do Buffalo era a Brewster, uma pequena empresa sem capacidade para a gestão de um contrato vultuoso com a Marinha e sem capacidade para implementar alterações no projeto, originando uma versão nova e não uma adaptação do modelo original.
Um dos problemas oriundos das alterações foi o aumento de peso que levou a uma sensível perda de desempenho em voo. Outro inconveniente era o colapso do trem de pouso na aterrizagem, que não suportava carga adicional.
O motor disponível para o F2A era o Wright R-1820 Cyclone, o mesmo que equipava os modelos B-17, P-36,DC-2 e DC-3, só para citar os mais famosos. Desta forma, a Brewster encontrava dificuldades no fornecimento de motores para sua linha de montagem. Para cumprir os contratados, a Brewster teve que recover a compra de motores usados e enviados para serem remanufaturação na fábrica da Wrigth.
O R-1820 também tinha propensão a superaquecer, problema esse agravado no teatro do Pacífico e Ásia e resolvido pelos finlandeses, que operavam a versão B239 e fizeram alterações simples no motor original.
Problemas administrativos levaram o Governo Federal a determinar a intervenção na Brewster e a substituir os F2a pelo novo F4F Wildcat monoplano.
Em 1946, finda a guerra, seus acionistas se reuniram e decidiram dissolver a empresa.
Por ironia, o caça concebido para servir embarcado nunca entrou em combate nesta condição, mas apenas a partir de bases terrestres. Na batalha de Midway, a serviço dos Marines, enfrentou a força japonesa de ataque a partir do atol e com as seguintes vitórias:
Vitórias creditadas aos F2a na Batalha de Midway em 4 de Junho de 1942:
- * Capt. William C. Humberd (F2A-3 MF-15) B5N2 Bomber; A6M Zero; B5N2 Bomber Dam.
* Capt. Kirk Armistead (F2A-3 MF-13) Aichi 99 DB Prob.
* 2Lt. Charles M. Kunz (F2A-2 MF-17) 2 Aichi 99 DB
* Capt. Philip R. White (F2A-3 MF-11) Aichi 99 DB; Aichi 99 DB Dam.
O então tenente John S. Thach embicou seu F2A-1 sobre o nariz no deck do USS Saratoga em março de 1940. Este problema foi mais tarde resolvido com alteração na pressão dos pneus. Na foto, o F2A apresenta a pintura no padrão "Yellow Wing".
O B-239
A Brewster produziu modelos de exportação desprovidos dos equipamentos navais: foram removidos o gancho de aterrizagem e o bote salva-vidas colocado em um compartimento cilíndrico atrás do piloto, além de outras alterações como motores aprovados para exportações e equipamentos de vôo.
O primeiro modelo a ser exportado foi o B-239 vendido a Finlândia, que recebeu 44 aparelhos utilizados com sucesso contra os Russos. O Esquadrão de Caça 24 reivindicou 477 aviões russos abatidos contra apenas 15 B-239 perdidos e o piloto Hans Wind reivindicou 39 vitórias voando o B-239. Sendo assim, o B-239 tornou-se um dos aviões mais bem sucedidos da Segunda Grande Guerra.
Na Finlândia o B-339 recebeu o apelido de “Taivaan helmi “ (Perola do Céu). Houve tanto êxito, que os finlandeses construíram uma cópia do B-239, chamado “Humuâ€. Porém, apenas um único protótipo foi finalizado. O B-239 era bem-conceituado entre os finlandeses, em parte por ser considerado fácil de voar e em parte seu pelo longo alcance. Outro fator que ajudou, é que o motor Wright tinha propensão a superaquecer e o clima frio da Finlândia colaborava com seu funcionamento, ao contrário do clima do Pacífico e Birmânia. Outro fato se deve aos mecânicos que alteraram a configuração do motor, auxiliando seu desempenho.
O B-239 continuou operacional com os finlandeses até 1948.
A empresa finlandesa Nokia doou fundos suficientes para a FAF comprar um B-239. Em troca, a palavra "NOKA" foi inscrita neste aparelho de matrícula BW-355. Operado pelo Esquadrão nº 24 e destruído em 24 de outubro de 1944. O futuro ás Paavo Mellin abateu um I-16 e compartilhou a destruição de um MiG-3 enquanto piloto desta aeronave.
A Bélgica também fez uma encomenda de 40 caças. A Brewster alterou um modelo naval e o enviou para a França para entrega à Bélgica. Porém isto se deu no momento da invasão e os alemães capturaram o modelo e o levaram para testes. Os demais foram armazenados na ilha da Martinica e posteriormente enviados para a Inglaterra.
O próximo post será sobre o modelo B-339E, objeto da presente montagem.
Editado pela última vez por Correia em 14 Mar 2016, 20:33, em um total de 1 vez.
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Review: Douglas TBD-1 Devastator Airfix 1:72 | Boeing 737-200 Revel 1:200 | Focke Wulf Fw 56 Stösser - Heller/kiko 1:72
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