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[Na Caixa] Boulton Paul Defiant Mk.I - Airfix - 1/72
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Boulton Paul Defiant Mk.I - Airfix - 1/72
Decolagem autorizada, vamos começar.
A caixa.
As versões possíveis neste kit.
Sprues, decais e manual de instruções.
Um histórico retirado da internet.
O Boulton Paul Defiant foi um caça britânico operado pela Royal Air Force (RAF) durante a segunda guerra mundial, conhecido entre as tripulações como "Daffy".
Foi projetado e construído pela Boulton Paul Aircraft, como materialização de um conceito de caça com torre de artilharia, aplicado com sucesso na primeira guerra mundial ao caça Bristol F.2. Porém, no inicio da segunda guerra mundial, depois de ultrapassado o fator surpresa, a aeronave demonstrou ser muito vulnerável aos mais rápidos e manobráveis caças alemães. A ausência de armamento fixo de disparo frontal demonstrou ser uma grande vulnerabilidade no combate aéreo, fato que levou a que fosse convertido para caça noturno, papel que desempenhou nos primeiros anos de guerra até ser totalmente substituído pelos Bristol Beaufighter e De Haviland Mosquito, sendo a partir dessa data, convertido para instrução, busca e salvamento e guerra eletrônica.
HISTÓRIA
O conceito de um caça com torre de artilharia, emergiu de novo em 1935 quando a RAF começava a antecipar a necessidade de defender a Grã-Bretanha de formações massivas de bombardeiros inimigos sem escolta.
Os avanços da construção aeronáutica durante as duas décadas anteriores, resultara no surgimento de bombardeiros de dois ou quatro motores, armados com torres defensivas quase tão rápidos quanto os caças monomotores contemporâneos. A RAF acreditava que bombardeiros como os Vicker Wellington reuniam condições para realizar incursões em território inimigo sem escolta e que a Luftwaffe dispunha de meios equivalentes para fazer o mesmo. Teoricamente, um caça com uma torre de artilharia seria o ideal para atacar as formações de bombardeiros aproximando-se por baixo ou pelos lados, ao mesmo tempo que o facto da aeronave possuir artilheiro, permitia ao piloto concentrar-se em colocar a aeronave na melhor posição de ataque.
O Hawker Demon, do qual a Bulton construíra 59 aeronaves sob licença na primeira metade da década de 1930, fora a ultima experiencia do conceito. Fundamentado nestas ideias, em 1935 o Ministério do Ar Britânico emite a Especificação F.9/35, para um caça diurno com torre de artilharia capaz de voar a 470 Km/h e atingir uma altitude de 4700 metros. A Bulton Paul, que detinha uma experiência anterior considerável, com torres de artilharia em aeronaves, pela construção do bombardeiro Overstrand, submeteu o projeto P.82, que concorreu diretamente com o Hawker Hotspur, e outros apresentados pela Armstrong Whitworth e Fairey. O Ministério do ar solicitou a construção de protótipos a cada concorrente para testar os projetos apresentados, porém apenas seriam construídos os da Hawker e da Bulton Paul. A Hawker construiu o Hotspur, que voou pela primeira vez em 24 de Junho de 1938, quase um ano depois do protótipo da Boulton Paul. Porém a aeronave da Hawker mostrou ser significativamente mais leve e mais rápida do que o P.82, tornando-se a preferida pelo Ministério do Ar. No entanto os atrasos da Hawker, cujos esforços estavam concentrados no Hurricane, tinham levado o Ministério do Ar a emitir ainda em 1937 uma ordem de produção para o P.82 e por isso a produção do Hotspur, não chegaria a ser iniciada.
