FMA IA-58 Pucará - Special Hobby - 1/72
Enviado: 27 Set 2017, 21:53
Oi pessoal,
como muitos colegas aqui do fórum sabem, eu sou aficionado pelo tema da guerra das Falklands/Malvinas e esse modelo aqui já estava na minha lista há tempos.
Breve histórico:
Na metade da década de 1960 a Força Aérea Argentina emitiu uma especificação para uma nova aeronave de ataque ao solo com capacidade para suporte aéreo aproximado para o Exército. O requerimento foi assumido pela Força Aérea, que era a dona da Fábrica Militar de Aviões (FMA).
A proposta formalmente apresentada à Força Aérea em 29 de janeiro de 1968 foi a de uma aeronave bimotor, biplace com asa longa e cauda em T, que seria capaz de voar baixo e lentamente para o cumprimento da missão requerida.
Em 20 de agosto de 1969, foi realizado o primeiro voo, com o protótipo propulsado por turbinas Garret TPE-331-U303. se seguiram mais dois protótipos porém problemas com os motores americanos e algumas dificuldades nas relações internacionais entre os dois países levaram à adoção do motor francês Turbomeca Aztazou. Pouco depois, foi sugerido pela esposa de um dos pilotos de teste, 1º tenente Digier, que o avião poderia receber o nome Quechua para 'Fortaleza'. O nome Pucará foi aceito e o primeiro exemplar de produção voou pela primeira vez em 14 de novembro de 1974, na época em que um grupo de trabalho estava preparando a base onde eles operariam: Base Aérea Militar (BAM) Reconquista, na província de Santa Fé.
Quando os dois primeiros Pucarás, A-501 e A-502, chegaram na base em 27 de agosto de 1975, o país estava sofrendo infiltração de guerrilhas comunistas, principalmente a partir da vizinha Bolívia, nas áreas de fronteira ao norte. O exército argentino obteve autorização para organizar a Operação Independência para remover o problema do solo argentino. Durante a bem sucedida operação, quatro Pucarás operaram suportando o exército a partir da Escola Militar de Aviação, na província de Córdoba. A tensão com o vizinho Chile ao final de 1978 fez a Força Aérea deslocar seus Pucarás em duas bases na Patagônia: BAM Puerto Santa Cruz, na província de Santa Cruz e na BAM Fuerte General Roca, na província do Rio Negro. Para o bem de todos o bom senso prevaleceu e as aeronaves retornaram estado normal logo após o fim das tensões, mas a crise serviu para provar que ambos aeronaves e pessoal estavam consideravelmente operacionais.
Em 1982 o governo militar estava em declínio e os comandantes do Exército e da Marinha organizaram a tomada das ilhas Falklands/Malvinas com o objetivo de promover a sua imagem, nunca desconfiando que a Grã Bretanha moveria um esforço descomunal para retomar as ilhas. Não importa a razão da causa mas é muito triste que aquele conflito tenha acontecido. A Força Aérea foi forçada pelos eventos a prover o completo suporte para as operações. Após a tomada das ilhas, em 2 de abril de 1982, foi verificado que poucas aeronaves de combate teriam condições de operar de lá devido à inadequação das instalações e das pistas. Entretanto, o Pucará foi selecionado para ser uma delas devido à sua rusticidade e trem de pouso reforçado. Em época de paz, os Pucarás sempre foram deixados em acabamento de metal natural, mas as aeronaves operando no teatro de guerra foram camufladas, recebendo uma camada de marrom claro, verde claro e azul claro.
Somente três Pucarás na verdade foram derrubados em combate: Um por um míssil Stinger, um por um Sea Harrier e outro por fogo de armas leves.
Operadores estrangeiros são a força Aérea Uruguaya e a força Aérea do Sri Lankan, a última tendo combatido rebeldes Tamil e sofrido a perda de dois de seus Pucarás. A Colômbia está devolvendo os três Pucarás que foram doados pelo governo Argentino em 1989 devido à falta de material sobressalente e orçamento para manter a sua pequena força. A produção foi encerrada em outubro de 1988, atingindo 108 aeronaves e três protótipos. Umas poucas aeronaves foram entregues à força Aérea ao final de 1996, entretanto, com três aeronaves faltando por falta de verba.
Levando isto em conta, não há dúvida que o Pucará continuará na força Aérea Argentina ainda por vários anos.
Fonte: Special Hobby
O kit:
Posso dizer que não é um kit dos fáceis não. Após diversos testes, resolvi colar um lado de cada vez na base da fuselagem. Em vez de fechar o pastel, como seria mais comum.
Precisei dar essa forçada de barra para a fuselagem ficar da largura correta.
Depois disso colei uma das laterais usando JET. Fui colando com calma pra ficar certinho e depois corrigi o rebaixamento das linhas.
também abri os orifícios das metralhadoras com broca.
Em seguida iniciei a montagem do cockpit com os seus lindos photo-etcheds.
Na foto abaixo, a cartela de photo-etcheds e as peças dos painéis. Notem os filmes para o detalhamento dos mostradores.
Agora sim os filmes:
E por fim, comecei a me dedicar à s asas. Serrei os flaps para montá-los ligeiramente baixados.
Também aprofundei as linhas dos painéis.
Além disto, venho pesquisando para decidir qual aeronave representarei. Tenho aqui disponíveis 4 opções e estou preparando um documento para publicar aqui com os detalhes de cada uma.
No próximo post, contarei um pouco sobre os armamentos em resina que adquiri para valorizar o modelo, já que esse kit vem 'desarmado'.
