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[Concluído]  Viatura 1/4 Ton M38 A1 (Jeep CJ-5) do EB, AFV Club, 1/35

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Rogerio Kocuka
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Viatura 1/4 Ton M38 A1 (Jeep CJ-5) do EB, AFV Club, 1/35

Mensagem por Rogerio Kocuka »

Histórico
Os Jeeps Pós-Guerra


Em 1948 os militares desejavam substituir os jeeps da Segunda Guerra Mundial ainda em uso. Desde 1945 não era fabricado nenhum jeep. O jeep-padrão começava a dar sinais de superação e um novo veículo era necessário, mas não havia dinheiro para um projeto de tamanha envergadura. Devido as condições financeiras foi decidido pela revisão do Jeep MB. O modelo revisado foi denominado de M38, que não era muito diferente do MB. A principal modificação foi o aumento na capacidade de vadear águas profundas, para isto o M38 passou a contar com um sistema elétrico a prova de água de 24 volts (no MB era de 06 volts), peças especialmente vedadas e um sistema elevado de entrada de ar para o carburador. Esta versão passou a ter os faróis maiores, destacados na grade frontal. A grade frontal passou a ter 7 aletas de ventilação por causa do tamanho dos faróis (os MB possuiam 9 aletas e faróis embutidos).
Em 1951 a versão seguinte, M38A1, foi entregue aos militares. Era mais robusto e tinha um motor de 75 HP (este motor foi chamado de Hurricane) e corrigia deficiências do modelo M38. Foi produzido até o ano de 1963. Devido a alteração do motor, este modelo sofreu uma alteração do capô deixando-o parecido com os jeeps civis que podemos ver circulando em nossas ruas.
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Fonte: http://www.m38a1.com/resources/history.htm

Fonte do texto: http://www.willysmb.com.br/artigo.htm
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O Jeep militar no Brasil
No final da década de 1950 os militares brasileiros importaram algumas unidades do M38A1 e M38A1C (com canhão SR 106 mm). Ainda no final da década de 1950, em 1957, começa a ser fabricado no Brasil o novo modelo CJ-5 (no nosso país era chamado apenas de Jeep Willys Universal). Porém já haviam algumas unidades apresentadas e importadas ainda em 1955. Com o índice de nacionalização de mais de 80% em 1959, o Jeep CJ-5 brasileiro, agora com motor BF-161 6 cilindros e carroceria nacional, também passou a ser adotado pelos militares. No início, quase idêntico ao modelo civil, já que até a capota normal permanecia, supriu a demanda por um Jeep mais moderno, ainda inferior a um M38A1 americano, mas com custos de reparação bem menores. A carroceria especialmente feita para uso militar, diferenciando-se da civil e a adoção de equipamentos militares padrão ainda na fábrica ocorreram somente a partir de 1961, juntamente com o novo design trapezoidal dos paralamas traseiros do CJ-5 brasileiro e com a produção do modelo também militarizado “de fábrica” do Pick-up Jeep, que ficou conhecido como F-85.
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Fonte: arquivo de fotos do Sérgio Massa.