O primeiro protótipo do P. 82 (K8310) lançado em 1937, ainda sem a torre, era muito semelhante ao Hawker Hurricane, embora fosse 680 kg mais pesado, tinha aproximadamente as mesmas dimensões e com o radiador também colocado centralmente por baixo da fuselagem. Porém ao contrário do Hurricane, parcialmente construído em madeira, era totalmente construído em metal e de construção monocoque. Era propulsionado por um motor Rolls-Royce Merlin I de 1030 cv, e realizou o primeiro voo em 11 de agosto de 1937 (um ano antes do seu direto concorrente Hotspur). O segundo protótipo (K8620), seria já equipado com a torre de artilharia, mastros telescópicos para o rádio, modificações na canópia e adição de placas de carenagem no trem de aterragem. A característica central do P.82 era a torre de artilharia, baseada num projeto da empresa francesa S.A.M.M. (Societe d'Application des Machines Motrices), licenciado pela Boulton Paul para uso no bombardeiro Overstrand e caça naval Blackburn B-25 Roc, movida electro hidraulicamente, com um backup mecânico operado por manivela, equipada com quatro metralhadoras Browning de 7.7 mm, e instalada numa carenagem aerodinâmica na fuselagem, destinada a reduzir o arrasto. A rotação da torre era livre, limitada apenas para a impedir as armas de disparar contra a hélice e empenagem. O artilheiro podia inclusive apontar as armas para a frente, duas de cada lado da carlinga e coloca-las sob controlo do piloto, porém a elevação mínima de 19 graus da torre e ausência de uma mira para o piloto fez com que esta possibilidade raramente fosse usada. O artilheiro entrava e saia da torre por uma escotilha na traseira, e como não havia espaço na torre para poder usar um paraquedas convencional de mochila foi-lhes fornecido um fato especial com o paraquedas incorporado que foi apelidado de "rhino suit".
Durante os testes de aceitação com o segundo protótipo, o P.82 Defiant alcançou uma velocidade máxima de 486 km/h e posteriormente foi declarado vencedor do concurso. Como a capacidade da Boulton estava em grande parte ocupada com a produção da torre de artilharia do Blackburn B.25 Roc, a produção do Defiant foi tardiamente iniciada, ao ponto de quando teve inicio a Segunda Guerra Mundial apenas três aeronaves tinham sido entregues a RAF. A primeira versão de produção, o Defiant Mk I, era motorizado com um Rolls Royce Merlin III, de 1030 ou 1160 cavalos tendo sido construídas 723 aeronaves. Algumas destas aeronaves seriam posteriormente convertidas em caças noturnos (Defiant NF Mk I), alguns dos quais equipados com radar de interceção aérea AIMk.IV (Defiant NF Mk IA).
Na segunda metade de 1940, foi apresentado o Defiant NF Mk II, equipado com um motor de 1280 cavalos Rolls Royce Merlin XX, com um pequeno aumento da capacidade de combustível, um leme ligeiramente maior e equipado com um radar de interceção aérea AI Mk. IV. O peso à decolagem aumentou de 3773 kg para 3821 kg, mas o desempenho melhorou apenas marginalmente. A entrega da primeira das 210 unidades encomendadas ocorreu em Fevereiro de 1941, e a ultima foi entregue onze meses depois. Porém em meados de 1942 o Defiant já estava a ser substituído na função de caça noturno por caças bimotores como o Bristol Beaufighter e De Havilland Mosquito. Continuaria a operar como caça noturno até 1943, mas a partir dessa data as unidades ainda operacionais foram convertidas para instrução e treino de pilotos e artilheiros (Defiant TT) ou para missões de busca e salvamento no mar (Defiant ASR), para o que transportavam botes casulos sob as asas.
Os últimos 140 Defiant que saíram da linha de produção (Defiant TT Mk III), já não foram equipados com torre de artilharia. No seu lugar fora colocado o posto de um operador de guincho cuja função era comandar o reboque de alvos, função para a qual estas aeronaves tinham sido convertidas. Um catavento instalado a estibordo fornecia ao operador informação sobre a velocidade e direção do vento.
No total a produção do Boulton Paul Defiant ascendeu a 1073 unidades.
Em outubro de 1939 o 264º esquadrão da RAF foi refundado em RAF Sutton Bridge para iniciar o treino de tripulações e desenvolvimento de táticas a utilizar com o Defiant. As primeiras aeronaves, no entanto, só foram recebidas no início de dezembro. Em fevereiro de 1940 seria iniciado o treino para missões noturnas, testando as táticas contra bombardeiros médios Handley Page Hampden e Bristol Blenheim. Entretanto o 141º Esquadrão da RAF começara também a ser equipado com o Defiant. Na primeira missão de combate a 12 de maio de 1940, os Defiant voaram em conjunto com seis Spitfire reclamando ter abatido um Junkers Ju 88 sobre a Holanda. Porém no dia seguinte, após terem abatido quatro Junkers Ju 87 Stuka, foram atacados por Bf’s 109, que abateram seis Defiant em ataque frontal, que os Spitfire de escolta foram incapazes de prevenir.