Abraços
como muitos colegas aqui do fórum sabem, eu sou aficionado pelo tema da guerra das Falklands/Malvinas e esse modelo aqui já estava na minha lista há tempos.
Breve histórico:
Na metade da década de 1960 a Força Aérea Argentina emitiu uma especificação para uma nova aeronave de ataque ao solo com capacidade para suporte aéreo aproximado para o Exército. O requerimento foi assumido pela Força Aérea, que era a dona da Fábrica Militar de Aviões (FMA).
A proposta formalmente apresentada à Força Aérea em 29 de janeiro de 1968 foi a de uma aeronave bimotor, biplace com asa longa e cauda em T, que seria capaz de voar baixo e lentamente para o cumprimento da missão requerida.
Em 20 de agosto de 1969, foi realizado o primeiro voo, com o protótipo propulsado por turbinas Garret TPE-331-U303. se seguiram mais dois protótipos porém problemas com os motores americanos e algumas dificuldades nas relações internacionais entre os dois países levaram à adoção do motor francês Turbomeca Aztazou. Pouco depois, foi sugerido pela esposa de um dos pilotos de teste, 1º tenente Digier, que o avião poderia receber o nome Quechua para 'Fortaleza'. O nome Pucará foi aceito e o primeiro exemplar de produção voou pela primeira vez em 14 de novembro de 1974, na época em que um grupo de trabalho estava preparando a base onde eles operariam: Base Aérea Militar (BAM) Reconquista, na província de Santa Fé.
Quando os dois primeiros Pucarás, A-501 e A-502, chegaram na base em 27 de agosto de 1975, o país estava sofrendo infiltração de guerrilhas comunistas, principalmente a partir da vizinha Bolívia, nas áreas de fronteira ao norte. O exército argentino obteve autorização para organizar a Operação Independência para remover o problema do solo argentino. Durante a bem sucedida operação, quatro Pucarás operaram suportando o exército a partir da Escola Militar de Aviação, na província de Córdoba. A tensão com o vizinho Chile ao final de 1978 fez a Força Aérea deslocar seus Pucarás em duas bases na Patagônia: BAM Puerto Santa Cruz, na província de Santa Cruz e na BAM Fuerte General Roca, na província do Rio Negro. Para o bem de todos o bom senso prevaleceu e as aeronaves retornaram estado normal logo após o fim das tensões, mas a crise serviu para provar que ambos aeronaves e pessoal estavam consideravelmente operacionais.
Em 1982 o governo militar estava em declínio e os comandantes do Exército e da Marinha organizaram a tomada das ilhas Falklands/Malvinas com o objetivo de promover a sua imagem, nunca desconfiando que a Grã Bretanha moveria um esforço descomunal para retomar as ilhas. Não importa a razão da causa mas é muito triste que aquele conflito tenha acontecido. A Força Aérea foi forçada pelos eventos a prover o completo suporte para as operações. Após a tomada das ilhas, em 2 de abril de 1982, foi verificado que poucas aeronaves de combate teriam condições de operar de lá devido à inadequação das instalações e das pistas. Entretanto, o Pucará foi selecionado para ser uma delas devido à sua rusticidade e trem de pouso reforçado. Em época de paz, os Pucarás sempre foram deixados em acabamento de metal natural, mas as aeronaves operando no teatro de guerra foram camufladas, recebendo uma camada de marrom claro, verde claro e azul claro.
Somente três Pucarás na verdade foram derrubados em combate: Um por um míssil Stinger, um por um Sea Harrier e outro por fogo de armas leves.
Operadores estrangeiros são a força Aérea Uruguaya e a força Aérea do Sri Lankan, a última tendo combatido rebeldes Tamil e sofrido a perda de dois de seus Pucarás. A Colômbia está devolvendo os três Pucarás que foram doados pelo governo Argentino em 1989 devido à falta de material sobressalente e orçamento para manter a sua pequena força. A produção foi encerrada em outubro de 1988, atingindo 108 aeronaves e três protótipos. Umas poucas aeronaves foram entregues à força Aérea ao final de 1996, entretanto, com três aeronaves faltando por falta de verba.
Levando isto em conta, não há dúvida que o Pucará continuará na força Aérea Argentina ainda por vários anos.
Fonte: Special Hobby
O kit:
Posso dizer que não é um kit dos fáceis não. Após diversos testes, resolvi colar um lado de cada vez na base da fuselagem. Em vez de fechar o pastel, como seria mais comum.
Precisei dar essa forçada de barra para a fuselagem ficar da largura correta.
Depois disso colei uma das laterais usando JET. Fui colando com calma pra ficar certinho e depois corrigi o rebaixamento das linhas.
também abri os orifícios das metralhadoras com broca.
Em seguida iniciei a montagem do cockpit com os seus lindos photo-etcheds.
Na foto abaixo, a cartela de photo-etcheds e as peças dos painéis. Notem os filmes para o detalhamento dos mostradores.
Agora sim os filmes:
E por fim, comecei a me dedicar à s asas. Serrei os flaps para montá-los ligeiramente baixados.
Também aprofundei as linhas dos painéis.
Além disto, venho pesquisando para decidir qual aeronave representarei. Tenho aqui disponíveis 4 opções e estou preparando um documento para publicar aqui com os detalhes de cada uma.
No próximo post, contarei um pouco sobre os armamentos em resina que adquiri para valorizar o modelo, já que esse kit vem 'desarmado'.
Abraços