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[Empoeirado] Spitfire MkXIVc - Academy - 1/48
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Spitfire MkXIVc - Academy - 1/48
Conforme prometido, estou abrindo o tópico dedicado à montagem de meu primeiro kit neste GT, dedicado ao belo Supermarine Spitifire. O kit que montarei é da sul-coreana Academy, na escala 1/48, representando a variante MkXIVc do Spitfire.
Primeiro, um pouco de história...
O desenho a lápis do artista tcheco Pavel Rampír retrata um elemento de caça supermarine Spitfire MkXIV do No. 350 (Belga) Squadron voando sobre a Holanda.
Um alinhamento de Spitfires MkXIV da RAF, em um aeródromo inglês durante a WWII.
O Supermarine Spitfire foi o avião de caça britânico mais famoso da Segunda Guerra Mundial e o único caça aliado que operou durante todo o conflito.
Projetado em 1936 por Sir Reginald Mitchell (criador, na década de 1920, do também famoso Supermarine S6), entrou em serviço em agosto de 1938, na versão Mk I. Seu nome do inglês spit (cuspir) e fire (fogo), pode ser traduzido como "cuspidor de fogo" e designa uma pessoa (especialmente mulher) de temperamento explosivo.
A fama deste caça firmou-se na Batalha da Inglaterra, em combate contra o Messerschmitt Bf 109, a partir da Blitz sobre as cidades britânicas. Embora no computo final da batalha se verifique que foram abatidos mais caças britânicos do que alemães, as perdas de bombardeiros impostas pela Royal Air Force à Luftwaffe, através dos caças Hawker Hurricane escoltados pelos Spitfires, frustrou os planos de Adolf Hitler de obrigar a Grã-Bretanha a assinar a paz segundo os seus termos.
Segundo o então primeiro ministro brtânico, "os alemães perderam a Batalha da Inglaterra porque não sabiam que haviam ganho, e nós ganhamos porque não sabíamos que havíamos perdido". As palavras de Winston Churchill falam por si: o 109 ganhara esta primeira batalha. Embora o número de aviões abatidos alemães tenha sido maior que o dos britânicos, a metade foi de bombardeiros, enquanto a perda dos ingleses foi quase que inteiramente de caças (a grande maioria Hurricanes). Um mal que assolava o Messerschmitt (também presente no rival) era que seu alcance só lhe permitia operar por quinze minutos no sul da Inglaterra, enquanto o Spit operava praticamente sobre suas bases.
Deve-se notar que, no começo do projeto de seu Spitfire, Ferdinand Mitchel havia conhecido o protótipo do então Bf-109v-1. Não que eu queira dizer que Mitchel tivesse copiado o projeto alemão, mas os dois aparelhos possuem uma boa semelhança em alguns aspectos. Senão vejamos: trens de pouso colocados bem próximos da fuselagem, que se retraiam em direção das pontas das asas, radiadores sob as asas (o 109 as ganhou apenas com o advento do motor Daimler-Benz DB-600, em 38, depois, portanto, do Spit), parte posterior da fuselagem alta (no meio da guerra, o Spit viria a ganhar o canopy em forma de bolha, para isso rebaixando a parte posterior da fuselagem, após o cockpit), motor em linha, bequilha fixa, entre outras características. Até os motores, que no caso do Spit era o Rolls-Royce Merlim, duelaram durante toda a guerra para ver quem apresentava mais potência.
Um Spitfire (Ã direita) perseguindo uma bomba voadora V-1 (menor, Ã esquerda) e tentando desviá-la da rota com a ponta da sua asa.