Durante a evacuação da força expedicionária britânica de Dunquerque, o 264º esquadrão encontrava-se baseado Manston participando na operação. Inicialmente, os Defiant foram bem sucedidos contra os aviões inimigos (a 29 de maio, quando o 264º Esquadrão alegou ter abatido 37 aeronaves inimigas principalmente bombardeiros de mergulho Junkers Ju 87 Stuka), incluindo caças que inicialmente confundiram o Defiant com o Hurricane sem perceberem antes de ser tarde demais a capacidade da aeronave de disparar para a retaguarda. Apercebendo-se do erro a Luftwaffe rapidamente adaptou diferentes táticas contra o Defiant atacando-o por baixo e pela frente, por onde era vulnerável, valendo-se da superior capacidade de manobra e velocidade dos caças alemães. O 264º esquadrão adaptou novas táticas para contrariar as manobras alemãs, sacrificado por exemplo a altitude para evitar o ataque por baixo, mas tinha-se tornado claro que o conceito de um caça armado com torre de artilharia era demasiado vulnerável ao caças convencionais mais rápidos e manobráveis.
Consequentemente, logo após o inicio da Batalha da Inglaterra, os Defiant foram adaptados para missões noturnas, nas quais obtiveram um relativo sucesso. Como caça noturno, os Defiant tipicamente atacavam os bombardeiros por baixo, numa manobra semelhante aos métodos alemães Schräge Musik, adotados mais tarde.
Durante o inverno, Blitz em Londres de 1940-41, o Defiant equipava quatro esquadrões de caças noturnos, que foram responsáveis pelo abate de mais aeronaves inimigas do que qualquer outro tipo de aeronave nas mesmas funções. Apesar do falhanço da aeronave nas operações diurnas o conceito de caça de torre não foi imediatamente descartado ao ponto de ter sido estudada a instalação de torres de artilharia nos caças pesados Beaufighter e Mosquito, julgando que estas permitiriam aumentar a sua eficácia. Porém, o efeito da instalação desse armamento no desempenho das aeronaves conduziria ao abandono da ideia.
Até 1943 o Defiant fora substituído na função de caça noturno pelos caças pesados bimotores Beaufighter e Mosquito, e remetido para funções de instrução e treino de artilheiros, brevemente em missões de busca e salvamento e como rebocador de alvos ao serviço do British Commonwealth Air Training Plan, no Canadá.
Os Defiant do 515º Esquadrão foram equipados com o primeiro sistema de contramedidas electrónicas designado por Moonshine, e destinado a contrariar o radar de aviso aéreo antevipado alemão Freya. O sistema retransmintia sinais para os radares simulando grandes formações de aviões. Como cada transmissor "Moonshine" só cobria parte da frequência do Freya, era necessária uma formação de oito Defiant, dando a aparência de mais de 100 aeronaves. Porém, o sistema exigia um voo em formação e por isso apenas podia ser usado durante o dia. Foi utilizado pela primeira vez em 6 de Agosto de 1942, continuando a ser usado principalmente em alvos costeiros, permitindo enganar as defesas alemãs concentrando-as em locais afastados do verdadeiro alvo.
Um segundo sistema de contramedidas, designado por Mandrel, seria operado pelo 515º esquadrão a partir de Dezembro de 1942 até a primavera de 1943, mas a partir dessa data as operações foram entregues aos Bristol Beaufighter com maior raio de combate e maior capacidade para transportar equipamento electrónico.
A última utilização operacional do Defiant foi na Ãndia, onde uma versão topicalizada foi usada como rebocador de alvos até 1947.