O Jeep passou a ter um modelo exclusivo para as Forças Armadas, cujas principais diferenças encontravam-se na carroceria e na adoção de equipamentos e acessórios para uso bélico, já que mecanicamente praticamente não havia diferenças entre o de uso civil e o militarizado.Atendendo a especificações técnicas, o CJ-5 transformou-se, ganhando farda e apetrechos que o tornariam ainda mais adequado a operações bélicas em qualquer terreno e sob as mais diversas condições, como convém a uma viatura militar. A carroceria foi modificada na parte chamada de “caixão”: não adotava a tampa traseira removível e rebatível. No lugar havia uma chapa soldada e reforçada para abrigar o suporte de estepe e camburão na parte externa e suportes para pá e machado militares na parte interna. Por isso mesmo o banco traseiro, quando utilizado(pois era facilmente removido), era do tipo que dobrava e rebatia para dar acesso às ferramentas.
Já o Jeep “canhoneiro”, ¼ ton CSR (canhão sem recuo) de 106 mm tinha a parte traseira aberta, sem tampa mesmo, para facilitar o municiamento do poderoso canhão. Esse modelo veio para substituir os já raros M38A1C importados, e eram ainda mais diferenciados visualmente, com a adoção de parabrisas repartido, suportes para camburão, pá e machado nas laterais dos paralamas e estepe na lateral dianteira direita. No painel havia um suporte para apoiar o canhão quando o mesmo estava “de descanso”. Havia ainda diferenças na suspensão traseira, que era reforçada com pequenas molas helicoidais, já que o maior peso e o tranco do disparo fazia com que o Jeep desse um pulo.
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Fonte: http://jeepguerreiro.blogspot.com.br/20 ... parte.html
Já nos modelos VTNE (Viatura de Transp Não Especializado), para abrigar a capota militar a carroceria ganhou também presilhas nas laterais e traseira e dois suportes traseiros para apoiar o cajado que sustentava a lona, quando a capota não era utilizada. Este cajado em “V” quando armado, era dobrável, e apoiava-se em dois suportes fixados do lado de fora dos paralamas traseiros. A capota aliás, diferenciava-se substancialmente do modelo civil, era feita de material mais reforçado e antichama, possuía 05 janelas , sendo as 04 laterais removíveis e enroláveis, tornando-o um veículo semi-conversível. Para fechamento das portas, foi soldado um suporte nas laterais, que também era utilizado para fixar as cintas (straps) de segurança quando as portas da capota eram removidas. Serviam também para fixar as pontas do cajado quando o mesmo estava recolhido. Refletores (olhos-de-gato) foram fixados nas laterais traseiras de ambos os lados e um na parte central do suporte de estepe.
E é justamente na parte posterior que é possível visualizar-se as maiores diferenças, já que os modelos militarizados possuem estepe na traseira, com suporte para o camburão (galão) de combustível ou água, além de parachoques em meia-lua militares, com gancho “G” para engate de carreta militar ou canhão antitanque e anilhas de fixação soldadas na base, que assim como as dianteiras serviam para reboque ou fixação em aeronaves, pontes flutuantes, embarcações e vagões ferroviários. Alguns modelos podiam ser equipados ainda com guinchos mecânicos Ramsey ou os nacionais Biselli, ambos com capacidade para até 3,5 toneladas.
Outros eram equipados com metralhadoras .30 ou .50 fixadas sobre suportes na parte central do assoalho traseiro, e ainda havia modelos de rádio-comunicação equipados com aparelhos de transmissão e recepção sobre a parte interna dos paralamas traseiros, possuíam o suporte de antena fixado na lateral traseira direita como padrão, percebido em todas as fotos de época onde aparecem estes modelos. Os primeiros modelos, na década de 60 ainda utilizavam as lanternas civis como padrão, embora muitas unidades faziam suas adaptações. No final dos anos 60 , presume-se, até início da década de 80, saíam de fábrica somente com lanternas militares na traseira. Também nessa época adotou-se a tomada para reboque na traseira e mais um refletor posicionado logo acima da mesma. Por volta de 1981 passou a ser equipado com o conjunto de lanternas civis e militares. Na parte dianteira dos Jeep militarizados, a adoção do farol de aproximação, sempre sobre o paralamas esquerdo, denunciava a utilização militar. A adoção de anilhas sobre os parachoques também era um diferencial. Alguns modelos ainda podiam ser equipados com sirenes ROTAM sobre o paralama direito, especialmente as unidades PE (Polícia do Exército).

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Fonte: http://jeepguerreiro.blogspot.com.br/20 ... parte.html

Internamente, os bancos dianteiros eram individuais para motorista e passageiro, revestidos de napa verde em tom esmeralda como padrão mas alguns poucos em lona verde oliva. O painel apresentava os mesmos instrumentos do modelo CJ-5 normal, com exceção do botão de luzes nos modelos que passaram a adotar as lanternas militares na traseira e pequena tecla sob o painel para acionar o farol de aproximação e mais tarde as luzes de Pare civil/militar. Nesse ponto, o painel só diferenciou-se mesmo dos modelos civis a partir de 1980 quando adotou o sistema elétrico 24 volts. Sempre apresentava também a chave de ignição no painel, diferente de alguns modelos civis que vieram com trava de direção. As plaquetas militares com instruções e recomendações também diferenciavam este aspecto do Jeep militarizado.
O quadro do parabrisas a partir de 1964 era sempre do modelo com vidro rebatível. Os pneus adotados eram os 6.00 x 16 militares. Praticamente tudo era pintado na cor verde-oliva e nos anos 80, verde-floresta. Chassis, eixos, rodas, parachoques, carroceria, suportes. Só escapavam itens que não eram em metal e volante, motor e seus agregados.
Fonte: PAESE, Alisson. Sítio eletrônico Jeep Guerreiro. Disponível em:
http://jeepguerreiro.blogspot.com.br/20 ... parte.html
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Na Cavalaria Mecanizada