No final de 1941, quando os nazistas já estavam focados no seu principal objetivo, a invasão da então União Soviética, foi introduzido um caça que superava o Spitfire em performance: o alemão Focke-Wulf Fw 190. Por esta época o Spitfire mk. V começou a ser produzido sob licença tanto nos Estados Unidos quanto na União Soviética. No segundo trimestre de 1942, em combates aéreos sobre Papua-Nova Guiné e o norte da Austrália, constatou-se que este caça também estava superado pelo Mitsubishi A6M Zero japonês. A resposta da RAF foi o desenvolvimento versões mais potentes e consequentemente mais pesadas, depois do Spitfire Mk. V, foi produzido em grande escala o Spitifire Mk IX.4
Ao longo de 1943 e no início de 1944, foi gradualmente superado e substituído por outras aeronaves de caça (tanto para interceptação, como para escolta) que tinham maior autonomia de voo, como o americano Republic P-47 Thunderbolt, o russo Yakovlev Yak-3 e o anglo-americano P-51 Mustang, entre outros. Em operações de ataque ar-terra, tanto pelo já citado P-47 quanto pelo seu conterrâneo Hawker Tempest, isso devido a mudança do curso da guerra que exigia dos caças maior raio de ação.5 Embora, ultrapassado pelos modelos citados, a exemplo de seu rival da Batalha da Inglaterra, o alemão Bf 109, continuou a ser utilizado até o final do conflito.6
Ao todo, foram construídas 20.351 unidades, em mais de quarenta versões,7 que podem ser divididas em três grandes categorias:
- equipados com motor Merlin;
- equipados com motor Griffon;
- versão naval (Seafire).
Entre as versões mais conhecidas, destacam-se:
Mk I PR, de 1939, primeiro Spitfire de reconhecimento aéreo;
Mk V, de 1941, a mais usada;
Mk XII, de 1943, a primeira equipada com motores Griffon;
Mk XVI, de 1943, para ataque ao solo;
Mk XIX, de 1944, de reconhecimento fotográfico e a mais veloz das versões desarmadas.
Além da Royal Air Force, foi utilizado também como avião de caça pela forças aéreas da França, África do Sul, Bélgica, Canadá e Portugal.
Me-109 K vs Spitfire Mk. XIV (1944): aqui os dois velhos caças alcançaram o auge de seu desenvolvimento. Enquanto a RAF começava a receber seus Hawker Tempest, e a Luftwaffe aperfeiçoando os Fw-190D, os caças que eram os melhores aparelhos do começo da guerra começavam a ser substituídos. Isso gerou uma resposta da Vickers Supermarine e da Messerschmitt AG, fazendo um grande esforço de desenvolvimento, gerando então os caças de melhor desempenho da guerra, o Spit XIV e o Me-109K. Embora o P-47N, P-51H, e o Ta-152 tenham velocidades bem maiores, eles só entraram em ação por um curto espaço de tempo, já no final da guerra na Europa, tanto que os caças americanos só operaram no Pacífico. Assim, entre os caças que realmente passaram a combater pela superioridade no ar, nada se comparava a esses dois aviões.
Com a disponibilidade do motor Grifon, de 2.035 hp, os primeiros meses de 44 viram o Spitfire MkXIV se tornar o mais veloz caça do mundo, com uma velocidade máxima de 720 Km/h. Isso representava 30 Km/h a mais do que o Fw 190D-9, e ainda subia mais rápido do que qualquer caça anterior. A visibilidade deu um grande salto com uma capota em forma de bolha, adotada em alguns exemplares da série. Porém, nem tudo eram flores, o peso vazio passara a ser de 2.900 Kg, as suas curvas fechadas não eram mais as mesmas. Mesmo assim nenhum caça alemão com um desempenho comparável o superava nesse quesito. A resposta alemã só aparecera em outubro daquele ano, o 109 K retomava a dianteira na corrida pela velocidade e razão de subida. Uma nova versão da série DB600, o DB605ASCM (ou o DB605ADCM), de 2.000 cv, davam ao 109K-4 uma velocidade máxima de 723 Km/h (algumas literaturas afirmam 729), e uma razão de subida de 1.470 m/min.
O característico "bulbo" nas laterais superiores do Cowling do motor, típico das versões IX e XIV do Spitfire.
Ao longo da semana postarei os primeiros capítulos desta montagem...
Primeiro, um pouco de história...
O desenho a lápis do artista tcheco Pavel Rampír retrata um elemento de caça supermarine Spitfire MkXIV do No. 350 (Belga) Squadron voando sobre a Holanda.