O único Boulton Paul Defiant completo que sobrevive hoje é um Mk. I (N1671), que se encontra em exposição estática como um caça noturno no Museu da Royal Air Force em Hendon, Londres. Foi um dos quatro Defiant utilizados pelo 307º esquadrão de pilotos polacos ao serviço da RAF, sediados em Kirton, Lindsey, Lincolnshire, Inglaterra, em 1940, posteriormente armazenado como um avião histórico e entregue ao museu em 1971.
Fontes:
Wikipedia.org
Airwar.ru
http://asasdeferro.blogspot.com.br/2016 ... fiant.html
Nova atualização ainda hoje.
Té mais!
A caixa.
As versões possíveis neste kit.
Sprues, decais e manual de instruções.
Um histórico retirado da internet.
O Boulton Paul Defiant foi um caça britânico operado pela Royal Air Force (RAF) durante a segunda guerra mundial, conhecido entre as tripulações como "Daffy".
Foi projetado e construído pela Boulton Paul Aircraft, como materialização de um conceito de caça com torre de artilharia, aplicado com sucesso na primeira guerra mundial ao caça Bristol F.2. Porém, no inicio da segunda guerra mundial, depois de ultrapassado o fator surpresa, a aeronave demonstrou ser muito vulnerável aos mais rápidos e manobráveis caças alemães. A ausência de armamento fixo de disparo frontal demonstrou ser uma grande vulnerabilidade no combate aéreo, fato que levou a que fosse convertido para caça noturno, papel que desempenhou nos primeiros anos de guerra até ser totalmente substituído pelos Bristol Beaufighter e De Haviland Mosquito, sendo a partir dessa data, convertido para instrução, busca e salvamento e guerra eletrônica.
HISTÓRIA
O conceito de um caça com torre de artilharia, emergiu de novo em 1935 quando a RAF começava a antecipar a necessidade de defender a Grã-Bretanha de formações massivas de bombardeiros inimigos sem escolta.
Os avanços da construção aeronáutica durante as duas décadas anteriores, resultara no surgimento de bombardeiros de dois ou quatro motores, armados com torres defensivas quase tão rápidos quanto os caças monomotores contemporâneos. A RAF acreditava que bombardeiros como os Vicker Wellington reuniam condições para realizar incursões em território inimigo sem escolta e que a Luftwaffe dispunha de meios equivalentes para fazer o mesmo. Teoricamente, um caça com uma torre de artilharia seria o ideal para atacar as formações de bombardeiros aproximando-se por baixo ou pelos lados, ao mesmo tempo que o facto da aeronave possuir artilheiro, permitia ao piloto concentrar-se em colocar a aeronave na melhor posição de ataque.
O Hawker Demon, do qual a Bulton construíra 59 aeronaves sob licença na primeira metade da década de 1930, fora a ultima experiencia do conceito. Fundamentado nestas ideias, em 1935 o Ministério do Ar Britânico emite a Especificação F.9/35, para um caça diurno com torre de artilharia capaz de voar a 470 Km/h e atingir uma altitude de 4700 metros. A Bulton Paul, que detinha uma experiência anterior considerável, com torres de artilharia em aeronaves, pela construção do bombardeiro Overstrand, submeteu o projeto P.82, que concorreu diretamente com o Hawker Hotspur, e outros apresentados pela Armstrong Whitworth e Fairey. O Ministério do ar solicitou a construção de protótipos a cada concorrente para testar os projetos apresentados, porém apenas seriam construídos os da Hawker e da Bulton Paul. A Hawker construiu o Hotspur, que voou pela primeira vez em 24 de Junho de 1938, quase um ano depois do protótipo da Boulton Paul. Porém a aeronave da Hawker mostrou ser significativamente mais leve e mais rápida do que o P.82, tornando-se a preferida pelo Ministério do Ar. No entanto os atrasos da Hawker, cujos esforços estavam concentrados no Hurricane, tinham levado o Ministério do Ar a emitir ainda em 1937 uma ordem de produção para o P.82 e por isso a produção do Hotspur, não chegaria a ser iniciada.
