Oi Luiz.
Os LEDs SMD são extremamente difíceis de lidar por conta do tamanho
Eu soldo os fios nele com um soldador comum de 30W e muito cuidado.
Eu ia montar um vídeo demonstrando, mas achei um no youtube (bem ruinzinho) que ilustra o processo de soldagem que é o mesmo que eu uso.
Prendo o LED em uma fita adesiva para mante-lo no lugar e depois estanho as micro trilhas dele e as pontas dos fios.
Depois é só encostar a ponta do fio na trilha e tocar com a ponta do ferro de solda, tudo muito rápido.
Os fios que utilizo são retirados de cabos flat de HDs, são bem fininhos e fáceis de passar pelo kit.
Como as correntes são baixas, estes fios são mais do que suficientes.
A tensão que utilizo nos meus kits é a de 12V, isto porque as fitas de LED que tenho utilizado necessitam desta voltagem para acender.
Sendo assim, é necessário colocar resistores para proteger os demais LEDs (a fita de led já tem seus próprios resistores).
Existem tabelas e calculadoras na internet para este fim, mas por exemplo, no caso dos LEDs SMD que vou utilizar aqui, usei um resistor de 470 Ohms para o LED vermelho e um de 220 Ohms para o verde, esta diferença de valores dos resistores foi necessária para manter uniforme a luz emitida por eles.
Quando necessito de um valor de tensão diferente, como o que utilizo nas placas que fazem os LEDs piscarem, 9V, eu coloco um regulador de tensão baseado no CI 7809.
Desta forma consigo variar a tensão dentro do modelo e ter apenas uma tensão de entrada.
Eu vou deixar as naceles móveis, ontem comecei a furação delas para passar os fios logo coloco aqui as imagens.
Eu queria muito montar um motor de passo e fazer as naceles subirem e descerem por algum comando externo mas desisti, é muito apertado para encaixar engrenagens neste kit.
Espero ter ajudado.
Abraço.
Fernando escreveu:Sensacional, passou de plastimodelismo e atingiu o nível de plastiengenharia
Acompanhando.
Concordo o Fernando.
Sempre gostei da serie da Voyager...
vai ser MUITO legal acompanhar esta sua montagem!!!
e se eu souber de alguem precisnado de aulas de engenharia mando o seu topico como referencia!!!!!
Aldredo, sempre esqueço de lhe perguntar: pelas fotografias das suas montagens vi que você montou várias naves, gostaria de ver a Enterprise 1701-A (refit), você poderia tirar algumas fotografias dela pra gente dar uma olhada?
Outra pergunta: não vi a Enterprise D (pra mim, a mais bonita de todas). Você já montou alguma? Tem fotografias? É que eu tenho 2 dessas para montar, mas ainda não tive coragem de começar, principalmente porque vou iluminá-las também (uma delas vai ter o nome USS YAMATO) e pela quantidade de janelas vai dar trabalho
Valeu turma, obrigado pelos elogios.
Muito bem seguem as fotos solicitadas. Eu tenho apenas 2 modelos da Enterprise Refit, uma é muito velha, montei em 1991, ns época, só pintei alguns detalhes e colei os decais. Ela é aquele modelo com luzes e som, muito legal pois tem o som dos torpedos photonicos e do phaser.
Ela está acabada, ficou muitos anos jogada em uma caixa e só recentemente resgatei ela no estado em que estava e coloquei na estante, um troféu por ter sido meu primeiro modelo de Jornada.
A outra é um modelo da BANDAI, que comprei da Hobby Link Japan, direto do Japão, na época me custou uma fortuna.
Ela já vem toda pronta, é só encaixar as peças.
Também é iluminada, mas nada como as que fazemos.
E estas duas próximas fotos tentam mostrar a coleção toda.
Como você podem notar, meu espaço para acomodar modelos está no fim e ainda tenho alguns na espera.
Uma delas é a Enterprise D, que um dia vai parar ai, iluminada também (ai, ai, ai, quanta janelinha).
Alias, estes são os modelos que ainda tenho no estoque para montar:
Estas são as que pretendo comprar ainda este ano e sei lá onde colocar:
E esta, se eu comprar e montar, a dona Onça me manda prá fora de casa, mas é meu sonho de consumo:
Muito obrigado pela resposta Alfredo! A Enterprise D que você possui é a mesma que eu tenho, que por sua vez, é a mesma escala da outra que possuo, cujo kit vem com iluminação (mas as fibras óticas são tão pequenas que não dá para utilizar).
Quanto à s suas futuras aquisições, eu não sabia que a revell está relançando modelos antigos (embora eu tenha esse modelos comprados há alguns anos). Mas faz sentido, já que Star Trek voltou aos cinemas. Quem sabe uma nova série surge por aí...