Um alinhamento de Spitfires MkXIV da RAF, em um aeródromo inglês durante a WWII.
O Supermarine Spitfire foi o avião de caça britânico mais famoso da Segunda Guerra Mundial e o único caça aliado que operou durante todo o conflito.
Projetado em 1936 por Sir Reginald Mitchell (criador, na década de 1920, do também famoso Supermarine S6), entrou em serviço em agosto de 1938, na versão Mk I. Seu nome do inglês spit (cuspir) e fire (fogo), pode ser traduzido como "cuspidor de fogo" e designa uma pessoa (especialmente mulher) de temperamento explosivo.
A fama deste caça firmou-se na Batalha da Inglaterra, em combate contra o Messerschmitt Bf 109, a partir da Blitz sobre as cidades britânicas. Embora no computo final da batalha se verifique que foram abatidos mais caças britânicos do que alemães, as perdas de bombardeiros impostas pela Royal Air Force à Luftwaffe, através dos caças Hawker Hurricane escoltados pelos Spitfires, frustrou os planos de Adolf Hitler de obrigar a Grã-Bretanha a assinar a paz segundo os seus termos.
Segundo o então primeiro ministro brtânico, "os alemães perderam a Batalha da Inglaterra porque não sabiam que haviam ganho, e nós ganhamos porque não sabíamos que havíamos perdido". As palavras de Winston Churchill falam por si: o 109 ganhara esta primeira batalha. Embora o número de aviões abatidos alemães tenha sido maior que o dos britânicos, a metade foi de bombardeiros, enquanto a perda dos ingleses foi quase que inteiramente de caças (a grande maioria Hurricanes). Um mal que assolava o Messerschmitt (também presente no rival) era que seu alcance só lhe permitia operar por quinze minutos no sul da Inglaterra, enquanto o Spit operava praticamente sobre suas bases.
Deve-se notar que, no começo do projeto de seu Spitfire, Ferdinand Mitchel havia conhecido o protótipo do então Bf-109v-1. Não que eu queira dizer que Mitchel tivesse copiado o projeto alemão, mas os dois aparelhos possuem uma boa semelhança em alguns aspectos. Senão vejamos: trens de pouso colocados bem próximos da fuselagem, que se retraiam em direção das pontas das asas, radiadores sob as asas (o 109 as ganhou apenas com o advento do motor Daimler-Benz DB-600, em 38, depois, portanto, do Spit), parte posterior da fuselagem alta (no meio da guerra, o Spit viria a ganhar o canopy em forma de bolha, para isso rebaixando a parte posterior da fuselagem, após o cockpit), motor em linha, bequilha fixa, entre outras características. Até os motores, que no caso do Spit era o Rolls-Royce Merlim, duelaram durante toda a guerra para ver quem apresentava mais potência.
Um Spitfire (Ã direita) perseguindo uma bomba voadora V-1 (menor, Ã esquerda) e tentando desviá-la da rota com a ponta da sua asa.
No final de 1941, quando os nazistas já estavam focados no seu principal objetivo, a invasão da então União Soviética, foi introduzido um caça que superava o Spitfire em performance: o alemão Focke-Wulf Fw 190. Por esta época o Spitfire mk. V começou a ser produzido sob licença tanto nos Estados Unidos quanto na União Soviética. No segundo trimestre de 1942, em combates aéreos sobre Papua-Nova Guiné e o norte da Austrália, constatou-se que este caça também estava superado pelo Mitsubishi A6M Zero japonês. A resposta da RAF foi o desenvolvimento versões mais potentes e consequentemente mais pesadas, depois do Spitfire Mk. V, foi produzido em grande escala o Spitifire Mk IX.4
Ao longo de 1943 e no início de 1944, foi gradualmente superado e substituído por outras aeronaves de caça (tanto para interceptação, como para escolta) que tinham maior autonomia de voo, como o americano Republic P-47 Thunderbolt, o russo Yakovlev Yak-3 e o anglo-americano P-51 Mustang, entre outros. Em operações de ataque ar-terra, tanto pelo já citado P-47 quanto pelo seu conterrâneo Hawker Tempest, isso devido a mudança do curso da guerra que exigia dos caças maior raio de ação.5 Embora, ultrapassado pelos modelos citados, a exemplo de seu rival da Batalha da Inglaterra, o alemão Bf 109, continuou a ser utilizado até o final do conflito.6
Ao todo, foram construídas 20.351 unidades, em mais de quarenta versões,7 que podem ser divididas em três grandes categorias:
- equipados com motor Merlin;
- equipados com motor Griffon;
- versão naval (Seafire).