O primeiro protótipo do P. 82 (K8310) lançado em 1937, ainda sem a torre, era muito semelhante ao Hawker Hurricane, embora fosse 680 kg mais pesado, tinha aproximadamente as mesmas dimensões e com o radiador também colocado centralmente por baixo da fuselagem. Porém ao contrário do Hurricane, parcialmente construído em madeira, era totalmente construído em metal e de construção monocoque. Era propulsionado por um motor Rolls-Royce Merlin I de 1030 cv, e realizou o primeiro voo em 11 de agosto de 1937 (um ano antes do seu direto concorrente Hotspur). O segundo protótipo (K8620), seria já equipado com a torre de artilharia, mastros telescópicos para o rádio, modificações na canópia e adição de placas de carenagem no trem de aterragem. A característica central do P.82 era a torre de artilharia, baseada num projeto da empresa francesa S.A.M.M. (Societe d'Application des Machines Motrices), licenciado pela Boulton Paul para uso no bombardeiro Overstrand e caça naval Blackburn B-25 Roc, movida electro hidraulicamente, com um backup mecânico operado por manivela, equipada com quatro metralhadoras Browning de 7.7 mm, e instalada numa carenagem aerodinâmica na fuselagem, destinada a reduzir o arrasto. A rotação da torre era livre, limitada apenas para a impedir as armas de disparar contra a hélice e empenagem. O artilheiro podia inclusive apontar as armas para a frente, duas de cada lado da carlinga e coloca-las sob controlo do piloto, porém a elevação mínima de 19 graus da torre e ausência de uma mira para o piloto fez com que esta possibilidade raramente fosse usada. O artilheiro entrava e saia da torre por uma escotilha na traseira, e como não havia espaço na torre para poder usar um paraquedas convencional de mochila foi-lhes fornecido um fato especial com o paraquedas incorporado que foi apelidado de "rhino suit".
Durante os testes de aceitação com o segundo protótipo, o P.82 Defiant alcançou uma velocidade máxima de 486 km/h e posteriormente foi declarado vencedor do concurso. Como a capacidade da Boulton estava em grande parte ocupada com a produção da torre de artilharia do Blackburn B.25 Roc, a produção do Defiant foi tardiamente iniciada, ao ponto de quando teve inicio a Segunda Guerra Mundial apenas três aeronaves tinham sido entregues a RAF. A primeira versão de produção, o Defiant Mk I, era motorizado com um Rolls Royce Merlin III, de 1030 ou 1160 cavalos tendo sido construídas 723 aeronaves. Algumas destas aeronaves seriam posteriormente convertidas em caças noturnos (Defiant NF Mk I), alguns dos quais equipados com radar de interceção aérea AIMk.IV (Defiant NF Mk IA).
Na segunda metade de 1940, foi apresentado o Defiant NF Mk II, equipado com um motor de 1280 cavalos Rolls Royce Merlin XX, com um pequeno aumento da capacidade de combustível, um leme ligeiramente maior e equipado com um radar de interceção aérea AI Mk. IV. O peso à decolagem aumentou de 3773 kg para 3821 kg, mas o desempenho melhorou apenas marginalmente. A entrega da primeira das 210 unidades encomendadas ocorreu em Fevereiro de 1941, e a ultima foi entregue onze meses depois. Porém em meados de 1942 o Defiant já estava a ser substituído na função de caça noturno por caças bimotores como o Bristol Beaufighter e De Havilland Mosquito. Continuaria a operar como caça noturno até 1943, mas a partir dessa data as unidades ainda operacionais foram convertidas para instrução e treino de pilotos e artilheiros (Defiant TT) ou para missões de busca e salvamento no mar (Defiant ASR), para o que transportavam botes casulos sob as asas.
Os últimos 140 Defiant que saíram da linha de produção (Defiant TT Mk III), já não foram equipados com torre de artilharia. No seu lugar fora colocado o posto de um operador de guincho cuja função era comandar o reboque de alvos, função para a qual estas aeronaves tinham sido convertidas. Um catavento instalado a estibordo fornecia ao operador informação sobre a velocidade e direção do vento.
No total a produção do Boulton Paul Defiant ascendeu a 1073 unidades.