A missão típica da Cavalaria Mecanizada é o reconhecimento. Nos Pelotões de Cavalaria Mecanizada (Pel C Mec) cabe ao Grupo de Exploradores (GE) realizar o trabalho de verificar o terreno quanto à presença do inimigo ou das condições do eixo para as demais viaturas do pelotão, entre elas, os blindados sobre rodas Cascavel e Urutu. O GE é equipado com viaturas leves armadas com metralhadoras MAG e/ou equipamento rádio. Hoje essa missão cabe aos Marruás VTL (Viatura Tática Leve). Podem ser usadas as Vtr Land Rover e Toyota Bandeirante. Por muitos anos, o Jeep Willys foi (em alguns casos, ainda é) utilizado nessa missão. Praticamente, todo militar de Cavalaria mais antigo já usou o Willys nessa nobre missão. Uma das grandes vantagens do Jeep Willys é a sua simplicidade e rusticidade, sendo substituído atualmente por viaturas mais modernas.
Sempre quis ter um Willys "moderno" na minha coleção. O oportunidade veio quando consegui adquirir o M38 A1 da AFV Club, que pretendo montar nas cores do 5° Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, locoalizado em Castro, PR.

Aqui algumas fotos do bom e velho Willys, do 5° Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, em ação.

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Aqui, eu e a 1ª Dama, embarcados no Willys do Grupo de Exploradores.
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O kit

O kit é este aqui:
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Manual e decais originais.

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Sprues
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cesar2b
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Re: Viatura 1/4 Ton M38 A1 (Jeep CJ-5) do EB, AFV Club, 1/35

Mensagem por cesar2b »

De olho!!!
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BVila
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Re: Viatura 1/4 Ton M38 A1 (Jeep CJ-5) do EB, AFV Club, 1/35

Mensagem por BVila »

:thumbup: :thumbup: :thumbup:

Montagens com histórias já são legais, esse com uma história pessoal ainda...é imperdível!!
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Rogerio Kocuka
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Re: Viatura 1/4 Ton M38 A1 (Jeep CJ-5) do EB, AFV Club, 1/35

Mensagem por Rogerio Kocuka »

cesar2b escreveu:De olho!!!
Obrigado por acompanhar!! :thumbup: :thumbup: :thumbup:
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Rogerio Kocuka
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Re: Viatura 1/4 Ton M38 A1 (Jeep CJ-5) do EB, AFV Club, 1/35

Mensagem por Rogerio Kocuka »

BVila escreveu::thumbup: :thumbup: :thumbup:

Montagens com histórias já são legais, esse com uma história pessoal ainda...é imperdível!!

Muito obrigado B Vila!! :thumbup: :thumbup: :thumbup:
Tive a felicidade de ter muitas histórias com essa lenda das viaturas.
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Rogerio Kocuka
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Re: Viatura 1/4 Ton M38 A1 (Jeep CJ-5) do EB, AFV Club, 1/35

Mensagem por Rogerio Kocuka »

Começando a montagem. Aqui o chassi do jeep. Lembrei que vi no meu antigo Esquadrão, a equipe de manutenção desmontar um Willys até esse ponto e iniciar a montagem do zero com novos componentes para trazer novamente à vida a máquina. Ficou muito show. Parecia até que o jeep tinha saído da fábrica.

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Montagem do motor. Achei excelente o detalhamento do kit, que vem com o motor, caixa de transmissão e todos os demais componentes.

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Chassis encaminhado, tá na hora de trabalhar na "lata".

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Para poder colocar o pedestal da metralhadora, é necessário fazer dois furos no assoalho da viatura.

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Montagem dos pneus.

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Nerum
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Re: Viatura 1/4 Ton M38 A1 (Jeep CJ-5) do EB, AFV Club, 1/35

Mensagem por Nerum »

Opa chegando para acompanhar ... :thumbup:
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Rogerio Kocuka
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Re: Viatura 1/4 Ton M38 A1 (Jeep CJ-5) do EB, AFV Club, 1/35

Mensagem por Rogerio Kocuka »

Nerum escreveu:Opa chegando para acompanhar ... :thumbup:
Valeu Nerum!!! :thumbup: :thumbup:

É muito bom saber que o amigo está acompanhando mais este trabalho!!
:saudacao: :saudacao:
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MegaMenX2
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Re: Viatura 1/4 Ton M38 A1 (Jeep CJ-5) do EB, AFV Club, 1/35

Mensagem por MegaMenX2 »

OPA de olho também. ..
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Falar de Paz,preparar-se sigilosamente para a guerra."William L.Shirer"
galdino
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Re: Viatura 1/4 Ton M38 A1 (Jeep CJ-5) do EB, AFV Club, 1/35

Mensagem por galdino »

Carrinho simpático e um bom meio de homenagear onde você serviu no EB.
Acompanhando.
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