Entre as versões mais conhecidas, destacam-se:
Mk I PR, de 1939, primeiro Spitfire de reconhecimento aéreo;
Mk V, de 1941, a mais usada;
Mk XII, de 1943, a primeira equipada com motores Griffon;
Mk XVI, de 1943, para ataque ao solo;
Mk XIX, de 1944, de reconhecimento fotográfico e a mais veloz das versões desarmadas.
Além da Royal Air Force, foi utilizado também como avião de caça pela forças aéreas da França, África do Sul, Bélgica, Canadá e Portugal.
Me-109 K vs Spitfire Mk. XIV (1944): aqui os dois velhos caças alcançaram o auge de seu desenvolvimento. Enquanto a RAF começava a receber seus Hawker Tempest, e a Luftwaffe aperfeiçoando os Fw-190D, os caças que eram os melhores aparelhos do começo da guerra começavam a ser substituídos. Isso gerou uma resposta da Vickers Supermarine e da Messerschmitt AG, fazendo um grande esforço de desenvolvimento, gerando então os caças de melhor desempenho da guerra, o Spit XIV e o Me-109K. Embora o P-47N, P-51H, e o Ta-152 tenham velocidades bem maiores, eles só entraram em ação por um curto espaço de tempo, já no final da guerra na Europa, tanto que os caças americanos só operaram no Pacífico. Assim, entre os caças que realmente passaram a combater pela superioridade no ar, nada se comparava a esses dois aviões.
Com a disponibilidade do motor Grifon, de 2.035 hp, os primeiros meses de 44 viram o Spitfire MkXIV se tornar o mais veloz caça do mundo, com uma velocidade máxima de 720 Km/h. Isso representava 30 Km/h a mais do que o Fw 190D-9, e ainda subia mais rápido do que qualquer caça anterior. A visibilidade deu um grande salto com uma capota em forma de bolha, adotada em alguns exemplares da série. Porém, nem tudo eram flores, o peso vazio passara a ser de 2.900 Kg, as suas curvas fechadas não eram mais as mesmas. Mesmo assim nenhum caça alemão com um desempenho comparável o superava nesse quesito. A resposta alemã só aparecera em outubro daquele ano, o 109 K retomava a dianteira na corrida pela velocidade e razão de subida. Uma nova versão da série DB600, o DB605ASCM (ou o DB605ADCM), de 2.000 cv, davam ao 109K-4 uma velocidade máxima de 723 Km/h (algumas literaturas afirmam 729), e uma razão de subida de 1.470 m/min.
O característico "bulbo" nas laterais superiores do Cowling do motor, típico das versões IX e XIV do Spitfire.
Ao longo da semana postarei os primeiros capítulos desta montagem...
Editado pela última vez por Hartmann em 10 Mai 2014, 21:11, em um total de 1 vez.
Hartmann
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Re: Spitfire MkXIVc - Academy - 1/48
Minhas fotos hospedadas no Photobucket estão apresentando o ícone informando que o limite de banda foi atingido. Já fiz uma compra para ter banda ilimitada, mas não entendi porque algumas fotos continuam sem ser exibidas. Acho que demora algumas horas/dias, para que tudo volte ao normal e os links sejam atualizados, não?
Hartmann
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Re: Spitfire MkXIVc - Academy - 1/48
No final de semana, novidades, com os primeiros passos...
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Re: Spitfire MkXIVc - Academy - 1/48
Curto muito duas montagens Hartman.
Vc conseguiu falar muito bem do avião em questão.
Vc conseguiu falar muito bem do avião em questão.