Em outubro de 1939 o 264º esquadrão da RAF foi refundado em RAF Sutton Bridge para iniciar o treino de tripulações e desenvolvimento de táticas a utilizar com o Defiant. As primeiras aeronaves, no entanto, só foram recebidas no início de dezembro. Em fevereiro de 1940 seria iniciado o treino para missões noturnas, testando as táticas contra bombardeiros médios Handley Page Hampden e Bristol Blenheim. Entretanto o 141º Esquadrão da RAF começara também a ser equipado com o Defiant. Na primeira missão de combate a 12 de maio de 1940, os Defiant voaram em conjunto com seis Spitfire reclamando ter abatido um Junkers Ju 88 sobre a Holanda. Porém no dia seguinte, após terem abatido quatro Junkers Ju 87 Stuka, foram atacados por Bf’s 109, que abateram seis Defiant em ataque frontal, que os Spitfire de escolta foram incapazes de prevenir.
Durante a evacuação da força expedicionária britânica de Dunquerque, o 264º esquadrão encontrava-se baseado Manston participando na operação. Inicialmente, os Defiant foram bem sucedidos contra os aviões inimigos (a 29 de maio, quando o 264º Esquadrão alegou ter abatido 37 aeronaves inimigas principalmente bombardeiros de mergulho Junkers Ju 87 Stuka), incluindo caças que inicialmente confundiram o Defiant com o Hurricane sem perceberem antes de ser tarde demais a capacidade da aeronave de disparar para a retaguarda. Apercebendo-se do erro a Luftwaffe rapidamente adaptou diferentes táticas contra o Defiant atacando-o por baixo e pela frente, por onde era vulnerável, valendo-se da superior capacidade de manobra e velocidade dos caças alemães. O 264º esquadrão adaptou novas táticas para contrariar as manobras alemãs, sacrificado por exemplo a altitude para evitar o ataque por baixo, mas tinha-se tornado claro que o conceito de um caça armado com torre de artilharia era demasiado vulnerável ao caças convencionais mais rápidos e manobráveis.
Consequentemente, logo após o inicio da Batalha da Inglaterra, os Defiant foram adaptados para missões noturnas, nas quais obtiveram um relativo sucesso. Como caça noturno, os Defiant tipicamente atacavam os bombardeiros por baixo, numa manobra semelhante aos métodos alemães Schräge Musik, adotados mais tarde.
Durante o inverno, Blitz em Londres de 1940-41, o Defiant equipava quatro esquadrões de caças noturnos, que foram responsáveis pelo abate de mais aeronaves inimigas do que qualquer outro tipo de aeronave nas mesmas funções. Apesar do falhanço da aeronave nas operações diurnas o conceito de caça de torre não foi imediatamente descartado ao ponto de ter sido estudada a instalação de torres de artilharia nos caças pesados Beaufighter e Mosquito, julgando que estas permitiriam aumentar a sua eficácia. Porém, o efeito da instalação desse armamento no desempenho das aeronaves conduziria ao abandono da ideia.
Até 1943 o Defiant fora substituído na função de caça noturno pelos caças pesados bimotores Beaufighter e Mosquito, e remetido para funções de instrução e treino de artilheiros, brevemente em missões de busca e salvamento e como rebocador de alvos ao serviço do British Commonwealth Air Training Plan, no Canadá.
Os Defiant do 515º Esquadrão foram equipados com o primeiro sistema de contramedidas electrónicas designado por Moonshine, e destinado a contrariar o radar de aviso aéreo antevipado alemão Freya. O sistema retransmintia sinais para os radares simulando grandes formações de aviões. Como cada transmissor "Moonshine" só cobria parte da frequência do Freya, era necessária uma formação de oito Defiant, dando a aparência de mais de 100 aeronaves. Porém, o sistema exigia um voo em formação e por isso apenas podia ser usado durante o dia. Foi utilizado pela primeira vez em 6 de Agosto de 1942, continuando a ser usado principalmente em alvos costeiros, permitindo enganar as defesas alemãs concentrando-as em locais afastados do verdadeiro alvo.
Um segundo sistema de contramedidas, designado por Mandrel, seria operado pelo 515º esquadrão a partir de Dezembro de 1942 até a primavera de 1943, mas a partir dessa data as operações foram entregues aos Bristol Beaufighter com maior raio de combate e maior capacidade para transportar equipamento electrónico.