E quanto ao problema de espaço, também está difícil pra mim, não sei onde vou colocar todas as naves montadas
Eu também comprei o Republic Star Destroyer mas ainda não montei, você pretende iluminá-lo também? Fica muito bonito!
Obrigado Luiz, pretendo iluminar todos menos as de escala 1/2500 que são muito pequenas.
Muito bem, dando continuidade ao processo de iluminação da USS Voyager, já terminei o circuito que farão os LEDs piscarem alternadamente.
Vou colocar um passo a passo de como cheguei no produto final para ajudar quem nunca fez isto.
Tudo começa com a escolha do tipo de circuito, eu decidi usar um já conhecido e fazer alguma pequenas modificações como a colocação de um trimpot para regular o ciclo das piscadas e um regulador de tensão para 9 Volts.
Isto feito, parto para a parte de montagem em uma protoboard para testar se tudo funciona.
Tudo funcionando, vamos bolar a placa de circuito impresso que irá abrigar tudo isto.
Para isto, eu uso um software chamado Pad2Pad (http://pad2pad.com), é Freeware e para mim funciona perfeitamente.
Depois, copio as imagens das trilhas e os componentes e dou uma arrumada no Photoshop para deixar mais claro os detalhes para a impressora, note que o lado das trilhas é uma imagem espelho das trilhas projetadas).
Pronto, vamos passar tudo isto para a placa de fenolite e mandar corroer.
Primeiro eu peguo um pedaço de palha de aço e limpo bem a superfície até ficar brilhando.
Depois pego o desenho do circuito e risco na placa para ficar com o tamanho correto.
Então recorto a placa com uma ferramenta apropriada.
Isto feito, grudo a parte do circuito com as trilhas com fita adesiva.
Depois furo os "buraquinhos" para os componentes com um furador de placas apropriado. (Alguns usam o mini drill para isto).
O resultado final é este:
Agora desenharemos as trilhas. Para isto eu utilizo uma caneta para retroprojetor, ela isola a parte de cobre que não será corroída.
E com a ajuda do desenho, vou desenhando as linhas.
E no final fica assim:
Como este é um circuito muito simples, eu desenho as linhas a mão mesmo, existe um outro método que é o de transferência térmica que, hoje em dia, é muito utilizado, trata-se de um processo onde você imprime o desenho das trilhas em uma impressora LAser numa folha de papel Glossy e depois coloca a folha na placa e usa um ferro de passar roupa para transferir as linhas do desenho para a placa.
Fica tudo muito bonito e bem acabado, mas é recomendado somente quando as trilhas são muito pequenas e próximas uma das outras.
Muito bem, agora faço um furinho em um lugar inerte da placa e prendo um fiozinho para poder imergir a placa na solução de Percloreto de Ferro , que é o agente corrosivo a ser utilizado aqui (muito cuidado, ele mancha tudo que toca, a Dona Onça já me deu muita bronca por conta disso).
Mandamos para dentro do pote com a solução e deixamos o percloreto agir.
O período de corrosão é variável e depende de fatores como temperatura da solução, do ambiente e da qualidade da solução, então é bom ficar de olho retirando a placa de vez em quando da solução para acompanhar o processo e não deixar corroer o que está coberto pela tinta da caneta.
Muito bem, terminada a corrosão, lave bem a placa em água corrente.
Depois seque bem e com auxílio de um Álcool qualquer, limpe a tinta da placa.
Pronto,bem limpinha, agora veja se não existem falhas nas trilhas, e se tudo estiver bem ela pode ir para a soldagem. Se houver falhas, elas podem ser acertadas na soldagem ou com auxílio de uma caneta com tinta condutiva.
Vamos para a soldagem, com auxílio da imagem do lado onde os componentes ficam vamos coloca-los na placa.
Componentes colocados, é só virar e mandar brasa na solda (note que para o CI555 eu uso um soquete na soldagem e só depois encaixo o componente nele, isto evita danos no CI no momento da soldagem).
Depois de soldar todos os pontos, recorte o excesso dos componetes com o auxílio de um alicate de corte.
Pronto, tudo soldado e pronto para o primeiro teste.
Teste de funcionamento:
Ufa, tudo funcionou como deveria, para finalizar passe um verniz na base para proteger as trilhas de cobre e instale no kit.
Um abraço a todos.
Editado pela última vez por Alfredo em 19 Mai 2013, 15:52, em um total de 2 vezes.
, que é o agente corrosivo a ser utilizado aqui (muito cuidado, ele mancha tudo que toca, a Dona Onça já me deu muita bronca por conta disso).