A última utilização operacional do Defiant foi na Ãndia, onde uma versão topicalizada foi usada como rebocador de alvos até 1947.
O único Boulton Paul Defiant completo que sobrevive hoje é um Mk. I (N1671), que se encontra em exposição estática como um caça noturno no Museu da Royal Air Force em Hendon, Londres. Foi um dos quatro Defiant utilizados pelo 307º esquadrão de pilotos polacos ao serviço da RAF, sediados em Kirton, Lindsey, Lincolnshire, Inglaterra, em 1940, posteriormente armazenado como um avião histórico e entregue ao museu em 1971.
Fontes:
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Re: Boulton Paul Defiant Mk.I - Airfix - 1/72
Acompanhando com interesse, pois tenho esse mesmo kit e devo fazer a versão de caça noturna!
Abçs
André
NA BANCADA
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Re: Boulton Paul Defiant Mk.I - Airfix - 1/72
Obrigado André.Andre L B Ferro escreveu:Acompanhando com interesse, pois tenho esse mesmo kit e devo fazer a versão de caça noturna!
Primeiras peças separadas, pintadas e já montei o cockpit. Utilizei o interior green da Vallejo Model Air.
Acho que não vou utilizar o piloto e o artilheiro.
Tô gostando muito desse kit da Airfix, peças sem rebarbas e plástico de ótima qualidade. O único porém, é a falta de detalhes do painel e das laterais do cockpit.
Os encaixes também são muito bons, só utilizei um pouco de massa prá esconder as linhas de junção das metades da fuselagem.
Tô pensando sériamente em adquirir outro desse prá fazer a versão noturna também!
colagem dos porões do trem de pouso e pintura com alumínio da Acrilex.
Colei também as asas.
Mascarei os porões, o cockpit e mandei primer também da Acrilex.
Próxima etapa, começo da pintura!
- Hary
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Re: Boulton Paul Defiant Mk.I - Airfix - 1/72
Po....se não sou rápido, perco a montagem!!!!
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- zelaorainmaker
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Re: Boulton Paul Defiant Mk.I - Airfix - 1/72
Muito legal!!!
Esse avião está minha lista tb!!!
De olho aqui
Abraço
Esse avião está minha lista tb!!!
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Abraço
- leaopersico
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Re: Boulton Paul Defiant Mk.I - Airfix - 1/72
Chegando pra acompanhar!
Gostei muito da versão com pintura preta!
Gostei muito da versão com pintura preta!
Sempre aprendendo...
- Marcos Costa
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Re: Boulton Paul Defiant Mk.I - Airfix - 1/72
Chega mais aí, Hary!Hary escreveu:Po....se não sou rápido, perco a montagem!!!!
Gostei muito desse kit Airfix!zelaorainmaker escreveu:
Muito legal!!!
Esse avião está minha lista tb!!!
De olho aqui
Abraço
Então Lenílson, vou comprar outro desse prá fazer o caça noturno também!leaopersico escreveu:
Chegando pra acompanhar!
Gostei muito da versão com pintura preta!
Obrigado Bruno!Coelho escreveu:
Excelente introdução sobre o modelo!
Acompanhando!
À vontade Emerson, chega mais!merso escreveu:
Opa estou aqui para acompanhar também.
Pintei o intradorso com a cor sugerida pelo manual, que é Beige Green (Humbrol 90 ou Tamiya XF 21), só que fiz com Acrilex, usando o Alquimia.
Depois de seco, mascarei prá pintar a parte superior de Dark Earth também com Acrilex e mistura feita no Alquimia.
Só que não achei muito legal não...
Não parece ser o tom correto...
Peças dos trens de pouso, hélice e rodas pintadas, ainda falta dar uns retoques.
Por enquanto é isso, forte abraço!
- leaopersico
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Re: Boulton Paul Defiant Mk.I - Airfix - 1/72
A pintura ficou ótima!
o tom pode ter ficado diferente, mas achei próximo e bonito!
o tom pode ter ficado diferente, mas achei próximo e bonito!
Sempre aprendendo...